Projeção melhora

terça-feira, 19 de abril de 2016

Projeção melhora

Instituições financeiras reduziram a projeção da inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,14% para 7,08%, no sexto ajuste seguido. Para 2017, a estimativa caiu de 5,95% para 5,93%, na segunda queda consecutiva. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada ontem, 18, pelo Banco Central, com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. As projeções estão acima do centro da meta de 4,5%. A estimativa para 2016 ultrapassa também o teto da meta de inflação, que é 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%. O cálculo do mercado financeiro para a queda da economia este ano foi alterado pela 13ª vez consecutiva, ao passar de 3,77% para 3,80%. Para 2017, a expectativa de crescimento da economia foi alterada de 0,30% para 0,20%.

Novo mínimo

O salário mínimo no próximo ano deve chegar a R$ 946, valor que consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Pela proposta, o salário mínimo terá aumento de 7,5% a partir de 1º de janeiro. Desde 2011, o salário mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB). A fórmula valerá até 2019. Pela proposta, o salário mínimo passará para R$ 1.002,70 em 2018 e R$ 1.067,40 em 2019. Os reajustes também seguem a fórmula estabelecida em lei.

Olhar otimista

Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a admissibilidade do processo de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff, formalizado domingo, 17, pela Câmara dos Deputados, "reflete a solidez de nossas instituições e fortalece a nossa democracia”. Em nota, a entidade entende que a decisão vai permitir que o Brasil volte a olhar para o futuro com esperança, “saindo de um período marcado pela falta de diálogo, pela divisão do país e pelo fracasso da política econômica”. A federação cita "milhões de empregos ceifados" nos últimos anos e milhares de empresas que fecharam ou pediram recuperação judicial. A Firjan afirma que a decisão é "o primeiro passo" para tirar país da crise e lembra que o processo segue agora para o Senado. Mas alerta, porém, para o fato de que “a reconstrução do país não se fará sem sacrifícios, e dependerá da união de todos os brasileiros”.

Expectativa de melhora

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse acreditar em recuperação da economia no segundo semestre, e em retomada do crescimento no final deste ano. Barbosa fez a afirmação ao comentar as projeções do governo para crescimento do PIB para os próximos três anos. Apesar do atual cenário recessivo, a equipe econômica prevê crescimento do PIB de 1% em 2017, 2,9% em 2018 e 3,2% em 2019. As projeções estão no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2017, enviado sexta-feira, 15, ao Congresso Nacional.

Sem aumentos

O governo pretende proibir a contratação de servidores e a concessão de aumentos para parte do funcionalismo público no ano que vem. As propostas constam do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, enviado ao Congresso Nacional. Em relação aos salários, a LDO quer proibir os reajustes para os servidores que ganham mais que a média paga pela União. Quanto à admissão de servidores, haveria contratações apenas nas seguintes situações: substituição de terceirizados, concursos em andamento, contratação de militares e de pessoal para a Defensoria Pública da União

Reequilíbrio gradual

O reequilíbrio das contas públicas brasileiras será feito de forma gradual e acompanhado por políticas que criem empregos e aumentem a renda em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, segundo o ex-ministro Wellington Moreira Franco (PMDB), um dos políticos mais próximos do vice-presidente e que ajudou a escrever o plano econômico do partido. De acordo com o ex-ministro, o maior desafio de uma eventual administração Temer será recuperar as finanças do país. "A busca do reequilíbrio terá que ser compatibilizada com incentivos para gerar emprego e renda", disse. "Tem que ser um reequilíbrio gradual (...) senão você sufoca a população."

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 Muitos investidores têm apostado em um plano agressivo de austeridade em uma eventual gestão Temer como forma de recuperar a confiança no país e o grau de investimento na avaliação das agências de classificação de risco. Ele disse que Temer vai impulsionar as concessões nas áreas de saneamento básico, habitação e transporte urbano e que serão oferecidas melhores condições aos investidores, evitando os erros da administração da presidente Dilma, que queria uma taxa menor de retorno. 

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