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Inflação caiu
Inflação caiu
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou março com variação de 0,43%. O resultado - que é o menor para os meses de março desde o 0,21% de março de 2012 - chega a ser menos da metade (0,47 pontos percentuais) da alta de fevereiro, quando a taxa havia subido 0,9%. Os dados do IPCA foram divulgados sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado do mês passado, o IPCA fechou o primeiro trimestre do ano com alta acumulada de 2,62%, resultado 1,21 ponto percentual inferior aos 3,83% de igual período de 2015.
Inadimplência continua
A inadimplência e as renegociações de dívidas devem aumentar, no atual cenário de crise econômica, de acordo com previsão do diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles. “Esperamos que a inadimplência continue crescendo, não estamos esperando nada explosivo, nenhuma ruptura. Mas ela está crescendo em todos os bancos”, disse o diretor, ao apresentar o relatório de estabilidade financeira. Meirelles afirmou que os bancos já se anteciparam ao cenário adverso, com aumento de provisões para possíveis perdas com operações de crédito. Os dados do BC mostram que ao final do ano passado 7,6% do saldo da carteira de crédito dos bancos era de empréstimos renegociados. Esse percentual era menor no fim do primeiro semestre de 2015: 6,7%.
Malha fina
A Receita Federal liberou da malha fina sexta-feira, 8, mais um lote de declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, contemplando as restituições residuais referentes aos exercícios de 2008 a 2015. O crédito bancário para 115.124 contribuintes será realizado no próximo dia 15, totalizando R$ 230 milhões. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita ou ligar para o Receitafone 146. A Receita Federal disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, facilitando consulta às declarações do Imposto de Renda Pessoa Física e situação cadastral no Cadastro de Pessoa Física - CPF.
Milhões sem TV
O fim da transmissão do sinal analógico de televisão pode deixar 15,1 milhões de domicílios em todo o país sem acesso à programação televisiva. Esse é o total de residências permanentes que ainda não possuem antena parabólica, televisão por assinatura ou recepção do sinal da televisão digital aberta. Os dados são do Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgados pelo IBGE. Em todo o país, 65,1 milhões de domicílios particulares permanentes possuíam televisão em 2014, o equivalente a 97,1% das 67 milhões de residências brasileiras.
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O Ministério das Comunicações publicou no início do ano um novo cronograma de transição do sinal de TV analógico para o digital no Brasil. Brasília seria a única capital que migraria totalmente para o sinal digital em 2016. No decorrer de 2017, todas as capitais da Região Sudeste e Goiânia, Salvador, Recife e Fortaleza já teriam o sinal analógico extinto, assim como outras cidades do estado de São Paulo e do Nordeste. Em 2018, a transição para o sinal de TV digital incluirá as capitais e principais cidades das regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, além de todo o interior dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. O ministério ainda publicará outras portarias com a relação dos demais municípios afetados pelo fim do sinal analógico.
Escola Sesc
A Escola Sesc de ensino médio disponibilizou edital de processo de seleção para o ano letivo de 2017. As bolsas oferecidas pela instituição conferem a todos os alunos direito ao material pedagógico (incluindo um notebook), uniformes, moradia, alimentação, assistências médica e odontológica. A pré-inscrição pode ser feita no site da escola, até 3 de maio. Para participar do processo admissional, que inclui prova objetiva, prova de redação e entrevista, o candidato precisa comprovar que está cursando ou concluindo o 9º ano do ensino fundamental e ter nascido entre 1º de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2003. Instalada em um campus de 131 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, Zona Oeste carioca, a instituição conta com uma privilegiada estrutura de ensino, com espaço cultural, laboratórios, biblioteca, ateliês de arte, complexo esportivo, restaurante, além das vilas residenciais.
Muito para poucos
A concentração de renda brasileira supera qualquer outro país, dentre aqueles que disponibilizam informações. A afirmação é de pesquisadores do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo, da ONU, que leva em conta dados da Receita Federal. O dado mais alarmante revela que 71 mil pessoas (0,05% da população economicamente ativa), que recebem R$ 350 mil por mês em média, concentram 8,5% de toda a renda. Ainda de acordo com o estudo, os 20% mais ricos concentram 64,2% da renda; os 10% ficam com 52%; 1% detém 23,1% e 0,5% estão com 17,8% do total. Na outra ponta, a pesquisa mostra que os 20% mais pobres têm 3,9% da renda e os 10% com menos recursos se apoderam de apenas 1% de tudo. A concentração de renda de parte de 0,05% da população no Brasil é superior à da Colômbia (5,4%), quase três vezes maior que o do Uruguai (3,3%) e o do Reino Unido (3,4%) e cinco vezes maior que o da Noruega (1,7%).
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