Nos primeiros seis meses de 2016, os desligamentos superaram as admissões com carteira assinada em Nova Friburgo. Foram 493 postos de trabalho a menos no mercado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que divide o mercado por setores e detalha as áreas que mais abriram e fecharam vagas no período, do Ministério do Trabalho e Emprego. Se comparados aos números registrados em 2015, os dados chamam a atenção, já que, de janeiro a junho do ano passado, a cidade registrou saldo positivo de seis vagas.
A maioria dos dados negativos deste ano se concentram nos setores de comércio (com menos 236 vagas), administração pública (com menos 165) e a construção civil (com menos 90). Apesar de desfavorável, o número deste ano ainda é melhor do que o registrado nos últimos seis meses do ano passado, quando o município fechou 1.649 postos de trabalho.
Mas quando o assunto é economia, situações como essas podem ir além de meras coincidências.
Isso porque, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o mercado de trabalho começa a dar os primeiros sinais de melhora, ou seja, o avanço do desemprego tem perdido força. Na prática, isso significa que as empresas devem voltar a contratar a partir deste segundo semestre ou pelo menos frear as demissões.
Ainda segundo os dados, em junho, o indicador antecedente de emprego, que mede a onda de contratações para os próximos três meses e a situação dos negócios para os próximos seis meses, apresentou avanços. Comparado a maio, houve crescimento de 3,5%, elevando o indicador a 82,2 pontos, o maior nível desde abril de 2014, quando foi registrado 83 pontos.
“A evolução dos Indicadores de Mercado de Trabalho nos últimos meses vem sinalizando que as empresas estão calibrando o ritmo de ajuste de seus efetivos de mão de obra”, observou Itaiguara Bezerra, economista da FGV. “Começam a mostrar uma atenuação do ritmo de queda do emprego”, afirmou ele ao Portal Brasil.
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