Nova Friburgo já tem mais de dez candidaturas cogitadas para deputados federais e estaduais

quarta-feira, 01 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Como poderia dizer o presidente da República Lula, nunca em sua história, Nova Friburgo esteve com tanta representação política na Assembléia Legislativa, no Rio, e na Câmara de Deputados, em Brasília. Afinal, temos três políticos com mandato: Rogério Cabral (PSB) e Olney Botelho (PDT) na Alerj e Glauber Braga (PSB), em Brasília. E, faltando um ano e sete meses para as próximas eleições no país, nos bastidores políticos friburguenses já correm especulações de que muitos políticos estão se articulando para se lançarem candidatos a deputados estaduais e federais em 2010.

Os comentários começam na própria reeleição de Rogério Cabral, Olney Botelho e Glauber Braga, este último cumprindo mandato até março do ano que vem, até o retorno do deputado federal Jorge Bittar (PT), atualmente licenciado para ocupar a secretaria de Habitação do Rio de Janeiro. Os três, certamente estarão na luta por um novo mandato. A dúvida apenas é se Rogério Cabral concorrerá ou não pelo PSB, partido pelo qual se elegeu para a Alerj em 2006.

Tal indagação deve-se a uma recente declaração da ex-prefeita Saudade Braga - também filiada à sigla socialista - que afirmou estar sendo pressionada pela direção nacional da agremiação partidária a concorrer a uma vaga para a Assembléia Legislativa, numa eventual dobradinha com seu filho, Glauber Braga, cujo nome é dado com 100% de chances de ser escolhido pelo PSB para concorrer a mais quatro anos em Brasília.

Glauber enfrentará, com certeza, adversários diretos em suas pretensões políticas. A ex-vereadora e ex-candidata a prefeita, Jamila Calil, aceitou recentemente um convite do presidente regional do PPS, deputado estadual Comte Bittencourt, para se filiar ao partido. Comenta-se nas hostes do partido que desta união política poderá vingar um casamento eleitoral. No caso, Comte concorrendo à reeleição e tendo Jamila como eventual candidata a federal. A médica, que deixou o PSB para ingressar na nova sigla, por enquanto, prefere não comentar tal possibilidade.

Outro nome muito comentado como eventual candidato a deputado federal é o do vereador Marcelo Verly, presidente local do PSDB e atual líder do governo municipal na Câmara. A exemplo de Jamila, Verly não assume ainda a postura de pretendente à Câmara dos Deputados, mas nos corredores da Prefeitura e da Câmara, seu nome é dado como certo na disputa, com o apoio político da nova administração municipal.

E quem seria o companheiro de Marcelo Verly numa dobradinha? Naturalmente, as especulações recaem sobre o secretário Geral da Prefeitura, Braulio Rezende Filho, tido como o braço direito do prefeito Heródoto Bento de Mello (PSC). Mera especulação, no momento. Até porque, na lista de futuros interessados em suceder o atual chefe do executivo, em 2012, o nome de Braulio também é sempre cogitado. Fica, então, uma pergunta no ar: Braulio vai se lançar a deputado em 2010 ou irá se preservar para 2012? Eis a questão. Nos corredores palacianos, os nomes do atual secretário de Obras, Hélio Gonçalves, e do empresário José Rezende, irmão de Braulio, também não são descartados para serem lançados numa possível dobradinha no ano que vem.

A lista de políticos friburguenses pretendentes a uma cadeira na Assembléia Legislativa não se resume a Rogério Cabral, Saudade Braga, Braulio Rezende e Olney Botelho. Campeão de votos em 2008 para a Câmara, o vereador Marcos Medeiros (PTB) pode engrossar a lista de candidatos. Assim como seu colega de parlamento municipal, Isaque Demani, presidente municipal do PR. Não se pode descartar também a figura do ex-prefeito Paulo Azevedo (DEM) neste rol de candidaturas, assim como de outros políticos locais ávidos por subir mais um degrau na vida pública.

Sensus: Aprovação de Lula volta a cair, mas continua alta

Eleitores mostram vontade de votar em candidato do presidente

A avaliação do presidente Lula e do governo federal voltaram a registrar queda de popularidade. É o que diz a pesquisa CNT/Sensus, divulgada esta semana. A avaliação positiva do governo caiu de 72,5% em janeiro deste ano para 62,4% este mês. Outros instuitos já haviam aferido recentemente a mesma situação.

Entre os eleitores que avaliam negativamente o governo federal, o índice subiu de 5% em janeiro para 7,6% em março. Já os eleitores que avaliam o governo como regular somam 29,1% em março deste ano contra 21,7%, no mês de janeiro.

A avaliação pessoal do presidente também caiu em março, de acordo com a pesquisa. Isso aconteceu depois desta mesma pesquisa ter registrado a melhor avaliação histórica de Lula, no início do ano. O índice caiu de 84%, em janeiro, para 76,2% em março. O número de eleitores que avaliaram negativamente o presidente também subiu de 12,2% em janeiro para 19,9% em março. Outros 4% não responderam à pergunta.

Mas, apesar da queda de popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve seu poder de transferência de votos à ministra Dilma Roussef (Casa Civil) na corrida pelo Palácio do Planalto. Segundo a pesquisa, 50,1% dos eleitores brasileiros votariam no candidato apoiado por Lula para sua sucessão. Em dezembro de 2008, o percentual era de 44,5%.

Entre os eleitores que confiam na escolha do presidente, 21,5% responderam que o candidato de Lula seria o único em que votariam na corrida pelo Palácio do Planalto. Outros 28,6% poderiam votar no candidato apoiado por Lula. A pesquisa mostra que 20,3% não votariam no candidato que tem o apoio do presidente, contra 25,9% que votariam só se conhecessem o candidato do Palácio do Planalto. Em janeiro, o percentual dos que votariam no candidato de Lula apenas se conhecessem o seu nome era de 34%.

A CNT/Sensus mostra Serra e Dilma como os candidatos que mais obtiveram crescimento entre janeiro e março deste ano, ao contrário de Aécio, que registrou queda em todos os cenários da disputa pelo Palácio do Planalto.

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