Nesta segunda-feira, 2, será realizado o leilão da massa falida do Banco BVA, que reúne mais de 56 imóveis espalhados por todo o Brasil e alguns bens móveis que totalizam mais de R$ 261 milhões. A lista de bens inclui 20 lotes de lojas no Cadima Shopping, com áreas de 12 a 650 metros quadrados, com lances iniciais de R$ 40 mil a R$ 3,5 milhões. A venda, autorizada pela justiça, acontecerá em primeira praça nesta segunda-feira, 2 de maio, a partir das 14h, exclusivamente online por meio do portal Superbid Judicial. As ofertas poderão ser feitas até às 14h da quarta-feira, 4 de maio.
O leiloeiro oficial da Superbid Judicial, Renato Moysés, explica que os lances poderão ser ofertados somente pela internet por meio do link: http://www.canaljudicial.com.br/auction/index.htm?auction_id=48583. Os interessados em participar, tanto pessoas físicas ou jurídicas, devem se cadastrar no site e solicitar habilitação.
"Caso não sejam arrematados, os lotes serão oferecidos em segunda praça, ininterruptamente, até às 14h do dia 24 de maio com redução de 40% do valor avaliado", informa o leiloeiro.
Para Eduardo Seixas, sócio da Alvarez & Marsal Brasil, empresa nomeada como administradora judicial do banco, os investidores terão ótimas oportunidades de realizar bons negócios, além de contarem com proteção judicial no momento de adquirir algum bem. "Esses leilões representam uma importante etapa do processo de alienação dos ativos da massa falida do Banco BVA, em que a proposta teve aprovação de mais de 90% dos credores presentes em assembleia geral de credores, realizada no final de 2015. Acreditamos que existem vários bens com localização estratégica para os investidores e, além do mais, eles terão proteção legal, já que estarão adquirindo imóveis que serão homologados dentro do juízo falimentar", explica.
Imóveis fechados desde a falência do Banco BVA
Especializado em oferecer crédito a empresas com dificuldades de levantar recursos, o Banco BVA tinha sede na capital fluminense e concentrava sua maior operação em São Paulo. No total, o banco tinha sete agências espalhadas pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Em contato com a redação de A VOZ DA SERRA, o gerente geral do Cadima Shopping, Luiz Fernando Oliveira, afirmou estar confiante que o leilão irá por fim a um impasse que se arrasta há cerca de dois anos. “Desde a decretação de falência do Banco BVA, o Cadima Shopping foi prejudicado com o fechamento de lojas de propriedade deste banco. Com o leilão, há a expectativa de liberação das lojas fechadas para comercialização, retomando o crescimento do número de operações comerciais no shopping", diz.
Luiz Fernando ressalta que o imbróglio judicial não tem qualquer ligação com a gestão do Cadima. “Acho importante informar que o Banco BVA não tem nada a ver com a administração do shopping, sendo simplesmente mais um proprietário de lojas. Sua falência não interfere em nada no funcionamento, tampouco, nas diretrizes administrativas e operacionais do shopping”, conclui ele.
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