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Radar — 24/02/2016
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), teve variação de 1,42%, em fevereiro, e ficou 0,5 ponto percentual acima dos 0,92% da da taxa de janeiro, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi o maior para os meses de fevereiro desde 2003, quando a taxa registrou 2,19%. Com o resultado de fevereiro, o IPCA-15 – prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país – acumula alta de 2,35% nos dois primeiros meses do ano. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 10,84%, o maior desde novembro de 2003, que chegou a 12,69%.
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A confiança do empresário industrial cresceu pelo segundo mês consecutivo, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial medido pela entidade aumentou 0,6 ponto em fevereiro na comparação com janeiro, alcançando 37,1 pontos. De dezembro para janeiro, já havia sido registrada alta de 0,5 ponto. Apesar da elevação, o indicador ainda mostra pessimismo do empresariado. De acordo com a metodologia da pesquisa da CNI, o índice varia de zero a 100 e, quanto mais abaixo de 50 pontos ficar, mais negativa é a percepção do setor privado.
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Segundo a CNI, “está em curso uma trajetória de crescimento do índice, mas ainda é cedo para afirmar que haverá uma reversão no quadro de confiança”. A entidade destacou, ainda, que mesmo crescendo, o indicador “permanece muito baixo, 12,9 pontos abaixo da linha divisória entre confiança e falta de confiança”.
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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou na última sexta-feira, 19, que o País economizou R$ 162 milhões durante o horário de verão deste ano, que acabou na virada de sábado para este domingo, 21. A economia foi possível porque, com o horário diferenciado, não foi preciso adicionar mais energia de usinas termelétricas para garantir o abastecimento do País nos horários de pico. A expectativa inicial do ONS, no início do horário de verão, era de uma economia de R$ 240 milhões em função da diminuição de geração térmica. O operador ainda não explicou porque a meta não foi atingida.
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O desconto médio praticado nas transações imobiliárias realizadas nos últimos 12 meses atingiu a marca de 8,8% ao fim de 2015, o maior patamar já registrado na série histórica do Raio-X FipeZap. O indicador vem subindo desde março de 2015, quando estava em 6,8%. Já em dezembro de 2014, o desconto médio estava em 6,9%. Desde fevereiro de 2015, também cresceram as transações com desconto. Com isso, em dezembro, apenas 22,1% das compras reportadas nos 12 meses anteriores foram realizadas pelo preço originalmente pedido pelo vendedor. Em outras palavras, o preço de venda foi menor do que o anunciado em 77,9% das transações. Os resultados da pesquisa reforçaram a expectativa de queda futura dos preços. Cerca de 58% dos entrevistados que pretendem adquirir um imóvel declararam que aguardam redução nos preços ao longo de 2016.
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As vendas de óleo diesel no Brasil em janeiro caíram 16,7% ante o mesmo mês do ano passado, diante do fraco desempenho econômico do país, segundo dados publicados ontem pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Na semana passada, a agência havia informado apenas as vendas de gasolina e etanol hidratado, que tiveram queda anual de 13,9% e 3,2%, respectivamente.
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Com a alta do dólar e menor renda, os gastos de brasileiros em viagens internacionais caíram 62,5%, em janeiro, mês de férias, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados ontem. Em janeiro, esses gastos chegaram a US$ 840 milhões, contra US$ 2,239 bilhões registrados no nesno mês de 2015. Enquanto as despesas de brasileiros no exterior caíram, as receitas de estrangeiros no Brasil subiram 14,44%, no mesmo período de comparação. As receitas de estrangeiros no país totalizaram US$ 650 milhões, no mês passado, contra US$ 568 milhões em janeiro de 2015. Com esses resultados, o déficit na conta de viagens ficou em US$ 190 milhões no primeiro mês do ano.
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Em um ano, o Senado gastou R$ 296,2 mil com a contratação de frentistas e lavadores de carro. O serviço é executado por seis funcionários contratados pela empresa “Interativa Empreendimentos e Serviços de Limpeza e Construções Ltda”. No edital de licitação do contrato, o Senado Federal justifica que não dispõe das categorias profissionais objetos da licitação em seu quadro de servidores. Levantamento da Associação Contas Abertas mostra que R$ 97,2 mil foram usados para contratar dois frentistas, que trabalham no controle de abastecimento dos veículos dos senadores. Outros R$ 172 mil foram usados para pagar quatro lavadores de carro. O edital explica que “há necessidade de dotar a Coordenação de Transportes do Senado Federal de uma equipe mínima para proceder à lavagem e abastecimento dos veículos que atendem aos Senadores e órgãos do Senado Federal”.
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