Serviços diminuem

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Serviços diminuem

O volume de serviços teve uma queda de 6,1% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o pior resultado para o quinto mês do ano desde o início da série histórica em 2012. É também a segunda maior queda da série, perdendo apenas para o recuo de 6,4% de novembro de 2015. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços caíram 0,1% na comparação com abril, 5,1% no acumulado do ano e 4,8% no período de 12 meses.

Motociclistas caem

 A produção de motocicletas caiu 33,4% de janeiro a junho, somando 464.357 unidades, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). No mesmo período de 2015 foram produzidas 697.540 motocicletas. Em junho foram fabricadas 81.387 unidades, o que representa uma retração de 11,8% na comparação com maio e de 30,4% em relação a junho de 2015. Nos primeiros seis meses do ano, as vendas para as concessionárias chegaram a 452.368 unidades, 31,4% a menos do que no mesmo período do ano passado (659.093). Em junho, foram comercializadas 77.548 motocicletas, o que corresponde a uma queda de 11,1% na comparação com maio e de 23,3% sobre o mesmo mês de 2015.

Vendas menores nos supermercados

O IBGE mostrou que os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo marcaram taxa de -5,6% no volume de vendas em maio, quando comparado com o mesmo mês de 2015. O resultado foi o principal para a contribuição negativa na formação da taxa global do comércio varejista. Em termos de resultados acumulados, a atividade apresentou variação no ano de -3,7% e nos últimos 12 meses de -3,4%. Este desempenho negativo vem refletindo o menor poder de compra da população, tanto pela redução da renda real quanto por pressão inflacionária dos alimentos, medido pelo IPCA.

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Entre os destaques da pesquisa estão: artigos de uso pessoal e doméstico, que englobam lojas de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos, com recuo de 15,5% em relação a maio de 2015, proporcionando o segundo maior impacto negativo na formação da taxa do volume de vendas do varejo.

Nome emprestado

Um levantamento realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revela que 39,8% dos consumidores brasileiros já pediram o nome emprestado a outras pessoas para fazer compras a crédito – principalmente as mulheres (43,9%) e pessoas das classes C, D e E (42,7%). De acordo com a pesquisa, a prática é utilizada principalmente pelos consumidores que acabam passando por situações emergenciais e não contam com uma reserva ou que enfrentam dificuldades para ter acesso ao crédito.

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Três em cada dez (29,4%) entrevistados que admitiram ter pedido o nome emprestado o fizeram devido a algum imprevisto e 22,6% por estarem com o nome em cadastros de inadimplentes. Outras razões ainda mencionadas são: não possuírem cartão ou cheque (18,1%) e terem extrapolado o limite de crédito (11,8%).

Construção em baixa

As vendas de materiais de construção caíram 10,8% em junho na comparação anual, informou a Abramat, associação que representa o setor. No acumulado do ano as vendas caíram 14,3%. A Abramat projeta recuo de 8% este ano. Em relação a maio, o recuo foi de 3,8%. "As condições negativas na economia continuam a afetar o desempenho da indústria. Estamos na expectativa de uma retomada do crédito para reformas e do anunciado estímulo à infraestrutura via concessões e PPPs (parceria público- privada)", disse o presidente da Abramat, Walter Cover. A entidade prevê melhora dos resultados a partir deste mês, devido à fraca base de comparação do segundo semestre de 2015.

Consumidor.gov

A plataforma Consumidor.gov.br completa dois anos com 340 mil registros de consumidores e cerca de 80% das reclamações solucionadas em torno de seis dias. Atualmente, a plataforma conta com 325 empresas cadastradas. Os resultados expressivos para as soluções de conflitos de consumo é agenda prioritária da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). O Consumidor.gov é um instrumento de transparência nas relações de consumo, de empoderamento do cidadão e de competitividade pelo melhor desempenho no atendimento das empresas.

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