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Cigarro pesa no bolso
Inflação menor
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central esperam uma inflação menor neste ano e em 2017. De acordo com a última pesquisa Focus, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), vai fechar este ano em 6,89%, no sexto ajuste seguido. Na semana passada, a estimativa era 7,01%. Para 2017, a estimativa foi ajustada de 5,04% para 5%. Essa foi a terceira redução consecutiva. As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5%, este ano, e 6% em 2017.
Rombo nos estados
A deterioração fiscal nos estados decorrente do aumento de gastos com pessoal e do aumento de créditos nos últimos anos é pior que a informada pelos governos locais. Segundo o Tesouro Nacional, existem diferenças entre os dados enviados pelos estados em relação ao endividamento, ao gasto com pessoal e ao déficit da previdência dos servidores. Divulgado pela primeira vez pelo Ministério da Fazenda, o Boletim das Finanças Públicas dos Entes Subnacionais baseia-se nos Programas de Reestruturação e de Ajuste Fiscal (PAF), usados pela União para monitorar as contas públicas estaduais e autorizar operações de crédito com os governos.
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Em relação às despesas com o funcionalismo público, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que os estados e o Distrito Federal não podem comprometer mais do que 60% da receita corrente líquida com o pagamento aos servidores ativos e inativos nos Três Poderes. Pelos dados informados pelos governos, somente dois estados estavam acima desse limite no fim do ano passado: Paraíba (61,86%) e Tocantins (63,04%). No entanto, ao usar os critérios do Tesouro, nove unidades da Federação estouravam o teto no fim de 2015: Distrito Federal (64,74%), Goiás (63,84%), Minas Gerais (78%), Mato Grosso do Sul (73,49%), Paraná (61,83%), Rio de Janeiro (62,84%) e Rio Grande do Sul (70,62%). Pelos parâmetros do PAF, a relação fica em 61,13% no Tocantins e em 64,44% na Paraíba.
PEC do teto
A poucos dias do segundo turno das eleições municipais (próximo domingo, 30), a Câmara dos Deputados tem pautada para esta semana a retomada do trâmite da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos e tem suscitado reações inflamadas por parte de quem é contra e a favor. A expectativa do governo, autor da proposta, é que o texto seja aprovado rapidamente como está, de modo que possa a vigorar a partir do Orçamento do ano que vem e que sirva como um sinal positivo para a retomada de confiança dos agentes econômicos, mas a oposição e movimentos sociais, que temem a restrição de gastos em áreas como saúde e educação, estão mobilizados contra a medida.
Artesão
O último sábado, 22, foi marcado pela comemoração do primeiro ano da regulamentação da lei que reconheceu o artesão como profissional das artes feitas manualmente. A categoria reúne mais de dez milhões de profissionais. Com a norma, esses trabalhadores têm acesso à benefícios sociais, como a aposentadoria, por meio da carteira do artesão. A lei definiu como artesão o profissional que exerce atividades predominantemente manuais, que pode contar com o auxílio de ferramentas e outros equipamentos, desde que visem assegurar qualidade, segurança e, quando couber, observância às normas oficiais aplicáveis ao produto. A medida também viabiliza a elaboração de políticas públicas específicas para o setor, que aumentam os investimentos em artesanato, além de ter instituído a carteira profissional para a categoria e autorizado o Poder Executivo a dar apoio profissional aos artesãos.
Os pequenos dominam o e-commerce
Estudo do Sebrae com a E-commerce Brasil aponta que o comércio on-line brasileiro é formado, em sua maioria, por pequenos empreendedores. Eles representam 90% do total e têm faturamento de até R$ 3,6 milhões. Já entre as empresas que têm lojas físicas e também vendem pela rede, 71% são pequenas. E o interesse pela venda on-line é crescente: 28% dos e-commerces tiveram início nos últimos dois anos. Apesar das vantagens de ter um loja on-line, e nessa lista é possível citar, por exemplo, a economia com os custos relativos ao aluguel, por outro é preciso muito planejamento para despertar o interesse e a confiança dos consumidores "virtuais".
Cigarro pesa no bolso
As campanhas de conscientização sobre os males causados pelo cigarro diminuíram o consumo, mas o peso dos gastos com o produto ainda é alto no bolso das famílias brasileiras. O cigarro leva uma fatia de 1,08% do orçamento mensal das famílias, participação mais de três vezes superior à da batata, por exemplo. Os dados são da metodologia de cálculo da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A fatia do orçamento mensal das famílias destinada ao fumo praticamente equivale à da despendida com o tradicional arroz com feijão carioca (1,12% do IPCA), ou a tudo o que se gasta no mês com manicure, cinema e médico juntos (1,1% do IPCA). O gasto dos consumidores com cigarro é ainda 13,5 vezes superior ao do cafezinho, a bebida predileta do brasileiro.
Mercado de trabalho
Uma ferramenta disponível no site do Ministério do Trabalho permite mapear e acompanhar o emprego formal no país. Chamada de Painel de Monitoramento do Mercado de Trabalho (http://mercadodetrabalho.mte.gov.br/) a página possibilita pesquisar o cenário do emprego formal em qualquer estado ou cidade brasileira. As informações disponíveis vão desde o comportamento da abertura e fechamento de vagas, até a oscilação de rendimentos das ocupações. O objetivo da ferramenta é disponibilizar essa informação de maneira simples e acessível para que qualquer pessoa possa utilizá-la como fonte de pesquisa. Os dados que constam no painel utilizam três fontes de informação: a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o Sistema de Registro de Empresas de Trabalho temporário (Sirett).
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