Radar — 25/06/2016

sábado, 25 de junho de 2016

Alta da inflação

Os consumidores brasileiros preveem uma inflação de 10,5% nos próximos 12 meses. A estimativa, da pesquisa Expectativa de Inflação dos Consumidores, realizada neste mês pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é 0,2 ponto percentual superior à registrada no levantamento de maio (10,3%) e interrompe uma trajetória de três meses de queda. A maior elevação da expectativa de inflação ocorreu entre os consumidores da faixa de renda mais baixa. Entre eles, a taxa cresceu 0,6 ponto percentual e chegou a 11,3%. De acordo com a FGV, a leve alta de 0,2 ponto percentual está dentro da margem de erro estatístico. Outro destaque dos dados é que os cariocas estimaram, na pesquisa de junho, uma taxa de inflação 0,7 ponto percentual acima do resultado de maio. A FGV acredita que isso tenha relação com a expectativa de aumento de preços durante as olimpíadas.

PEC da Previdência

Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a reforma da Previdência precisa ser aprovada ainda este ano. Ele acredita que a redução das despesas públicas ajudará o trabalho do Banco Central na redução da taxa básica de juros, a Selic. Meirelles afirmou que, no caso da aprovação de uma PEC específica para a Previdência, as previsões mais otimistas dão conta de que ela entraria em vigor em três meses. Nas mais pessimistas, até o fim do ano.

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Ainda no que se refere à Previdência Social, Meirelles reiterou que a primeira medida tomada foi a retirada da Secretaria da Previdência, do Ministério do Trabalho para a Fazenda. "É um gesto prático e simbólico", disse o ministro, acrescentando que está confiante na solução dos problemas da Previdência pelo fato de o governo ter nomeado Marcelo Caetano, um profundo conhecedor do assunto, como secretário da Previdência.

R$ 1 trilhão em negócios com cartões

O setor de cartões e meios eletrônicos de pagamentos vem crescendo a passos largos no Brasil. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), foram mais de R$ 1 trilhão em transações em 2015. No primeiro trimestre de 2016, o movimento foi de R$ 270 bilhões, com destaque para um aumento de 13% nas transações com cartão de crédito. Marcelo Noronha, presidente da Abecs, celebrou a consolidação dos cartões de crédito e débito como meios de pagamento no Brasil. Entretanto, destacou o papel que eles vêm exercendo como meio de financiamento entre consumidores brasileiros.

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A exemplo do que acontece em todo o mundo, o cartão de crédito se consolida, juntamente com o cartão de debito, como meio de pagamento. Segundo Noronha, o cartão de crédito ocupa atualmente a terceira posição na composição da carteira de crédito à pessoa física no país, com R$ 165 bilhões - ou 10,9% da carteira. O meio de financiamento fica atrás apenas do crédito imobiliário (33,5%) e do crédito consignado (25,4%).

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Ainda segundo a Abecs, 70% dos consumidores que financiaram compras no cartão de crédito afirmam que não teriam feito a aquisição se não fosse essa possibilidade. Noronha destacou que 62% dos consumidores usuários de cartões de crédito fazem compras parceladas sem juros todo mês.

Rigor nas vendas a prazo

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou projeto de lei da deputada Cidinha Campos (PDT), que propõe multas nos termos do Código de Defesa do Consumidor para os estabelecimentos que descumprirem a lei com normas para divulgação de preços nas vendas a prazo ao consumidor (lei 6.419/13). Atualmente, a lei determina uma multa fixa de mil Ufirs-RJ (R$ 3,0023) em caso de descumprimento. O projeto diz que a multa deverá ser proporcional à gravidade da infração. Cidinha diz que a multa fixa não segue o que determina o CDC.

Novas formas de franquia

Apesar de faturar R$ 139 bilhões em 2015 e representar 2,3% do produto interno bruto do país, o franchising tem se preocupado com a retração econômica. Por isso, muitos franqueadores remodelaram o seu negócio. A Cacau Show, por exemplo, apresentou na ABF Franchising Expo três novos formatos de microfranquia. O modelo mais barato, de R$ 19 mil, é o de distribuição, onde o franqueado recruta pessoas para atuar na venda direta (de porta em porta) dos chocolates da marca. O segundo modelo tem investimento inicial de R$ 38 mil e se assemelha aos quiosques, porém mais compacto e barato. O último – e principal aposta da marca – é a gelateria que tem investimento de R$ 42 mil e oferece, além dos chocolates e trufas, sorvetes do tipo gelato italiano, waffles, fondue e café. 

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