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Radar — 12/03/2016
O consumidor que não paga a fatura integral do cartão de crédito vê a dívida amentar mais de cinco vezes em apenas um ano. Segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em fevereiro, os juros médios desses cartões chegaram a 419,6% ao ano, a maior taxa desde outubro de 1995. Com esses juros, o consumidor que deve R$ 1 mil no cartão de crédito vê o débito saltar para R$ 5.196 ao fim de 12 meses. Em janeiro, os juros médios estavam em 410,97% ao ano. Na comparação mensal, a taxa passou de 14,56% ao mês em janeiro para 14,72% em fevereiro.
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Em nota, a Anefac informou que a alta dos juros foi provocada pelo crescimento da inadimplência, que faz com que as instituições financeiras reajustem as taxas. O aumento do desemprego, da inflação e de impostos reduz a renda disponível dos consumidores, elevando o risco de calote. O correntista que entra no cheque especial também não tem alívio e vê a dívida ser multiplicada em quase quatro vezes em um ano. As taxas médias para essa modalidade atingiram 255,94% ao ano (11,16% ao mês), no maior nível desde julho de 1999. Uma dívida de R$ 1 mil aumenta para R$ 3.559,40 ao fim de 12 meses.
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A demora na aprovação de reformas econômicas estruturais pode obrigar o governo a ter que adotar, muito em breve, medidas “drásticas” para controlar a deterioração da economia brasileira, disse o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. O governo prepara, no momento, uma proposta de reforma fiscal, com o objetivo de reduzir os gastos obrigatórios do governo e dar mais espaço para o controle das despesas públicas, além de uma outra na Previdência, para rever as regras de aposentadoria e reverter o déficit no setor em médio prazo. Ambas devem ser enviadas ao Congresso Nacional até o fim de abril, segundo o ministro.
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O volume de serviços no país teve uma queda de 5% em janeiro, na comparação com janeiro de 2015. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada sexta-feira, 11, essa é a 13ª queda consecutiva do indicador, que repetiu o desempenho de dezembro de 2015 (-5%). Os serviços acumulam perdas de 3,7% nos últimos 12 meses. Os cinco grandes setores dos serviços tiveram queda em janeiro. Os principais responsáveis pela queda de 5% foram os segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-9,1%) e transportes, serviços auxiliares de transportes e correio (-5,8%).
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As vendas do setor supermercadista do estado do Rio de Janeiro caíram 3% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2015. Os dados foram divulgados na última quinta-feira, 10, pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj). De acordo com o presidente da entidade, Fabio Queiróz, no início do ano acontece um “refluxo”, após as despesas de fim de ano. No entanto, o resultado reflete também "a preocupação com os efeitos da instabilidade econômica”.
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O resultado negativo em janeiro no estado do Rio de Janeiro é semelhante ao observado nos dados do total do volume de vendas do comércio brasileiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo recuou 1,5% no mês - a queda mais intensa para o período desde 2005.
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A fabricação de produtos de marca própria é a aposta dos supermercados do Rio para manter o nível de vendas durante a crise econômica. Com preços mais acessíveis — em média, 40% mais baratos —, esses itens são mais uma alternativa para o consumidor que tenta economizar nas compras. Com a alta do dólar, a negociação com fornecedores também tem sido uma tática do varejo supermercadista, além do aumento da oferta de marcas e de promoções. Em 2015, as vendas do setor fluminense totalizaram R$ 30 bilhões em faturamento. E em 2014, R$ 27 bilhões.
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A Receita Federal recebeu 2.118.911 declarações do Imposto de Renda Pessoa Física 2016 até as 17h de quinta feira, 10, o décimo dia de entrega. O número equivale a 7,4% de declarações previstas para este ano. O prazo de entrega termina no dia 29 de abril. Quem perder o prazo de entrega estará sujeito a multa de 1% do imposto devido por mês de atraso ou de R$ 165,74, prevalecendo o maior valor. A multa máxima equivale a 20%. Cerca de 28,5 milhões de contribuintes deverão enviar à Receita Federal a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física em 2016. A estimativa é do supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. O número representa crescimento de 2,1% em relação aos 27,9 milhões de documentos entregues no ano passado.
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