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Nem Dilma, nem Temer
Nem Dilma, nem Temer
Com o iminente desfecho de mais uma etapa da crise política, as três maiores agências de risco do mundo, Moody’s, Fitch e Standard & Poor’s, indicaram que as profundas dificuldades amargadas pela economia brasileira não devem sofrer tanto se o poder ficar com Dilma Rousseff, como se for repassado ao vice, Michel Temer. As três agências acreditam que as perspectivas serão negativas, no mínimo, até 2018. Com índice de desemprego em 9,5% no trimestre encerrado em janeiro (ante 6,8% no mesmo período no ano anterior), e contração do PIB em 3,8% em 2015, a maior retração registrada desde 1996 (em dados do IBGE), a economia brasileira deve permanecer negativa, na visão dos analistas, seja qual for o resultado do processo de impeachment.
Inflação menor
A inflação da cesta de consumo das pessoas com mais de 60 anos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), ficou em 2,72% no primeiro trimestre deste ano. A taxa é inferior à observada no último trimestre de 2015 (2,87%). Em 12 meses, o IPC-3i acumula 9,6%, acima dos 9,37% medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação para todas as faixas de renda. Os números foram divulgados ontem, 12, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
Desemprego aumenta
Projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam – em todo o país - que o nível de emprego no comércio varejista deverá cair 3,3% até o fim do ano, significando um corte de cerca de 253,4 mil empregos com carteira de trabalho assinada em todo o país. Segundo dados divulgados ontem, 12, pela CNC, ao longo de 2015 o setor varejista fechou com queda de 2,3% no número de postos de trabalho, o que resultou no fechamento líquido de 179,9 mil vagas formais. As projeções da entidade indicam, ainda, que ao longo deste ano o volume de vendas do setor deverá recuar 8,3%, depois de ter fechado o ano passado em queda de 8,6%. Segundo a nota da CNC, as projeções foram baseadas “no comportamento do emprego celetista do setor, a partir de dados mensais do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Previdência Social.
PIS/Pasep para idosos
Cerca de 4,6 milhões de idosos com mais de 70 anos que contribuíram para os fundos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) têm direito a sacar cotas dos fundos. No total, R$ 7,5 bilhões estão disponíveis. O dinheiro pode ser retirado por trabalhadores que contribuíram com os fundos antes da Constituição de 1988. Desse total, R$ 2,4 bilhões estão parados no Banco do Brasil, que administra o Pasep, formado pelas contribuições de servidores públicos. Responsável pelo PIS, formado pelas contribuições de trabalhadores da iniciativa privada e de empresas estatais, a Caixa Econômica Federal não divulgou o valor, mas relatório do Tesouro Nacional divulgado em setembro do ano passado estima que R$ 5,1 bilhões estejam parados no banco. A Caixa divulgou que 3,79 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 70 anos têm direto a receber cotas do PIS. No Banco do Brasil, 860 mil participantes estão habilitados a sacar as cotas do Pasep. O valor do benefício depende da contribuição de cada trabalhador. De acordo com o relatório do Tesouro Nacional, o saldo médio das contas corresponde a R$ 1.135. Alguns trabalhadores têm mais de uma conta no PIS/Pasep.
Juros sobem
O uso do dinheiro disponibilizado aos correntistas por meio de cheque especial ficou mais caro em abril nos dois bancos públicos - Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil - entre sete instituições pesquisadas pelo Procon de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do estado de São Paulo. Na Caixa, a taxa de juros subiu de 12,29% para 12,59% e, no BB, de 11,99% para 12,09%. Na média, a taxa cobrada no cheque especial ficou em 13,08%, o que significa uma elevação de 0,06 ponto percentual sobre o índice de março (13,02%). Já na modalidade de empréstimo pessoal, os juros ficaram estáveis nos sete bancos com a taxa média em 6,48%. No banco Santander, a taxa sobre o empréstimo pessoal permaneceu em 8,49%; no HSBC, 7,3%; no Bradesco, 6,67%; no Itaú, 6,43%; na Caixa, 5,5%; e no Banco do Brasil, 5,6%. Já em relação ao cheque especial, houve as seguintes variações: Santander 14,95%; no HSBC, 14,67%; no Bradesco 12,63%; no Itaú, 12,61%; na Caixa, 12,59%; e no Banco do Brasil, 12,09%.
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