Radar — 11/03/2016

sexta-feira, 11 de março de 2016

As vendas do comércio varejista do país fecharam  janeiro  com retração de 1,5% sobre dezembro, na série livre de influências sazonais. Quando comparada a janeiro de 2015, a queda chega a 10,3% no décimo resultado negativo consecutivo. No acumulado dos últimos 12 meses, a queda é de 5,2% - a perda mais intensa de toda a série histórica, iniciada em 2001, mantendo uma trajetória de redução iniciada em julho de 2014, quando chegou a 4,3%. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados ontem, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões (Abecs) divulgados terça-feira, 8, revelam que os brasileiros gastaram R$ 123,9 bilhões com compras não-presenciais realizadas com cartões de crédito e débito em 2015. O montante representa um acréscimo de 17% no volume transacionado em compras remotas em relação ao ano anterior. O crescimento do percentual é duas vezes maior do que o aumento de 8,4% registrado no total de gastos de consumidores nacionais com cartões, que atingiu o volume de R$ 1,08 trilhão no ano passado. 
Com a escalada, o uso não-presencial de cartões já representa quase um quinto (18,6%) do total de transações feitas com cartões de crédito e débito no país, o que dá sinais fortes de uma migração dos hábitos brasileiros de compras para plataformas virtuais. No total, 83% das pessoas que fazem compras pela internet já utilizam cartões como meio de pagamento. 

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O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria recuou 12,3 pontos no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O índice, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu 72,6 pontos, o menor patamar desde o início da série histórica, no terceiro trimestre de 2012. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, a queda é de 28,2 pontos. O indicador busca analisar a intenção de investimento dos empresários da indústria para os próximos 12 meses. Os valores abaixo de 100 pontos significam que a maioria das empresas prevê investir menos. No primeiro trimestre de 2016, 16,8% das empresas estão estimando investir mais nos 12 meses seguintes e 44,2% pretendem investir menos.

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A Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional do Senado aprovou quarta-feira, 9, o projeto de lei que libera a exploração e regulamenta os jogos de azar no país. O texto traz a definição dos jogos que podem ser explorados, os critérios para autorização e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos. De acordo com o relator do projeto, senador Blairo Maggi (PR-MT), a liberação dos jogos será dividida em três pontos: jogo do bicho, bingos e cassinos.

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No caso dos cassinos, eles devem obrigatoriamente estar ligados a complexos integrados de lazer, construídos especificamente para esse fim, com hotéis e restaurantes. Os resorts devem usar apenas 10% do espaço para jogos e o restante para restaurantes, lojas, teatros e espaço para exposições, entre outros. Já os bingos só poderão ser instalados em municípios com mais de 150 mil habitantes. Pelo texto aprovado, o jogo do bicho deixará de ser contravenção penal e passará a ser regulamentado pelos municípios, que também ficarão responsáveis pela fiscalização e arrecadação. Com isso, devem ser aproveitadas estruturas que já existam ilegalmente e as pessoas que atuem nesse tipo de jogo passaram a ser registradas.

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A estimativa da Receita Federal é arrecadar mais de R$ 15 bilhões. Na opinião de Maggi, além da arrecadação, a regulamentação dos jogos se justifica também pela criação de empregos e pelo estímulo econômico e ao turismo. O texto segue agora para o plenário do Senado e depois, se aprovado, para a Câmara dos Deputados.

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 Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, que permite que o consumidor instale pequenos geradores de fontes renováveis, como painéis solares e microturbinas eólicas, e troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz. No último dia 1º, começaram a valer as novas regras aprovadas pela Aneel para a geração distribuída no país, que devem aumentar a procura pelo sistema. Uma das novidades é a possibilidade de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas pode se unir em um consórcio ou em cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para reduzir as faturas dos consorciados ou cooperados.

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