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Radar — 01/03/2016
Desde ontem está valendo a redução das tarifas para ligações locais e interurbanas feitas de telefone fixo para móvel. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as tarifas das chamadas fixo-móvel local ficaram entre 14,95% a 22,35% mais baratas, dependendo da operadora de origem da chamada. Também foram unificadas as tarifas das chamadas fixo-móvel local. Assim, o usuário de telefone fixo pagará o mesmo valor para uma chamada local, independente da operadora móvel de destino. Por exemplo, o valor a ser pago por um usuário ao realizar uma chamada local fixo-móvel no Rio de Janeiro, variava entre R$ 0,27 e R$ 0,45, e agora será de R$ 0,23.
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Nas chamadas de fixo para móvel, em que os DDDs dos telefones de origem e de destino da ligação têm o primeiro dígito igual (exemplo: DDDs 61 e 62), haverá reduções entre 9,15% e 14,04%, a depender da operadora de origem da chamada. Nas ligações em que os primeiros dígitos dos DDDs do telefone fixo e do telefone móvel são diferentes (como DDDs 31 e 41), a redução será entre 7,73% a 11,80%, a depender da operadora de origem da chamada. A redução é consequência do Plano Geral de Metas de Competição da Anatel, e abrange chamadas da telefonia fixa para celular, sejam ligações locais ou de longa distância, originadas nas redes das concessionárias da telefonia fixa e destinadas às operadoras móveis.
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O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou sexta feira, 26, a liberação de mais R$ 21,7 bilhões em recursos do FGTS para habitação em 2016. Com a ampliação, o orçamento do FGTS para este ano passa de R$ 83 bilhões para R$ 104,7 bilhões. O fundo financia obras de infraestrutura. Os R$ 21,7 bilhões a mais serão distribuídos em duas linhas de investimento. Na primeira, R$ 11,7 bilhões serão para investimentos tradicionais na habitação, sendo R$ 8,2 bilhões para o FGTS Pró-Cotista. A segunda linha de investimento será de R$ 10 bilhões para Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), de modo a estimular a construção civil no país. Do total de R$ 21,7 bilhões anunciados, pelo menos R$ 7,6 bilhões devem ser investidos em habitação popular.
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A partir de hoje, a bandeira tarifária das contas de luz será a amarela, que significa acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. Esta é a primeira vez, desde que começou a ser implementada, em janeiro de 2015, que a bandeira tarifária não é a vermelha. Para abril, a bandeira passará de amarela para verde, ou seja, não haverá custo extra para os consumidores. O aumento de chuvas neste ano, que melhorou o volume dos reservatórios das hidrelétricas, aliado à redução da demanda e inclusão de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro, possibilitou a mudança das bandeiras tarifárias nos últimos meses.
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A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano piorou mais uma vez e passou de 3,40% para 3,45%. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2017, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi mantida em 0,50%. Para a inflação, as instituições financeiras projetam queda na maioria dos índices de preços e, no caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para estabelecer as metas de inflação, a expectativa caiu de 7,62% para 7,57% neste ano.
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O ICI (Índice de Confiança da Indústria) recuou 1,5 ponto em fevereiro, ao passar de 76,2 para 74,7 pontos, o menor nível desde setembro de 2015, de acordo com dados divulgados ontem pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A diminuição da confiança industrial ocorreu em 10 dos 19 principais segmentos da pesquisa e foi determinada principalmente pela queda de 2,8 pontos do IE (Índice de Expectativas), para 72,6 pontos, o menor da série histórica. O ISA (Índice da Situação Atual) caiu 0,5 ponto, para 77,1 pontos. O superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., afirma que o resultado de fevereiro reforça a suspeita de que a alta da confiança industrial nos últimos meses poderia não se sustentar ao longo do primeiro semestre.
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O apelo à criatividade, às promoções e ao corte de custos tem sido o mote dos comerciantes brasileiros neste início de ano, mas nada deve salvar o varejo de uma nova retração nas vendas em 2016. Desemprego crescente, elevado endividamento das famílias e crédito caro persistem e habitam os piores pesadelos dos empresários, que no ano passado já assistiram ao maior tombo nas vendas desde 2001 e fecharam quase 100 mil lojas. O baque foi tão grande que o comércio acabou perdendo espaço para outras atividades na economia.
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Como nada mudou na passagem do ano, o encolhimento deve continuar. Neste mês, a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que os comerciantes reclamam cada vez mais da demanda insuficiente e dos custos com mão de obra, o que pode incentivar demissões nos próximos meses. O próprio indicador de emprego previsto caiu 3,3 pontos, para o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2010. "Isso é um sinal de que o ritmo de redução de pessoal ocupado no setor deve aumentar nos próximos meses", explica Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV.
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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera pela demissão de aproximadamente 245 mil trabalhadores formais neste ano - o comércio já fechou quase 181 mil vagas em 2015. Mas o problema não deve se limitar a demissões. Sem clientela suficiente, quase 100 mil lojas deixaram de existir no ano passado. "A tendência de fechamento deve continuar. O comércio continua com o pé na lama", afirma o economista da CNC Fabio Bentes.
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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que, apesar de o número de famílias com dívidas ter recuado em fevereiro, a taxa aumentou na comparação anual. O percentual atingiu 60,8% este mês – inferior aos 61,6% observados em janeiro, porém superior aos 57,8% registrados no mesmo período do ano passado. O número de famílias com contas ou dívidas em atraso, assim como das que permanecerão inadimplentes, teve o mesmo comportamento: recuo na comparação mensal, porém aumento em relação a fevereiro de 2015. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso registrou 23,3% do total, em comparação com 23,7% em janeiro e 17,5% no mesmo período do ano passado. O índice de famílias que permaneceriam inadimplentes atingiu 8,6% em fevereiro de 2016, ante 9,0% em janeiro e 6,4% em fevereiro de 2015.
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