O combate ao mosquito Aedes aegypti continua por todo o Brasil mas enfrenta dificuldades no Estado do Rio, principalmente no interior. De acordo com gráfico publicado no site do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro na última segunda-feira, 22, tendo como base dados fornecidos pelas prefeituras, 32 dos 96 municípios fluminenses não foram vistoriados adequadamente até a última semana --- nem a metade do estimado pelo governo, que é de 100% nos primeiros seis meses. De acordo com o levantamento, Nova Friburgo cobriu apenas 34% das residências, São José do Vale do Rio Preto, 7,3%, e Duas Barras, apenas 0,3%. Estas são as cidades com o pior desempenho, no entanto, Teresópolis e Paty de Alfares não disponibilizaram os dados.
A VOZ DA SERRA entrou em contato com a secretaria de comunicação de Nova Friburgo, e com base no último extrato de lançamento de dados do município junto à Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, a porcentagem procede: 34% das casas foram vistoriadas, ou seja, 19.371 imóveis. A prefeitura informou ainda que estratégias estão sendo adotadas pelo órgão municipal. Cerca de 80 agentes comunitários monitorados por agentes de endemia, além da parceria com as Forças Armadas e com a Defesa Civil Municipal, que também coordena a Sala de Crise, estão em ação. “Além disso, foi criado um comitê intersetorial para combater o Aedes aegypti. A Prefeitura também estabeleceu o decreto nº 24, de 27 de janeiro de 2016, priorizando a adoção de medidas preventivas no combate à proliferação do mosquito, entre outras ações.”
De acordo com mapa geral de fiscalização, o 1º ciclo de vistoria da Vigilância em Saúde, Duas Barras permanece com residências pendentes, ou seja, cerca de 73%. Para esclarecer o motivo deste percentual, A VOZ DA SERRA tentou entrar em contato com o Secretário de Saúde de Duas Barras, Rodrigo Araújo, mas não foi possível encontrá-lo.
Depoimento de uma moradora
Além das denúncias recebidas na redação a respeito da irregularidades cometidas por moradores, A VOZ DA SERRA continua realizando matérias em um dos bairros com maiores focos do mosquito: Olaria. Com a repercussão do abandono do posto Sase e do lixo depositado na Rua Raul Veiga em propriedade particular, ficou evidente a preocupação dos moradores do bairro.
Ana Maria, que mora ao lado do terreno repleto de lixo, aponta um dado importante. “Na minha casa não passou ninguém da Vigilância em Saúde e da Defesa Civil passou na minha casa. Passaram por alguns pontos mas não aqui na minha casa”, afirma a moradora.
De acordo com Rodrigo Pires, da Vigilância Ambiental de Nova Friburgo, Olaria continua sendo fiscalizada. “Já está sendo feita a supervisão. Passamos em quase todas as casas. Em relação a terrenos, orientamos o proprietário a deixar a área limpa. Damos todo o suporte possível”, explica o supervisor.
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