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Da História à Liberdade, “Faz escuro, mas eu canto”!
O caderno Light abre o roteiro com o pensamento de Carl Sagan, como um aperitivo para o banquete de conhecimentos que nos aguarda na plataforma de embarque. “Quem conta a nossa história?” – A pergunta aguça a reflexão e lá vamos nós em “Antigos rastros”, com Deborah Simões, repensar Aluísio de Azevedo que, em 1890, lança o livro “O cortiço, retrato de um Rio de Janeiro em pleno 2016...”. Vale, então, pensar que “os cortiços e as fragmentações persistem”.
Os anos 90 trazem relíquias como o “voto em papel”, “internet limitada” e o triste desfecho do “caçador de marajás”, que “no fim das contas, revelou-se o maior deles”.
Com o professor Pedro Monnerat, entendemos que “a história com a qual nos deparamos é reproduzida pelos ‘vencedores’, aqueles que, depois do ocorrido, põem-se no papel de escritores para controlar o passado, transformando-o numa importante ferramenta de domínio social, cultural e simbólico”.
Como diziam os antigos - quem conta um conto aumenta um ponto, ou diminui, dependendo do interesse. O importante é que o aprendizado da história “seja uma experiência gratificante para professores e alunos nas diferentes realidades escolares”.
A verdade é que cada um de nós, em proporção maior ou menor, constrói sua história na história do lugar onde vive. É assim que Glenda Ludwig faz história no mundo da moda e a banda friburguense de rock Hell Oh no cenário internacional das artes musicais. Lucas Vieira também faz história em A VOZ DA SERRA com a Discopédia e nos apresenta “Udigrudi”.
Se o futuro é imprevisível, o passado garante seu espaço na contação dos fatos. Assim, em “Há 50 Anos”, em meados de abril de 1966 era inaugurada a Casa de Saúde São Lucas, com discurso de um de seus diretores – dr. Chamberlain Noé. E tudo começou no prédio do antigo Hotel Madrid. Aproveitamos para enviar os parabéns a toda equipe do hospital pelo brilhante aniversário da instituição.
É interessante quando alguém que traz notícias vira notícia. É o exemplo de Alessandro Lo-Bianco que, pela sua eficiência, vai ser jurado, em Brasília, do Prêmio MPT de Jornalismo 2016. Não sem razão, entre outros trabalhos, pela sua coragem de lidar com a investigação da “máfia chinesa” que escravizava chineses em pastelarias no estado do Rio de Janeiro.
O que o trabalho de Lo-Bianco apurou é de estarrecer e de deixar todo mundo de boca aberta, não para comer pastel, mas para dizer não a qualquer lanche que seja produto dessa escravidão. Parabéns Alessandro!
Falando em Brasília, Márcio Madeira conversou com Glauber Braga, que ressalta – “Não retiro uma vírgula do que eu disse”. Para se chegar a esse tipo de palavreado dentro de uma sessão, é sinal de que a política vai muito mal e precisamos crer na força jovem. É bom que a gente fique de olho nesse tal “acordão” que o deputado cita. O momento é tenso! Mas, não podemos cair na desesperança.
Em “Massimo”, dá tristeza saber das dificuldades de manutenção da Uerj – “muitos programas não terão como se manter...”. E tem mais – “banheiros, salas de aula e áreas de acesso comum estão completamente sujas e abandonadas”. A “penúria” se estende ao Hospital Universitário Pedro Ernesto. Para Nova Friburgo, o Editorial está bem positivo e considera o período, às vésperas de maio, como “Época atraente”. Maio é lindo mesmo e bom para o turismo com o aniversário da cidade e Jogos Florais.
“Abre as asas sobre nós”! – A liberdade é tema de “Impressões” e no relato sobre essa “divindade alegórica” tudo é de suma importância. Desde Gandhi a Cecília Meireles, a liberdade é um misto de prazer e responsabilidade. Parece, então, que o discernimento é a batuta da orquestração da vida.
Antonio Fernando dedica a página ao mestre Julio César Seabra Cavalcante, que nos deixou em 19 de abril. Era dia de índio, de liberdade e Jaburu bateu as asas para o além. Saudades! Perdemos uma estrela na terra, mas o céu ganhou um astro de primeira grandeza!“Faz escuro, mas eu canto”!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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