EMBORA sancionada pelo ex-governador Sergio Cabral em 2010, a legislação que coíbe o uso de sacolas plásticas nas redes de supermercados é mais uma lei que não “pegou”. A cada hora, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, são consumidas cerca de 1,5 milhão delas no país, 36 milhões ao dia. No mundo, o número é surpreendente: 500 bilhões utilizadas anualmente.
ALÉM DE poluentes, as sacolas causam muitos outros impactos ambientais. São elas as responsáveis por entupimentos de bueiros e saídas de água em decorrência das chuvas e enxurradas, além de colocar a vida animal em risco através de sua ingestão indevida.
EMBORA o Estado do Rio tenha avançado nas políticas ambientais, muitos cidadãos não se preocupam com o excessivo lixo produzido pelas sacolas, principalmente nos supermercados e no comércio em geral, gerando um passivo ambiental que a cada dia se acumula mais. Sacolas, garrafas e um sem-número de embalagens ajudam a sujar as cidades brasileiras, sem que as autoridades levem este assunto em consideração.
A EXTINÇÃO das sacolas plásticas conta com o apoio da população e como já ocorre em muitas cidades em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, a medida tem sido bem aceita e compreendida por todos. A sociedade, aos poucos, vem assimilando este indigesto lixo, e está se conscientizando de sua redução, cuja causa está na sua origem e não somente no usuário que irá descartá-la. A mudança deve partir de quem produz.
ALGUMAS medidas no sentido da coleta seletiva de lixo já são tomadas pelas prefeituras, mas não atendem plenamente ao que é gerado pela população, deixando a captação destes a cargo dos catadores das cooperativas ou não, que se encarregam de sua coleta e comercialização. É preciso uma política pública que ofereça as condições de se reduzir o lixo na cidade. Soluções existem muitas.
ASSIM como o lixo produzido pelas sacolas plásticas, outros lixos ainda não receberam o tratamento devido e se constituem num desafio para a gestão ambiental do município. Questões ambientais como o agrotóxico e outras agressões devem ter o mesmo fim: a solução definitiva, utilizando a gama de recursos disponíveis. Trata-se de questão política e não somente, econômica.
O GESTOR do futuro tem na questão ambiental um capítulo do qual não poderá pular, se quiser realizar um trabalho político voltado aos interesses da população e com foco no crescimento sustentável. Mais que um alerta, a situação do meio ambiente impõe uma nova abordagem dos nossos políticos para a questão. E a sua responsabilidade não se limita apenas no âmbito de ações governamentais. É tarefa que deve ser compartilhada com toda a sociedade.
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