Radar — 13/08/2016

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Retração na economia

A atividade econômica registrou queda no segundo trimestre. Segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) houve retração de 0,53% no segundo trimestre, comparado com o período de janeiro a março deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2015, a queda ficou em 4,37%. Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 0,23% na comparação com maio. No primeiro semestre, houve retração de 5,96% e, em 12 meses encerrados em junho, de 5,67%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar  decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Aumentos sem previsão

A Petrobras não tem previsão de fazer um reajuste de preços dos combustíveis, no momento. Mas, o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, disse que a companhia tem mantido a prática de avaliar a garantia de que pratica preços competitivos, de participação no mercado e, na medida em que for necessário mexer nos valores, a decisão será tomada.

Retomada do MCMV

O governo federal anunciou a retomada de mais de dez mil unidades habitacionais que, no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), estavam paralisadas. Também foi divulgada a implementação da faixa 1,5 do programa, que beneficiará famílias com renda mensal bruta de até R$ 2,35 mil. Nessa modalidade, estão previstos subsídios de até R$ 45 mil, valor que varia em função da renda e da localização do imóvel. O financiamento será disponibilizado para imóveis de até R$ 135 mil, a uma taxa de 5% de juros ao ano.

Empréstimos diminuem

A busca por crédito no país diminuiu 6,8% em julho último, na comparação com julho de 2015, e 5,3% sobre junho último, diz pesquisa do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Já no acumulado dos sete primeiros meses do ano, houve alta de 1,7%. Por meio de nota, os economistas da Serasa afirmaram que, “apesar de discretas melhoras recentes no grau de confiança dos consumidores, inflação alta (puxada por alimentos), juros em elevação e desemprego crescente continuam desestimulando os consumidores a assumir novos compromissos creditícios”.

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A pesquisa indica que o recuo no movimento em busca por crédito foi mais expressivo na faixa de renda até R$ 500 mensais (-6,7%). Entre os que recebem, mensalmente, de R$ 500 a R$ 1 mil, houve uma baixa de 5,3%. Para os que ganham entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais, a procura diminuiu 5,1%, o mesmo percentual de queda observada nos ganhos entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês. No caso dos consumidores com renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, a procura caiu em 6% e, na faixa acima de R$ 10 mil, houve retração de 6,4%.

Corte nas universidades

O governo prevê cortar até 45% dos recursos previstos para investimentos nas universidades federais em 2017, na comparação com o orçamento deste ano. Já o montante estimado para custeio deve ter queda de cerca de 18%. Segundo cálculos de gestores, serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos para as 63 federais – na comparação com os R$ 900 milhões previstos para o setor neste ano. As instituições já vivem grave crise financeira, com redução de programas, contratos e até dificuldades para pagar contas.

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A previsão de recursos para 2017 foi publicada nesta semana no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação que trata do orçamento. Os valores – que ainda podem passar por revisão – devem ser incorporados ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Executivo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

Maiores varejistas

O Grupo Pão de Açúcar segue no posto de maior rede varejista do país, segundo ranking divulgado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo. A lista, que reúne as 120 empresas com melhor faturamento no setor, levou em conta dados referentes a todo o ano passado. Carrefour e Walmart também continuaram na segunda e terceira posições, respectivamente. Juntas, as companhias analisadas tiveram receitas de R$ 444,680 bilhões, um avanço nominal de 5,2% frente a 2014. O número real, porém, representa retração, já que a inflação fechou 2015 em 10,67%.

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