Desde o último trimestre do ano passado, o aumento gradativo no preço do combustível tem obrigado muitos motoristas a remanejar o orçamento mensal. Em Nova Friburgo, por exemplo, de acordo com dados divulgados pelo Sistema de Levantamento de Preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana, o valor máximo do litro da gasolina nos postos chegou a ultrapassar os R$ 4.
“Quando visualizamos o aumento por litro 5 a 10 centavos parece um adicional aceitável, mas no montante faz muita diferença. Eu gastava cerca de R$ 280 mensais com gasolina, hoje o gasto chega próximo dos R$ 400. Isso porque tenho evitado fazer algumas coisas de carro, tipo ir ao banco, mercado ou junto todas as atividades próximas que preciso fazer e vou uma vez só”, conta o publicitário Leonardo Amaral.
Para se ter uma ideia, em menos de seis meses, a gasolina comum subiu 16 centavos por litro em um posto do centro da cidade, custando R$ 3,79 em novembro de 2015 e R$ 3,95 agora - abril de 2016, já a gasolina aditivada passou de R$ 3,94 para R$ 4,11 — um aumento de 17 centavos.
“Foi difícil perceber, mas está cada vez menos lucrativo andar de carro pela cidade. Moro em um bairro com muitas subidas, e meu carro tem um consumo maior em relação aos outros. Antes, colocava quarenta reais e andava mais que uma semana, percorrendo meu trajeto diário entre casa, trabalho e estudo. Hoje, faço, no máximo três dias com esse mesmo valor de combustível. O mais viável daqui uns tempos vai ser ter que substituir o carro pelo ônibus no dia a dia”, declarou o estudante Pedro Lucas Silva.
No início da última semana, após rumores de que uma redução no valor do combustível seria anunciada, a Petrobras divulgou um comunicado a imprensa informando que não havia previsão para reajustes nos preços de comercialização de gasolina e diesel neste momento.
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