Porta a porta cresce

segunda-feira, 18 de julho de 2016

PIB e inflação

Economistas do mercado financeiro reduziram pela oitava vez a estimativa de retração da economia este ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a previsão de queda para 2016 é de 3,25%. Em relação a 2017, a expectativa de crescimento aumentou, passando a 1,10%. A previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e distante do objetivo central de 4,5% para 2016: 7,26% ao ano. Para 2017 a expectativa de inflação caiu, de 5,40% para 5,30%, dentro da meta para o ano que vem, de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto. A expectativa para a Selic é de que encerre 2016 a 13,25%. Para o fim de 2017, se manteve em 11%.

Preços caem

Em sete capitais, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,41% na segunda semana de julho, taxa 0,03 ponto percentual abaixo da registrada na apuração anterior (0,44%). A maior influência ocorreu no grupo habitação que passou de uma alta de 0,44% para 0,26%. O resultado refletiu, principalmente, na queda de preço na conta de luz (de 0,07% para -0,62%). 

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O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Metade dos oito grupos pesquisados indicou decréscimos e, em dois deles, houve quedas: vestuário (de 0,1% para 0,07%) e transportes (de -0,13% para -0,16%). Em comunicação, o índice teve variação de 0,09% ante 0,1%.

Pagamentos eletrônicos

O uso de meios de pagamento eletrônicos tem crescido expressivamente no Brasil. Segundo pesquisa do Banco Central, em 2015 foram gastos R$ 678 bilhões em transações com cartão de crédito e R$ 390 bilhões com cartão de débito, o que representou um aumento de 9% e de 12%, respectivamente. A pesquisa mostra ainda que foram realizadas 5,7 bilhões de transações com cartões de crédito no ano passado, o que representa um aumento de 3% frente a 2014. As operações com cartão de débito somaram 6,5 bilhões (incremento de 15%).

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Enquanto os meios eletrônicos avançam, o uso de cheque entrou em queda. No ano passado, essa forma de pagamento caiu 12% e o valor transacionado em cheques teve redução de 9%. Segundo o Banco Central, na opção débito há garantia para o lojista de receber o valor pago. Com o cheque, não se tem essa certeza.

Brasileiros otimistas

O brasileiro está mais otimista em relação à economia. De acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, a população demonstra mais confiança na queda da inflação, na manutenção do emprego e no aumento do poder de compra. Esse otimismo é o maior registrado desde dezembro de 2014. A pesquisa foi realizada semana passada. Em comparação com fevereiro de 2016, houve melhora em cinco dos sete indicadores do Índice Datafolha de Confiança (IDC). Esse índice chegou a 98 pontos na última pesquisa, 11 a mais do que o registrado em fevereiro.

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A economia do Brasil no governo Temer é vista positivamente, em comparação com a percepção relativa a fevereiro. Houve aumento de 34 pontos na expectativa de avanço da situação econômica do país. Se, no segundo mês do ano, esse item obteve 78 pontos, agora chegou a 112 pontos.

Consumidores conscientes

Apenas três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes, anunciaram o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com base em pesquisa. Em uma escala de um a dez, consumidores entrevistados dão nota média de 8,9 para a importância do tema consumo consciente, mas apenas três em cada dez consultados (32%) podem ser considerados, de fato, conscientes - um aumento de 10,2 pontos percentuais em relação a 2015, quando esse percentual era de 21,8%. Apesar de ter apresentado melhora, o aumento do indicador foi discreto em relação a 2015, avaliam o SPC Brasil e a CNDL.

Porta a porta cresce

“Avon chama!” A frase, sedimentada no imaginário brasileiro, traduz a força da venda de porta em porta no Brasil, que volta a crescer como alternativa em tempos de crise. Depois do crescimento de 7,2%, entre 2012 e 2013, as vendas diretas passaram por um período de estagnação. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, o setor se manteve na casa dos R$ 41,6 bilhões em volume de negócios em 2014, crescimento de 0,2% em relação a 2013. Em 2015, começou uma reação, com R$ 19,5 bilhões em volume de vendas no primeiro semestre, crescimento de 0,7% em relação ao mesmo período de 2014.  Segundo a entidade, há mais de 4,6 milhões de revendedores no país, um aumento de 3,5% em relação a 2015. 

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