Benefícios revistos

sexta-feira, 08 de julho de 2016

Benefícios revistos

O governo federal tornará mais rígidas as regras de concessão dos auxílios-doença e aposentadoria por invalidez, com três medidas provisórias que preveem revisões periódicas dos benefícios e a suspensão automática do auxílio-doença depois de 120 dias.. De acordo com o assessor especial da Casa Civil, Marcelo Siqueira, o governo tem uma estimativa conservadora da economia com essas duas medidas. O valor poderia ser de R$ 6,3 bilhões/ ano, com o cancelamento de 30% dos auxílios-doença e 5% de reversão das aposentadorias por invalidez.

Empregos negativos

O Brasil deve ter este ano o pior desempenho na criação de empregos na comparação com outros 43 países, de acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a pesquisa "Perspectivas do Emprego 2016", o Brasil deve registrar este ano um saldo negativo de empregos -- ou seja, mais demissões que contratações -- de 1,6%, enquanto nos países da OCDE a previsão é de crescimento de 1,5% dos postos de trabalho.

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 Conforme a OCDE, apenas quatro outros países, além do Brasil, terão saldo negativo de empregos neste ano, com quedas bem menos expressivas: Finlândia (-0,1%), Japão (-0,2%), Portugal (-0,3%) e Costa Rica (-0,9%), Em 2017, a OCDE estima uma melhora da situação no Brasil, com previsão de crescimento de 0,7% do emprego. No estudo, a entidade ainda prevê que a taxa de desemprego no Brasil deverá atingir 11,3% neste ano contra 8,5% em 2015 e 11,6% em 2017.

Semi novos em alta

Enquanto o mercado de carros zero quilômetro acumula queda de 25,4% no primeiro semestre em comparação a igual período de 2015, as vendas de modelos seminovos, com até três anos de uso, seguem trajetória inversa, com crescimento de 23,6%. O desempenho positivo não se repete em veículos mais velhos. As vendas de carros com quatro a oito anos de uso caíram 12,9% no primeiro semestre e as de nove a 12 anos, 12,4%. A redução para aqueles com mais de 13 anos foi de 17,2%. Ao todo, foram vendidos de janeiro a junho 4,786 milhões veículos usados, incluindo caminhões e ônibus. O número é 3,8% menor que o do mesmo intervalo do ano passado. Do total, 2,266 milhões são modelos com até três anos de uso, ou 47,3% das vendas. O mercado de veículos zero quilômetro somou 983,5 mil unidades na primeira metade do ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Significa que, para cada novo, foram comercializados quase cinco veículos usados.

Cervejarias em alta

Com o aumento da demanda por consumo, as micro e pequenas cervejarias estão em franco crescimento, tornando-se um mercado com grandes oportunidades para empreendedores. No estado do Rio, só no primeiro semestre, houve mais registros desses estabelecimentos do que nos últimos três anos, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O setor está em expansão, e a legalização acompanha esse movimento. Há 30 cervejarias registradas no Rio, e mais oito foram formalizadas.

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Outra característica preponderante é a interiorização dessas empresas. Os empreendedores têm buscado nichos e oportunidades em pequenas cidades, adequando sua produção à realidade local. Atentos ao potencial do setor, municípios já têm implantado políticas para fortalecer a produção das cervejarias. Em Paraíba do Sul há duas iniciativas em andamento: a criação de uma associação regional de fabricantes e o lançamento de um polo industrial cervejeiro. Nova Friburgo, inclusive, já elaborou lei de incentivo às microcervejarias, isentando-as de taxas de alvará e IPTU; na capital há até um decreto para simplificar o licenciamento ambiental e facilitar a instalação de plantas.

Balança Comercial

A balança comercial fluminense registrou, em maio, saldo positivo de US$ 463 milhões. Com US$ 1,7 bilhão em exportações e US$ 1,2 bilhão em importações, a corrente de comércio teve um incremento de 13% em comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com o Boletim Rio Exporta, divulgado pela Federação das Indústrias do estado (Firjan), o  Rio exportou 25% a mais que no mesmo mês do ano passado, o que justifica o crescimento da corrente comercial. 

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A elevação das vendas externas se deve ao aumento expressivo da exportação de manufaturados, que praticamente triplicaram em relação a maio de 2015, e está centrada, principalmente, no segmento de outros equipamentos de transporte. Outras indústrias também tiveram resultados positivos, como veículos automotores, produtos de borracha, máquinas, farmoquímicos e farmacêuticos.

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