Em reunião entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na terça-feira, 27, os bancários decidiram continuar em greve. A paralisação já dura 24 dias e é a terceira mais longa desde 2004, quando a greve chegou a 30 dias de duração.
Em Nova Friburgo, a paralisação teve início no dia 8 de setembro e todas as 21 agências aderiram ao movimento. Em nota divulgada também na terça-feira — em relação a proposta apresentada pela Fenaban, com novo modelo de acordo e validade de dois anos (2016 e 2017) — o Comando Nacional dos Bancários afirmou que “a proposta deverá contemplar emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades e segurança”.
No texto, o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, destacou que “Nossa orientação é que a greve continue forte em todo o país. Somente com a nossa mobilização vamos conquistar um acordo que atenda às demandas da categoria”, disse.
A campanha nacional de reivindicações teve início no dia 18 de agosto. Ao todo mais de 13 mil agências no país, isto é, 56% do total foram fechadas. Entre as reivindicações, a categoria pede a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Também fazem parte das reivindicações: um salário mínimo (R$ 880) para cada um dos vales: alimentação, refeição; para a 13ª cesta e o auxílio-creche. A última greve nacional dos bancários aconteceu em outubro de 2015 e durou 21 dias. Na ocasião, a categoria conseguiu um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.
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