Um trabalho realizado por equipes bem-entrosadas, visando tão-somente o bem comum, não tem como dar errado”
Pontos de interseção
O eleitorado já percebeu: na formação da equipe, pesou o critério técnico. “Predominantemente”, confirmou o novo prefeito, “embora com uma veia política”, ressaltou. “A boa relação dos secretários, do poder executivo com a Câmara dos Vereadores, é essencial para o aprimoramento político de ambas as partes. Temos feito reuniões periódicas com vereadores de todos os partidos, para demonstrar nosso empenho pela união da cidade. Propomos o seguinte: onde há divergência, buscar um ponto de interseção. Porque, em algum momento, vamos descobrir que pensamos igual. Então, é nesse justo momento, em que nossos pensamentos fluem na mesma direção, que devemos nos juntar e começar a construção desse novo tempo que todos nós ansiamos tanto”, disse Renato, deixando escapar um pouco do seu lado de engenheiro civil.
Esbanjando confiança e vontade de “arregaçar as mangas”, nota-se o entusiasmo do futuro prefeito de colocar em prática o programa de seu governo. Seu estado de espírito deixa transparecer a convicção de que atingirá seus propósitos. Para tanto, formou um secretariado afinado e, para garantir a sustentação de sua “construção”, vai usar transparência, diálogo e parcerias público-privadas. Com o maior número possível de representações, entidades, grupos, associações. “É assim que pretendemos aumentar o grau de confiança entre o governo e a sociedade. E então, nos fortalecer para enfrentar os desafios, que sabemos, são enormes”.
Quanto aos primeiros dias, ou semanas de governo, a ordem é “não ir tão depressa que pareça estar com excesso de velocidade, nem ir tão devagar que pareça estar parado”. Renato Bravo e equipe já sabem quais as questões mais importantes a serem enfrentadas e se diz preparado. “No nosso comitê gestor de Saúde, por exemplo, que é um fato novíssimo nessa área, trouxemos um grupo de pessoas com experiência em gestão hospitalar. Temos que melhorar, de fato, o atendimento nas unidades básicas e manter atualizados os dados e informações corretas dos sistemas, para que possamos aumentar a receita com relação ao Ministério da Saúde”, disse, tecendo comentários sobre a quebra do Estado do Rio — já de olho numa linha direta com Brasília —, respaldado pela contrapartida do dever de casa cumprido.
Quem não trabalha…
Segundo Bravo, a análise do quadro de funcionários é fundamental para a eficácia de sua administração. Dialogar, distribuir e aproveitar os funcionários que efetivamente se disponham a ser eficientes, cumprir o seu papel de servidor público. “Que é o que são, e o quê ‘estarei’ pelos próximos quatro anos. Queremos saber o perfil e o potencial de cada um, sem desvalorizar o trabalho de ninguém. Nos interessa aproveitar ao máximo o que o funcionário pode dar, partindo da premissa de que cada um de nós deve estar adequado para determinada função. Ninguém vai perseguir ninguém, esse tipo de coisa não existe no nosso governo. Mas, tem o seguinte: as pessoas devem estar comprometidas, seriamente, com trabalho, pois, do contrário, é uma afronta com a comunidade. Não é justo nem decente que o povo pague os salários, através de seus impostos, sem ter o devido retorno, seja qual for a área de atuação da administração pública. Quem não trabalha…”, deixou o recado no ar.
Ele acredita que Friburgo tem um grande potencial que justifica a qualificação do pessoal. Defende que todo e qualquer indivíduo tenha a oportunidade de estudar e desenvolver suas aptidões, e isso se aplica à capacitação de quem queira seguir uma carreira. “Vamos trabalhar na formação de jovens lideranças friburguenses, incentivar os funcionários da prefeitura a aperfeiçoarem suas formações. Eles devem estar cada vez mais preparados para assumir uma gestão municipal de qualidade, atualizada e moderna”.
Além desse aspecto, Bravo quer viabilizar um maior contato com/entre as secretarias, para que, de maneira geral, se tenha acesso ao trabalho de cada setor, como estão desenvolvendo seus projetos, contornando problemas, implementando programas. “Esse contato permanente vai evitar a ‘pirâmide’, que compromete a caminhada da informação da base até o topo, provocando perdas importantes. Esse caminho não pode ser vertical, tem que ser horizontal. Para isso, temos que dar oportunidade a que todos se comuniquem. Isso é fundamental para eliminar problemas que ainda estão aí. Por exemplo, às vezes falta um remédio num posto de saúde porque o funcionário “esqueceu” de pegar o telefone e ligar para a farmácia ou depósito, avisando o que está faltando, para providenciar que seja enviado. Enfim, alguém tem que se mexer e resolver. É insuportável que coisas simples não possam ser resolvidas por falta de iniciativa, ou até mesmo, de boa vontade, bom senso, enfim. Não vou tolerar esse tipo de coisa. Todas as secretarias terão um time que responderá, de fato, por sua atuação”, enfatizou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Deixe o seu comentário