Campanha de prevenção à hepatite promove testes gratuitos

Ambulatório Bento XVI e Adinf atenderão população durante cinco dias
sábado, 23 de julho de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Sede da Adinf, no Bairro Ypu (Foto: Arquivo A VOZ DA SERRA)
Sede da Adinf, no Bairro Ypu (Foto: Arquivo A VOZ DA SERRA)

A campanha mundial “Hepatite Zero - Projeto Mundial de Erradicação” começa nesta segunda-feira, 25, às vésperas do Dia Mundial de Combate as Hepatites Virais (próxima quinta-feira, 28). A ação, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença e suas formas de transmissão, oferecerá, até a sexta-feira, 29, testes rápidos e gratuitos contra hepatite C, das 8h às 17h, no ambulatório Bento XVI (da Catedral São João Batista, na Rua Augusto Spinelli, 75, Centro) e na Adinf (Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo), na Rua Maximiliam Falck, em frente à fábrica Ypu. 

Com o apoio do Programa Municipal DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e Hepatite Virais, da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite e dos Rotary Clubs de Nova Friburgo, a campanha tem como público-alvo homens e mulheres de 40 anos ou mais e pessoas de qualquer idade que possuam tatuagens. A ideia da iniciativa é reforçar os alertas para a prevenção e detecção da doença.

De acordo com Humberto da Silva, presidente da Associação Brasileira de Portadores de Hepatites (ABPH), a doença é assintomática até as suas fases mais avançadas e, geralmente, quando o portador percebe os primeiros sintomas, a única possibilidade de cura é um transplante de fígado.     

Por isso, “a campanha deste ano defende a ideia de que o exame de sangue simples, conhecido como hemograma completo, deveria incluir, automaticamente, o teste rápido das Hepatites B e C. Somente esta iniciativa diagnosticaria centenas de milhares de pessoas e salvaria as vidas de todas elas”, afirma. 

Ainda conforme dados da ABPH, há três milhões de portadores da hepatite no Brasil. No mundo, meio bilhão de pessoas carregam os vírus das hepatites B e C e apenas 5% dos casos estão diagnosticados. A Hepatite C mata duas vezes mais do que a Aids. Nos Estados Unidos, em 2015, a Hepatite C matou mais do que todas as doenças infecciosas juntas.

A hepatite C é transmitida pelo sangue contaminado quando a pessoa compartilha alicate de unha, aparelho de barbear, agulha, entre outros. O vírus também pode ser transmitido em procedimentos cirúrgicos, ao colocar piercing ou fazer uma tatuagem sem que os materiais tenham sido esterilizados. 

Quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993 também pode ter adquirido hepatite C. Mas, vale destacar que, se descoberta a tempo, a doença tem cura. 

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