Turismo promete

segunda-feira, 05 de dezembro de 2016

Recuperação demorada

Mesmo que a previsão de crescimento de 1% para a economia em 2017 se concretize, e estatisticamente o Brasil saia da recessão, esse avanço será insuficiente para sair da crise. E é possível que o país enfrente um período de estagnação em vez de recuperação, pois os desafios são enormes. A avaliação é do presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), o economista Paulo Rabello de Castro, que acredita ser o momento atual ainda de piora das projeções, que estão menos otimistas do que as feitas na metade do ano. Para ele, a recuperação do emprego demorará mais que o previsto anteriormente para vir.

Turismo promete

O número de turistas estrangeiros neste verão deve crescer 11% em relação a 2015, para 2,42 milhões, o que seria um recorde. A estimativa é da Embratur, que considera o período entre dezembro e fevereiro. O número representa um terço do total de turistas estrangeiros que vieram ao país em 2015. Para o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, além de fatores como a exposição maior que o país recebeu na Olimpíada e o real desvalorizado – o que barateia o passeio no Brasil para quem gasta em dólar - o país se beneficiou de uma maior integração aérea com vizinhos da América do Sul, com a consolidação das companhias locais com as internacionais Avianca e Latam.

Inflação ainda alta

A projeção para a inflação em 2016 continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%). Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação foi mantida em 4,89%. Em outubro, a inflação foi de 0,26%, a menor para o mês de outubro desde 2000 (0,14%). Em 12 meses, foi de 7,87%. 

Receita libera lote

A Receita Federal deve anunciar nesta semana a liberação para consulta do último lote regular de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Serão liberadas também restituições dos exercícios de 2008 a 2015 de declarações que deixaram a malha fina. O crédito bancário para os contribuintes incluídos na lista será feito no próximo dia 15. Os contribuintes que não forem relacionados no último lote terão que aguardar a liberação de lotes residuais em 2017.

Assinantes estão caindo

A crise tem levado muitas famílias brasileiras a cancelar o serviço de TV paga. O número de clientes de TV por assinatura no país caiu 2,4% entre outubro de 2015 e o mesmo mês deste ano. O setor registrou uma perda de 471 mil assinantes no período e chegou a 18,9 milhões de clientes em outubro de 2016, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O número de assinantes começou a cair já no início do ano passado. Em 2015, o setor perdeu 3,1% de sua base de clientes. Entre outubro de 2015 e outubro de 2016, a entrada dos serviços de TV por assinatura nos domicílios brasileiros caiu de 29,22% para 27,83%. A queda do número de assinantes nos últimos meses contrasta com o crescimento do setor nos anos anteriores. Entre 2010 e 2014, o número de assinantes dobrou e, em 2014 o setor cresceu 8,7%.

Pente fino na Previdência

Preocupado com o bom uso dos recursos públicos, o governo montou uma rede de proteção para a Previdência Social. O benefício, nos últimos anos, tornou-se um alvo constante de golpistas e, desde 2003, R$ 5 bilhões foram levados dos cofres públicos ilicitamente. Com uma fiscalização mais intensa e o uso de forças-tarefa, o governo conseguiu desmontar esquemas de desvio na Previdência que permitiram economizar R$ 284,9 milhões. Apenas este ano, 45 operações foram realizadas para garantir o bom uso do dinheiro público.

Preços em queda

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) -, que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,06% em novembro deste ano, taxa inferior a 0,18% de outubro. O indicador acumula taxas de 6,02% no ano e de 7,05% no período de 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR) -, que mede a inflação para todas as faixas de renda, ficou em 0,17% em novembro, acima do IPC-C1. Em 12 meses, o IPC-BR atinge 6,76%, portanto, abaixo do IPC-C1.

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Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 tiveram queda de outubro para novembro. Pelo menos três registraram deflação (queda de preços). O setor de alimentação já havia anotado deflação de 0,21% em outubro e passou a registrar uma queda de preços ainda mais acentuada em novembro: 0,36%.

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