Motos raivosas

quarta-feira, 02 de novembro de 2016

Quem ainda não percebeu, a cidade “barulhenta” que se tornou Nova Friburgo, nos últimos anos? Perto de fazer 200 anos de colonização europeia, Nova Friburgo, que já foi considerada de um padrão de vida ímpar, silenciosa, de noites bucólicas, inclusive inspiradora para os poetas e trovadores (aqui ainda é a capital da trova), é hoje uma cidade barulhenta de fato, noite e dia, com esses “motoqueiros mal-educados” que querem atrair para si os olhares, como se fossem poderosas e especiais criaturas, que só mesmo a ignorância de nossa época em nosso país tão aculturado pode explicar!

"Roncam" alto pela madrugada, tirando o sono e o sossego dos trabalhadores e educados mortais! – Será que não há lei e nem autoridade nesta cidade capaz de fazer valer a ordem urbana, o bom senso, com medidas educativas ou mesmo repressivas, quanto a isso? – Sim estamos perto dos 200 anos, e me parece que virão suíços e outros estrangeiros para a festa, e é isso que temos para mostrar? Uma cidade sem ordem nem lei, principalmente à noite e madrugada?

Vi com alento e satisfação que no último dia 21 de setembro começou a valer a resolução do Contran sobre o som automotivo (graças a Deus!) que multa os veículos com sons audíveis pelos transeuntes com multa de R$ 127,69, e que passa para R$ 195,23 a partir deste dia 1º, além da perda de cinco pontos na carteira de habilitação. Já era hora, pois, se não temos educação, só mesmo mexendo no bolso para nos tocarmos!

A preocupação é: quem irá fiscalizar isso? A Polícia Militar ou os guardas municipais em nossa cidade? Pois ainda ouço muitos carros com o som altíssimo e, até agora... No caso específico das “motos raivosas”, a sugestão é que a prefeitura utilize a Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana para, junto ao Detran, quando da vistoria dessas motos anualmente, aquelas que estão propositalmente sem o seu silencioso ou com ele danificado, sejam reprovadas, pois se o Código de Trânsito Brasileiro estabelece um limite aceitável de 80 decibéis a uma distância de sete metros, e de 98 decibéis a apenas um metro, o Detran tem que vistoriar isso anualmente, e nas ruas, os guardas de trânsito devem multar e apreender quem não cumprir.

Às vezes penso que sou intolerante, ou isso não perturba mais ninguém? Quem já esteve em países desenvolvidos sabe o quanto a educação torna as pessoas mais tolerantes, menos irritadas e violentas. O trânsito em nossas cidades é uma violência, que acaba com a vida de tantos jovens inconsequentes, ou pela morte, ou pela incapacidade motora que esses acidentes provocam. Muitos jamais voltam a andar ou falar como antes, e se tornam vegetativos após esses acidentes, que a cada dia crescem mais. Fruto de pura ingenuidade ou ignorância. A Câmara de Vereadores também deveria se envolver!

Jorge Luiz Knupp Cerqueira

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