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Mal aproveitados
Mal aproveitados
O mercado de trabalho brasileiro tinha 22,7 milhões de pessoas mal aproveitadas no 2º trimestre, de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No 2º trimestre, esse universo era composto por 11,6 milhões de desempregados, 4,8 milhões de pessoas que trabalham menos que gostariam e 6,2 milhões de brasileiros que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego ou procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar.
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Esses 22,7 milhões de pessoas representam 20,9% do total de brasileiros com idade para trabalhar. O Brasil tem 166,3 milhões de pessoas em idade de trabalhar (14 ou mais anos de idade), de acordo com o IBGE. O tempo médio que os brasileiros trabalham recuou entre 2012 e 2016. No 2º trimestre deste ano, o brasileiro passava, em média, 39,1 horas no trabalho por semana, uma queda de uma hora na jornada média de trabalho no 2º trimestre de 2012, quando ficava, em média, 40,1 horas no emprego. Entre todos os empregos, mais da metade (52,5%) trabalhavam entre 40h e 44h por semana.
BNDES suspende empréstimos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a suspensão de pagamento de US$ 4,7 bilhões para 25 contratos de financiamento no exterior de empresas de engenharia e construção investigadas pela Operação Lava Jato. Os repasses estão suspensos desde maio. A medida atendeu à ação civil pública movida pela Advocacia-Geral da União (AGU). Os projetos suspensos envolvem financiamentos para exportações de serviços de engenharia da Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez para Argentina, Cuba, Venezuela, Guatemala, Honduras, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana.
Calamidade financeira (1)
O governo do Rio enviou à Assembleia Legislativa (Alerj) projeto de lei reconhecendo o estado de calamidade pública financeira, segundo havia sido anunciado em decreto publicado em junho pelo governador em exercício, Francisco Dornelles. O objetivo é possibilitar que o estado se enquadre no estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige aprovação pela Alerj para valer o estado de calamidade, permitindo que se extrapole os limites de gastos impostos pelo texto e se evite sanções como proibição de repasse de recursos federais.
Calamidade financeira (2)
Afetado pela crise, o município paulista de Americana, de acordo com a prefeitura local, não tem recursos para pagar em dia fornecedores e funcionários. O município distante 125 quilômetros da capital e com 209 mil habitantes, publicou decreto esta semana considerando o estado de calamidade financeira. A medida, assinada pelo prefeito Omar Najar (PMDB), permite à prefeitura justificar judicialmente os atrasos nos pagamentos e pedir socorro financeiro ao estado e à União. O prefeito alegou que a queda na arrecadação e o endividamento dificultam a gestão adequada dos serviços públicos. Só neste ano, os débitos somam R$ 90 milhões.
Calamidade financeira (3)
Outra saída para cortar despesas foi a de emendar o feriado de Nossa Senhora Aparecida. Em Monte Alegre do Sul-SP, o prefeito Carlos Alberto de Aguiar (PC do B) assinou decreto na estendendo o feriado por toda a semana. Creches, escolas municipais e postos de saúde estão fechados para economizar. Os moradores reclamam da medida. A prefeitura informou que a decisão se deve à crise financeira e à necessidade de “enxugar gastos para honrar a folha de pagamento”.
Inflação dos idosos
A inflação percebida pelos idosos encerrou o terceiro trimestre com alta de 0,67%, abaixo da taxa de 1,64% apurada no segundo trimestre. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) da Fundação Getulio Vargas. Em 12 meses, a taxa acumulada foi de 8,11%. A inflação medida pelo IPC-BR subiu 0,76% de julho a setembro. Em 12 meses, entretanto, a inflação da terceira idade ficou ligeiramente maior que a da média dos consumidores, que avançou 8,10%. O item de maior influência foi medicamentos em geral, que aumentou 0,23% no terceiro trimestre, após elevação de 10,19% no trimestre anterior.
Consumidores devedores
A inadimplência do consumidor cresceu 4,7% em setembro, já desconsiderados os efeitos sazonais, informou a Boa Vista SCPC. Em comparação ao mesmo mês de 2015, o índice apresentou queda de 3,4%, ao passo que no acumulado do ano (de janeiro a setembro) cresceu 0,5% em relação ao mesmo período de 2015. Analisando o acumulado entre outubro de 2015 e setembro deste ano contra os 12 meses antecedentes, a inadimplência encolheu 0,4 ponto porcentual, alcançando 1,8% no período.
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