INICIADA há quase três meses, a greve dos professores da rede pública do estado do Rio de Janeiro chega a cerca de 70% dos profissionais e deve continuar por tempo indeterminado, informou o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). E o governo ainda não sinalizou com nenhum tipo de reajuste salarial e tem protelado a implementação das propostas acordadas.
A PROPOSTA do governo é zero por cento de aumento para uma categoria que está desde 2014 sem reajuste. E os pontos acordados ainda não foram encaminhados para votação, como eleição para diretores pelo voto da comunidade com cronograma desse ano apontando para uma data no ano que vem, e na pauta pedagógica, a implementação da lei 11.738, de um terço da carga horária para planejamento das aulas, com cronograma.
TODO ESSE quadro se mostra um grande desafio, qual seja o de manter a estrutura física da rede pública abrigando com segurança milhares de jovens friburguenses. E, mais ainda, promover a qualidade do ensino público com vistas à formação de novas gerações com um quadro de professores dispostos a levar adiante tão nobre missão.
VALORIZAÇÃO é a palavra que não cabe no dicionário do professor. Em todas as cidades, é consenso a decepção da categoria com os rumos da educação, vitimada por todos os lados, inclusive em sua integridade física, onde já se assiste agressões a professor apanhando de aluno dentro da escola. Desenvolver este fundamental contingente de profissionais, promovendo seu aperfeiçoamento e pagando-lhes salários dignos é o desafio imediato para quem quer formar gerações de cérebros no futuro.
NOVA FRIBURGO também não tem tudo o que comemorar. A criação de turno único para os alunos da rede pública sempre permaneceu nas propostas dos políticos, mas as promessas ficam só no desejo, contando com as limitações financeiras e a falta de infra estrutura para construir escolas preparadas para receber os alunos em tempo integral.
O ENSINO friburguense depende de investimentos para a sua melhoria e a obtenção de recursos vai depender de articulação política do governo municipal em todas as esferas. O aluno quer a melhoria da educação que lhe é oferecida e esta expectativa não pode ser frustrada, sob o risco de comprometer o futuro de milhares de jovens cidadãos e o desenvolvimento de Nova Friburgo. É hora de reagir pela educação.
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