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Empresa na residência
Queda continua
A atividade econômica está em queda há 14 meses consecutivos. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda de 0,29%, em fevereiro, na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustado para o período). Os dados foram divulgados pelo Banco Central. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 4,54%, nos dados sem ajustes porque a comparação é feita entre períodos iguais. Nos dois meses do ano, contra o mesmo período de 2015, houve queda de 6,14%. Em 12 meses encerrados em fevereiro, a retração chegou a 4,63% (dados sem ajuste).
Consumo caiu
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 5,5% em abril em comparação ao mês anterior. Em uma escala de zero a 200, o índice em abril ficou em 73,2 pontos, o menor desde o início da série histórica, em 2010. Em relação a abril de 2015, a queda foi de 28,8%. A assessora econômica da CNC, Juliana Serapio, disse que os dados refletem o momento de incerteza econômica e política do país e a instabilidade do mercado de trabalho. O emprego atual, um dos sete indicadores avaliados pela entidade, caiu 2,7% em abril, acumulando queda de 15,7% em 2016. A parcela da população mais afetada pela retração dos indicadores é a composta por famílias que ganham menos de dez salários-mínimos.
Banco multado
O Banco do Brasil terá que pagar multa de R$ 532,05 mil por envio de cartões de crédito sem prévia solicitação dos consumidores. A decisão de processo administrativo foi publicada pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, no Diário Oficial da União. O banco havia recorrido da decisão, mas a secretaria manteve a multa por considerar que houve violação dos princípios da boa-fé e da transparência, descumprimento de Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta e infração a artigos do Código de Defesa do Consumidor.
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De acordo com a decisão, o banco tem 30 dias para pagar a multa ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, sob pena de inscrição do débito em dívida ativa da União. O Banco do Brasil informou que o caso é um “julgamento de caso antigo, de 1998, sobre o qual avaliará as medidas necessárias”. A instituição diz que recorreu da decisão original “por entender que, à época, já adotava as medidas legais adequadas”. “O BB enfatiza que respeita a legislação vigente e não adota política de envio de cartões sem a solicitação do cliente”, acrescenta a nota.
Empresa na residência
A presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei complementar 154, que permite ao microempreendedor individual usar a própria residência como sede de seu negócio, quando não for indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade. O objetivo é estimular o desenvolvimento e expansão de microempreendedores individuais. A perspectiva é que a alteração facilite a adesão ao Simples Nacional, regime tributário simplificado para empresas de pequeno e médio porte, que reduz custos operacionais e estimula a eficiência econômica. Em junho de 2015, o governo federal comemorou a marca de cinco milhões de empreendedores individuais em todo o país.
Dia das mães
Uma pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro mostrou que o Dia das Mães, a maior data comemorativa do comércio após o Natal, deve ter crescimento de 2% nas vendas, segundo estimativa dos 500 empresários ouvidos. Para Aldo Gonçalves, presidente da entidade, os lojistas estão moderadamente otimistas com as vendas no Dia das Mães e a estimativa de crescimento “reflete o fraco movimento comercial dos últimos três meses e o cenário econômico atual, com desemprego alto, inflação e juros altos, que fizeram o consumidor perder o poder de compra”. O levantamento ouviu lojistas dos setores de vestuário, calçados e bolsas, joias e bijuterias, perfumaria e cosméticos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e telefonia celular.
Brasileiro gasta menos
Com o dólar mais caro e a renda menor, os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 1,291 bilhão em março, informou o Banco Central na última quarta-feira, 20. Esse é o menor valor para o período desde março de 2010, quanto totalizou US$ 1,083 bilhão. No mesmo mês de 2015, os gastos ficaram em US$ 1,504 bilhão. No primeiro trimestre desde ano, os gastos dos brasileiros somaram US$ 2,972 bilhões, contra US$ 5,232 bilhões em igual período de 2015.
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As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil somaram US$ 597 milhões no mês passado contra US$ 548 milhões de março de 2015. No primeiro trimestre, as receitas ficaram em US$ 1,846 bilhão, ante US$ 1,637 bilhão em igual período de 2015. Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e as receitas de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 694 milhões em março, e em US$ 1,126 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
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