Estado do Rio antecipa vacinação contra a H1N1

Nova Friburgo terá 47 mil doses destinadas aos grupos de risco; campanha começa no próximo dia 25
quinta-feira, 14 de abril de 2016
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Amanda Tinoco/Arquivo A VOZ DA SERRA)
(Foto: Amanda Tinoco/Arquivo A VOZ DA SERRA)

A campanha de vacinação contra a H1N1 será antecipada em todo estado do Rio de Janeiro. Marcada para começar inicialmente no próximo dia 30, a imunização terá início na segunda-feira, 25, cinco dias antes do prazo. A decisão foi tomada devido ao alarmante número de mortes provocadas pelo vírus em todo o país — em uma semana os óbitos subiram de 71 para 102. No Rio de Janeiro, até o início desta semana, a doença já tinha feito oito vítimas. 

A vacina será destinada a grupos considerados de risco pelo Ministério da Saúde: gestantes, crianças com idade entre seis meses e cinco anos, portadores de doenças crônicas, idosos com mais de 60 anos, indígenas e profissionais de saúde. O objetivo é que essa campanha de imunização preventiva atinja, pelo menos, 80% do público-alvo. 

Em Nova Friburgo, segundo a prefeitura, serão 47 mil doses da vacina destinadas somente aos grupos de risco e doentes crônicos. Os postos de saúde de Conselheiro Paulino, Waldir Costa; de Olaria, Tunney Kassuga e do Centro, Sylvio Henrique Braune, farão a imunização de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A unidade básica de saúde de São Geraldo — José Copertino Nogueira — realizará a vacinação nas terças e quartas-feiras, pela manhã. Ainda segundo o governo municipal, a UBS do Cordoeira — Ariosto Bento de Melo — e as unidades de estratégia de saúde da família espalhadas pelo município também realizarão a imunização, mas as datas e horários ainda serão definidos.

Além de imunizar a população contra o H1N1, a vacina também combate outros dois subtipos de vírus da gripe, o H3N2 e a Influenza B. A vacinação vai até o dia 20 de maio, em mais de três mil postos espalhados pelas 92 cidades fluminenses. 

H1N1: sintomas, transmissão, prevenção e tratamento

Este ano a gripe H1N1 chegou mais cedo ao Brasil. Normalmente, o vírus costuma circular no país durante o inverno, mas o surto, desta vez, começou no verão. Apesar de terem sintomas parecidos, os efeitos do vírus H1N1 costumam ser mais fortes do que o da influenza humana comum, a famosa gripe. Além de febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga, existem pessoas que também apresentam diarreia e vômitos. Nos casos mais graves da doença, também são relatadas pneumonia e falência respiratória e a piora de doenças crônicas já existentes, podendo levar a morte.

A transmissão do vírus ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, tosse ou espirro. Segundo especialistas, uma pessoa com H1N1 pode transmitir o vírus no período de 24 horas a sete dias, após ser infectada. Por isso, é tão importante seguir algumas orientações: Manter as mãos sempre limpas, principalmente antes de consumir algum alimento; Utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

Para aqueles que já foram infectados pelo vírus H1N1, o tratamento deve envolver boa hidratação, repouso e uso do antiviral específico, prescrito pelo médico. Um deles é o Oseltamivir (mais conhecido pela marca Tamiflu), distribuído pela rede pública para hospitais e unidades básicas de saúde. É importante que o paciente consiga tomar a medicação nas primeiras 48 horas do início dos sintomas, para que a eficácia seja maior. Para aliviar os sintomas, o tratamento também pode envolver o uso de analgésicos. 

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TAGS: H1N1 | saúde
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