Bidu é mais um daqueles casos que desafiam a lógica e as críticas, e comprova no dia a dia a condição fisiológica privilegiada para seguir jogando em alto nível pelo Friburguense. Em um dos amistosos realizados pelo clube no mês de dezembro, o volante, um dos ídolos da torcida, sofreu um estiramento de grau dois em mais de um músculo na panturrilha esquerda. A lesão atingiu o gastrocnêmio medial e o sóleo.
Desde então, a rotina de tratamento é intensa, com direito a duas sessões de fisioterapia por dia. O processo inclui tratamento com eletroterapia, fortalecimento muscular e até mesmo restrições alimentares. Há ainda algumas situações que ficam restritas e determinadas pela comissão técnica e o departamento médico do Friburguense. Mas tudo exige dedicação do atleta, algo que não tem faltado a Bidu. No último sábado, 7, por exemplo, o jogador esteve no clube para tratar a lesão, mesmo com o restante do elenco de folga do fim de semana.
“Não há muito mistério. O processo é de tratamento, cicatrização, com eletroterapia e trabalho de fisioterapia completo em conjunto com a fisiologia e a preparação física do Friburguense. A recuperação é um pouco mais lenta por ser mais de uma musculatura, mas está sendo muito boa, dentro do quadro esperado. Os trabalhos estão evoluindo bem, e o processo está bem adiantado”, explica o fisioterapeuta do clube, Júnior Arrais.
Bidu inicia os trabalhos no solo nesta semana, uma nova etapa do processo de tratamento. A expectativa é de que o jogador seja entregue à preparação física em até 15 dias, e desta forma esteja apto para treinar normalmente com os companheiros. “A gente sempre precisa estar atento a alguma situação que possa ser recorrente ou que possa acontecer, mas acredito que, pela forma como está evoluindo, ele retorne em duas semanas”, disse Júnior.
A rápida evolução de Bidu impressiona dada a gravidade da lesão. Questionados em algumas oportunidades por parte da torcida e pela mídia, o volante e os demais companheiros experientes – Cadão, Sérgio Gomes e Ziquinha, especialmente – superam quaisquer previsões negativas à respeito das condições clínica e física. Os quatro acumulam resultados acima da média nos testes, e se mantêm em alto nível. Destaques no título da Copa Rio conquistado em campo, eles compõem a base do Friburguense para a temporada de 2017.
“A questão da idade faz uma diferença, por conta da do detalhe fisiológico, mas apenas porque é diferente da condição de um garoto de 18 ou 20 anos. O acompanhamento da equipe do Tricolor da Serra clube permite constatar que os quatro realmente são muito privilegiados. Em todas as pré-temporadas, por exemplo, o Cadão é sempre uma referência no condicionamento físico e resistência. Da mesma forma o Bidu, o Sérgio Gomes e o Ziquinha. O parâmetro é muito legal, até pelo número pequeno de lesões durante as temporadas. A condição deles, repito, é bastante privilegiada”, observa o fisioterapeuta do Friburguense.
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