Colunas
Massimo — 12/03/2016
Festa cancelada
A representação sindical dos rodoviários entrou em contato com o Massimo para reclamar do tom nas notinhas “Rodoviários em festa”, publicadas na coluna de sexta-feira, 11.
Aparentemente, pelo visto, não ficou suficientemente claro na redação das notas que a vitória da categoria a que o colunista de referiu foi fruto de negociações por representantes da classe.
Aspas
“Lendo a Coluna do Massimo, ‘Rodoviários em festa’ 1 e 2, tive a impressão de que o reajuste de 10% caiu do céu! Mas não foi tão simples assim. Tivemos três assembleias com os trabalhadores, e várias reuniões com os diretores da empresa. A primeira proposta da empresa Faol era de 6,59% no salário e de 13% na cesta básica. Só conseguimos convencer o diretor da empresa depois de muito trabalho, e chegamos a estes percentuais de 10% no salário e 16.12% na cesta básica. A categoria dos rodoviários não está em festa, pois eles queriam 20% no salário.”
Por outro lado...
O vereador Professor Pierre entrou em contato com o colunista na noite de quinta-feira, 10, para informar - exultante - que representantes do RioCard o procuraram e garantiram que a partir da próxima semana todos os usuários do serviço público de transporte com 60 anos ou mais podem levar os documentos necessários à sede local da organização, a fim de terem assegurado o direito à gratuidade previsto na Lei Orgânica Municipal.
Por mais estranho que seja comemorar o cumprimento de uma lei, não deixa de ser uma grande notícia.
Estado x comércio (1)
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Nova Friburgo, Braulio Rezende, está articulando junto à Federação das CDLs do Rio de Janeiro para que as entidades entrem na Justiça com ação de inconstitucionalidade contra a lei 7.176, de 28 de dezembro de 2015, que estabeleceu a Taxa Única de Serviços Tributários da Receita Estadual.
Estado x comércio (2)
Segundo Braulio, a criação de mais um tributo provocou apreensão entre os empresários lojistas da cidade, que temem pelos seus negócios e pelo aumento do desemprego no comércio local.
Além disso, “a taxa vai onerar muito as empresas, especialmente neste momento em que elas enfrentam dificuldades extras devido ao cenário econômico recessivo. O aumento da já elevada carga tributária vai resultar em desestímulo às atividades formais, gerando, ao contrário do que a lei objetiva, perda de arrecadação para o estado.”
Aspas
“A Firjan, que representa a indústria, entrou com ação contra essa lei. Agora, o comércio, através da federação lojista, se organiza para tomar a mesma iniciativa, pois está preocupado com as consequências que o novo tributo terá sobre as empresas e o nível de emprego no estado”, argumentou Braulio.
“A lei 7.176 fere as Constituições federal e estadual porque a taxa criada por ela tem finalidade estritamente arrecadatória. Assim como a Firjan, é nisso que vamos basear nossa ação.”
Entenda
A Taxa Única de Serviços Tributários deverá ser recolhida trimestralmente, a partir de abril, por todas as empresas que possuam inscrição estadual, inclusive as optantes pelo Simples.
De acordo com tabela divulgada dentro do texto da lei, o valor a ser pago à Receita Estadual pelas empresas que tiverem saídas de R$ 0 a R$ 3.600.000, ou total de até seis mil documentos, será de R$ 2.101,61.
Os valores crescem proporcionalmente até o teto de R$ 30.023 para empresas que tiverem saídas acima de R$ 50 milhões, ou total além de 780.000 documentos.
Vai para a rua? (1)
Organizadores do movimento “vemprarua” em Nova Friburgo afirmam que ele segue “firme e forte”.
Até a tarde de quinta-feira, 10, já haviam mais de dez mil convidados e de 800 confirmações. Além disso, a cidade foi incluída na lista nacional dos municípios que vão promover os protestos domingo, 13, a partir das 15h.
Vai para a rua? (2)
Por aqui, a concentração será na Praça Dermeval Barbosa Moreira.
A previsão meteorológica, contudo, é de chuva durante as manifestações.
A menos, é claro, que São Pedro junte-se ao coro dos manifestantes.
Igual para todos (1)
O vereador Zezinho do Caminhão protocolou um projeto bastante curioso na secretaria da Câmara Municipal nesta quinta-feira, 10.
Em essência, o projeto propõe a cobrança de multa da concessionária de água e esgoto de Nova Friburgo em valor equivalente ao dobro daquele cobrado ao usuário pela religação do serviço, em casos de descontinuidade da prestação do serviço de abastecimento de água.
Igual para todos (2)
O projeto prevê ainda a manutenção da pressão dinâmica mínima necessária à continuidade do abastecimento nas unidades usuárias, e o abastecimento através de caminhões, quando houver necessidade.
A redação também prevê multa para eventuais descontinuidades no serviço de atendimento telefônico 24 horas, através do qual os usuários receberiam um número de protocolo referente a cada ocorrência denunciada.
Por falar nele...
Dias atrás Zezinho do Caminhão enviou ofício à Secretaria de Saúde alertando sobre as más condições do Ambulatório de Álcool e Drogas, na Rua Augusto Spinelli.
O relato, em alguns trechos, chega a assustar.
Aspas (2)
“O cartão de visita já me foi apresentado logo após atravessar o portão, o piso esburacado quase foi responsável por uma torção de joelho no assessor que me acompanhava, imagino como a armadilha captura os dependentes de álcool e drogas que procuram o local.”
“Tomei conhecimento de um laudo da Defesa Civil que enquadra a casa como ‘sujeita a interdição’ e orienta os oito funcionários que saiam do imóvel em qualquer ameaça de chuva.”
Aspas (3)
“Tomado por infiltrações, o teto desabou em vários cômodos, a umidade come tudo que é de madeira e ameaça a instalação elétrica, um risco iminente de incêndio. As goteiras também são responsáveis pelo mofo que aos poucos consome o lugar e a água acumulada em alguns pontos ainda serve de criadouro de mosquitos em pleno centro da cidade.”
“É imprescindível que alguma solução seja tomada, para que os profissionais tenham a mínima condição de trabalho, eles já são heróis pelo papel que desempenham na sociedade e não precisam passar por tanto risco para ter este reconhecimento.”
Luto
A comunidade musical friburguense está de luto pelo falecimento do músico, maestro e professor Uldemberg Fernandes, mais conhecido como professor Gutinho.
“Lamentamos muito a perda deste grande homem que tanto fez pela nossa instituição, formando vários jovens que hoje são músicos de orquestras, bandas militares, entre outras”, afirmou Carlos Magno da Silva, presidente da Campesina Friburguense.

Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário