Editorial - O futuro, rápido

terça-feira, 03 de março de 2009
por Jornal A Voz da Serra

COM A VOLTA à normalidade, após os meses de férias escolares, Nova Friburgo também volta a expor os seus conhecidos problemas, entre eles o trânsito e o número de automóveis e motocicletas em circulação. Ruas saturadas, estacionamentos caros e insuficientes e desrespeito às leis são as principais características do centro da cidade. E o problema não acaba aí. Bairros populosos também sofrem com o trânsito, como Olaria e Conselheiro Paulino, além da área rural.

COM POUCAS áreas para a expansão da frota de veículos, além do surgimento acentuado de ruas e novos núcleos populacionais na periferia, a cidade necessita de novos equipamentos de serviços públicos, sendo o controle do trânsito um deles. Propostas para minimizar o problema, o prefeito tem, pois são conhecidas as suas ideias sobre uma ‘reforma urbana’, o que poderia compatibilizar equipamentos e serviços com o porte do município.

DESDE a sua criação, a Autarquia de Trânsito tem suprido a necessidade de fiscalização como pode. Sem um quadro de pessoal numericamente compatível com as necessidades do trânsito friburguense, nem verbas, não sobra muito ao órgão público para planejar harmoniosamente a relação entre os veículos e o cidadão, dimensionando de forma adequada o trânsito na cidade, considerando, também, a nova dimensão do transporte coletivo.

INÚMERAS cidades brasileiras já chegaram ao limite da saturação do trânsito e Nova Friburgo, se não planejar e investir no setor nos próximos anos, viverá uma situação verdadeiramente caótica. Cabe, portanto, ao governo municipal antecipar-se ao caos, iniciando desde já um trabalho que leve em consideração o crescimento da cidade e o das vias públicas e buscar padrões adotados mundialmente que diminuam o impacto do aumento de veículos nas pequenas e médias comunidades.

O MUNICÍPIO, como cidade turística, deveria, igualmente, oferecer ao friburguense e aos visitantes um trânsito compatível com a sua proposta de receber bem, vivendo bem. Para tanto, precisa de verbas para realizar tais mudanças, reforçando com recursos os projetos de interesse público que ainda não foram contemplados com a atenção que merecem.

O GOVERNO municipal tem uma grande responsabilidade sobre o futuro da cidade, criando políticas públicas progressistas, promovendo o crescimento econômico e consequentemente melhorando a qualidade de vida da população. Planejar o futuro é uma das funções dos governantes e, no caso friburguense, a experiência e a visão empreendedora do prefeito poderão fazer a diferença.

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