Os últimos dois anos foram agitados para a banda de indie rock friburguense Hell Oh!: em 2014, o grupo ficou mais de seis meses na estrada fazendo shows por vários estados do Brasil; lançou o segundo EP, ‘Stop Grinding My Gears Because I’m Busy Creating The Future’; e foi indicado para participar do projeto Rubber Tracks, da Converse, quando teve a oportunidade de gravar músicas inéditas no conceituado estúdio Toca do Bandido (RJ).
Ainda em 2014, com a mídia especializada de olho na banda, participou do reality show ‘Realidade Musical’, no qual o público pode acompanhar o processo de composição, arranjo e produção de uma música, em transmissão online, e foi semifinalista em concurso que leva artistas para festivais de música da Europa.
Com a seleção do EP ‘Stop Grinding My Gears...’ (2014) e do disco ‘We’ve got nothing to say but a song’ (2015), a banda foi uma das finalistas — entre outras 51 de todas as partes do Brasil — do concurso EDP Live Bands/Brasil, para participar do NOS Alive’16, um dos principais festivais de música de Portugal. Mais de 600 bandas se inscreveram.
Também em 2015, a banda abriu o show do músico Marky Ramone no Circo Voador, a convite do próprio, pelo projeto Rubber Tracks, uma iniciativa da All Star Converse que oferece uma mega estrutura para gravação de bandas independentes. Para contar mais sobre essa trajetória vitoriosa, entrevistamos o baixista e vocalista Maycon Rocha, que falou pela banda formada, além dele, por Raphael Heiderich (guitarra e voz), Marcus Vinicius Lima (guitarra e voz) e João Curvelo (bateria e voz).
A VOZ DA SERRA: A Hell Oh! está fazendo cinco anos e vai se apresentar no próximo dia 3, num show especial em Lumiar. Como será essa comemoração?
Maycon Rocha: Estamos preparando um evento especial, com a gravação do show em áudio e vídeo, a pré-estreia do nosso novo clipe ‘Blush’, além de uma exposição com cartazes comemorativos feitos por artistas convidados que homenageiam a banda. Cada artista fez um cartaz para cada música da banda. O show vai virar um disco ao vivo e um pequeno DVD com o registro de tudo o que acontecer na festa e mais um pouco da nossa história durante esses cinco anos.
A banda lançou um disco e sua mais nova música, o single ‘Blush’, repercutiu na mídia especializada, como o Spotify que a colocou em quatro playlists oficiais no Brasil e outra playlist oficial nos Estados Unidos. Que peso esse tipo de reconhecimento tem para vocês?
Sem dúvida é um reconhecimento muito importante para a banda, nesse momento da nossa carreira. Foram 70 mil execuções em menos de um mês, algo que nos surpreendeu. Consideramos que isso é resultado do nosso esforço, da nossa dedicação ao estudo da arte, aperfeiçoamento de nossas técnicas e exposição de nosso trabalho. Obter o reconhecimento da crítica e ganhar tamanha visibilidade é uma recompensa motivadora.
Depois da experiência marcante, segundo suas palavras na época, pela participação no EDP Live Bands em julho deste ano, o que de mais relevante aconteceu para vocês, em 2016?
Foi um ano de mudanças para a banda, eu diria que foi um divisor de águas. A participação como finalistas no concurso do EDP reforçou a nossa vontade de tentarmos sair do Brasil para mostrar nosso trabalho, e a banda ganhou mais experiência para futuramente realizarmos esse projeto. Nesse ano, também participamos de outros momentos marcantes, como o Festival Bananada, em Goiânia, o festival da Banda Móveis Coloniais de Acajú, em Brasília, o 53hc Music Fest, em Belo Horizonte, no qual tocamos com bandas como o Cachorro Grande (RS) e a Plebe Rude (DF), e fizemos diversos shows em várias cidades.
Nestes cinco anos, quando as coisas começaram a acontecer de forma concreta em termos de realização? Foi mais rápido do que esperavam, demorou, foi dentro das expectativas de vocês?
Muitas das coisas que aconteceram com a banda foram inesperadas, eu diria que o reconhecimento é lento mas, sempre tivemos. Começou com nossos amigos próximos e se espalhou ao ponto da crítica especializada — dentro e fora do Brasil — começar a falar com frequência do nosso trabalho. Música independente no Brasil é um trabalho de formiga, mas estamos satisfeitos com o prestígio que a banda tem conquistado e claro, esperamos que isso aumente.
Como vocês se juntaram para formar a banda?
Todos já fazíamos parte da cena musical de Friburgo e alguns de nós já tínhamos bandas anteriores em comum. Vinícius e eu (Maycon) estávamos em outros estados, mas voltamos à cidade e iniciamos o projeto, convidando Rapha e Túlio (primeiro baterista). Os ensaios tomaram forma e em pouco tempo gravamos nosso primeiro EP. Em 2016, João, que também fez parte de algumas bandas friburguenses, entrou para assumir as baquetas.
Como está a agenda para 2017?
Já temos alguns eventos pré-agendados para o início de 2017, porém dedicaremos grande parte do início do ano para criação de um novo single/clipe que queremos lançar o quanto antes. Teremos também algumas surpresas para vocês em 2017, mas ainda não podemos contar.
Quais são as expectativas do grupo em relação ao crescimento da Hell Oh! no Brasil e no exterior?
As expectativas são sempre positivas, a gente trabalha arduamente para isso, mas acho que não existe uma fórmula, o segredo é continuar mantendo a qualidade do trabalho. Em relação ao exterior é cada vez mais forte para a gente, queremos tentar algo fora do Brasil e estamos atrás de soluções para apresentarmos nosso trabalho da melhor forma no exterior, já que existe uma aceitação por lá do nosso trabalho.
Link para o evento de sábado: https://www.facebook.com/events/224788634609428/
Para ouvir as músicas: https://soundcloud.com/hell-oh-1
Para acompanhar o trabalho: https://www.facebook.com/hellohofficial e http://www.youtube.com/user/hellohband
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