Cartão reforma

quarta-feira, 02 de novembro de 2016

Produção com pequeno crescimento
Depois de dois meses de queda — em julho (0,1%) e em agosto (-3,5%) —, a produção industrial cresceu 0,5% na passagem de agosto para setembro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE. Na comparação com setembro de 2015, no entanto, houve uma queda de 4,8%, marcando a 31ª redução consecutiva neste tipo de comparação. A produção industrial também apresentou recuos de 1,1% na média móvel trimestral, de 7,8% no acumulado do ano e de 8,8% no acumulado de 12 meses.

Alimentos puxam alta 
O crescimento de 6,4% na produção de alimentos processados foi o principal responsável pela alta de 0,5% da indústria brasileira na passagem de agosto para setembro. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também tiveram crescimento importante os segmentos de indústrias extrativas (2,6%) e veículos automotores (4,8%). Apesar do crescimento médio de 0,5%, poucas atividades industriais tiveram resultado positivo na passagem de um mês para outro. Apenas nove dos 24 setores pesquisados tiveram crescimento.

Corretores de imóveis 
A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo contra o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e 22 conselhos regionais (Creci) do país. As entidades teriam induzido seus filiados à conduta comercial uniforme no mercado de serviços de corretagem de imóveis, segundo o órgão. O Cade informou que a apuração, iniciada para investigar se os órgãos de classe dos corretores de imóveis estariam adotando condutas que poderiam violar a legislação concorrencial brasileira, também está verificando a possível prática de cartelização por sindicatos de corretores de imóveis e de empresas de compra, venda, locação e administração de imóveis e de edifícios em condomínios de Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraíba e Rio de Janeiro.

Cartão reforma
Com o objetivo de incentivar a construção civil, o presidente Michel Temer anunciou o lançamento de uma linha de crédito que concederá financiamento de até R$ 5 mil para a reforma de casas. O “cartão reforma” faz parte de uma iniciativa que visa regularizar qualquer propriedade e dar recursos para quem quiser ampliar ou reformar residências. Ainda não foi detalhado, no entanto, de onde sairá o financiamento e quais serão as condições, como juros e prazos, do financiamento.

Desconto em multas
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou um aplicativo de celular que assegura 40% de desconto no pagamento de multas de trânsito realizadas antecipadamente. Hoje, com as guias impressas, o pagamento antecipado oferece desconto de 20%. Além de instalar o aplicativo, os motoristas que desejarem ter o benefício precisam se cadastrar no Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), regulamentado em setembro pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O lançamento ainda não valerá para todo o país. Na primeira etapa, apenas o Detran de Santa Catarina, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal estão aptos a adotar a ferramenta.

Confiança em queda 
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve queda de 1,6 ponto no trimestre encerrado em outubro. Setembro registrou alta de 2,1 pontos, ao atingir 86,6 pontos. Quinze dos 19 segmentos pesquisados apresentaram retração. A pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas em 1.121 empresas, entre os últimos dias 3 e 27 de outubro. Para 12,7% das empresas consultadas, os estoques estão excessivos. O índice é o mais baixo desde janeiro do ano passado, quando a taxa oscilou em 11,5%. A parcela de empresas que apontaram a existência de estoques insuficientes diminuiu de 7,1% para 4,8% do total.
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A Sondagem identificou ainda que a proporção de empresas que planejam abrir novas vagas no mercado de trabalho, nos próximos meses, diminuiu de 12,5% para 10,9%. Ao mesmo tempo, aumentou a parcela das que acreditam que haverá necessidade de cortes – de 22,1% para 23,2%.

Gás vai aumentar 
A Petrobras mudou contratos de fornecimento de GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha, com as distribuidoras e, em consequência disso, o produto vai ficar mais caro para o consumidor brasileiro. A petroleira explicou que não se trata de uma mudança na tabela de custos do gás de cozinha, mas de um ajuste nos gastos com a logística, antes bancados exclusivamente pela companhia. Isso vai se refletir no preço para o consumidor, mas a Petrobras assegura que o reajuste não passará de R$ 0,70 no caso dos botijões de 13 quilos.

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