A não ser em casos de doença, retiro espiritual ou abdução alienígena, você já deve ter ouvido falar do Pokémon Go, uma mania que a gente mal conhece mas já considera pacas e que se espalhou por todo o mundo mais rápido que uma bala, mais forte que uma locomotiva. O primeiro jogo Pokémon foi lançado em meados dos anos 90 para o videogame portátil Game Boy, e mesmo com os parcos recursos gráficos, já tinha potencial de vício maior que o Candy Crush. Mas, claro, grande parte dos leitores conhece Pokemon pelo desenho animado que passava na televisão brasileira — quem aqui não amou o Pikachu?
O Pokemon Go, mais recente jogo da franquia, foi lançado em julho de 2016 em alguns países, através da parceria entre a japonesa Nintendo e a Niantic, Inc., e está causando um furor sem precedentes no universo dos games.
Utilizando o GPS e a câmera dos celulares, o jogo permite aos jogadores capturar e batalhar com as criaturas virtuais — os pokémons — além de treiná-los para batalhas futuras. Os personagens aparecem nas telas como se fossem no mundo real, na sua calçada, na sua rua. A febre pegou de tal maneira que, a fim de comparação, o Pokémon Go já tem mais usuários que os apps do Tinder (no fim das contas, outro aplicativo para caçar criaturinhas), Netflix e Twitter nos Estados Unidos.
E o game é um sucesso mesmo. Desde o lançamento, a Nintendo já acrescentou U$ 7 bilhões ao seu valor de mercado devido à subida das ações. O Pokémon parece penetrar em dois mercados distintos — os jovens que estão jogando pela primeira vez e já nasceram no meio das novidades tecnológicas e os adultos na casa dos 30 anos ou mais, que já jogavam os jogos mais antigos, ou que querem relembrar os tempos do desenho animado. Gostinho de nostalgia!
Porém, é importante ressaltar que nem tudo são flores. É verdade que o jogo contribui para a popularização da chamada realidade aumentada, e foi elogiado por alguns profissionais médicos por melhorar potencialmente a saúde mental e física dos jogadores, mas, é claro, também atraiu alguma controvérsia devido a relatos de acidentes e perturbação da ordem pública em alguns locais. Já existem casos de criminosos que se utilizam do jogo para atrair outros jogadores a lugares ermos, para assaltá-los. A esse respeito, os criadores do Pokémon Go disseram que as pessoas devem “jogar com amigos quando forem para lugares novos e desconhecidos” e “lembrar de se manter em segurança e alerta todo o tempo”.
Data de lançamento no Brasil ainda é incerta
Calma, calma. A Niantic, Inc decidiu adiar o lançamento em alguns países porque, com tantos usuários, os servidores estavam tendo problemas. Alguns sites dizem que ainda não há previsão para que o jogo seja lançado no Brasil, embora a notícia de que o servidor brasileiro do Pokémon Go foi adicionado recentemente tenha empolgado o público, que aguarda ansiosamente pelo lançamento do jogo por aqui. Outros sites de tecnologia, no entanto, anunciavam o dia 21 de julho como o marco inicial dos pokemons em terras brasileiras. O site MMO Server Status, que monitora os servidores dos games online, mostra que já foram feitos testes no Brasil — e que o país está pronto para receber o jogo. Até o fechamento dessa matéria, no entanto, justamente no dia 21, o jogo ainda não havia sido lançado.
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