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A Voz da Serra é daqui e é do mundo!
Viajar é contemplar as paisagens e, sendo uma viagem literária entres as páginas de A VOZ DA SERRA, a contemplação começa na Estação Light. A capa do caderno sugere um passeio no passado, em 1922, quando podemos imaginar o rebuliço causado pela Semana de Arte Moderna. De brinde, a tela de Tarsila do Amaral, que merece moldura e parede da sala! Adiante, encontramos Coco Chanel, em brilhante apresentação de Marlon Portugal. Mais uma vez, o passado se reproduz em tempos atuais, e criar estilos é sinal de inteligência. “Em matéria de moda, o que conta pra mim é personalidade”, garante Marlon. Assim, fica-nos o alento de que cada um deve usar aquilo que lhe seja agradável e compatível com o gosto pessoal.
Conhecer novos autores é o que Deborah Simões compartilha com os leitores, provando que não só de best-sellers se faz uma biblioteca. Com quatro indicações de nomes atuais, brasileiros, consagrados com prêmios, Deborah convida para excelentes leituras. Sobre o Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, a entrevista com a secretária municipal de Cultura, Cristina Sacchetto, nos traz boas informações sobre o uso do teatro – “tornando mais acessível e democrática a ocupação pelos interessados”. Para quem pensa que peixada é coisa só de panela, o grupo “Coletivo Filé de Peixe” nos serve um banquete artístico em várias áreas, como cinema, poesia, músicas e etc. Em se tratando de arte, vamos “guardar esse nome” – Raphael Heiderich – artista plástico de última geração! Chico Figueiredo dá boas receitas e na Discopédia, Lucas Vieira incrementa uma lista de dez discos nacionais, entre os quais lembra Elza Soares.
Percorrer os meandros da nossa VOZ é assim – sempre encontrar um recorte filosófico nas matérias, como em “Esportes”, na revelação do goleiro Afonso, do Frizão – “A gente costuma dizer que o jogo mais importante é sempre o próximo”. Na vida também é assim, cada dia é um desafio. Basta dizer que os agentes da “Força Nacional” vieram vistoriar o trajeto da Tocha Olímpica. Sem ironizar, ainda bem que a Tocha está imune ao Aedes! Bom mesmo será a realização das Olimpíadas de Matemática, conforme a expectativa do vereador Cláudio Damião. O “Editorial”, entre outras chamadas importantes, ressalta que “a educação foi e é a base da riqueza de um país...”.
Muito moderno é o painel eletrônico da Câmara de Vereadores que, no dizer do presidente da casa, vereador Marcio Damazio, é para dar mais transparência a todos os atos do legislativo. Em termos de cidade, falta ainda o “Pregão Eletrônico”, a modalidade facilitadora das licitações. Muito interessante também é o aplicativo da Alerj – a Carteirada do Bem, com 61 leis estaduais. Estamos sempre avançando em tecnologias, entretanto, há coisas que continuam em debates por longos anos. É o caso da nossa Praça Getúlio Vargas que em “Há 50 Anos” era alvo de estudos para “planos de remodelação”. A nota ressalta – “A Alameda dos Eucaliptos, preciosidade que nenhuma outra terra do mundo possuiu igual, não poderá ficar sujeita à sanha de criminosos machados”. (Isso em fevereiro de 1966).
E o Sase de Olaria? No momento em que se orienta a população sobre os cuidados com o lixo e locais abandonados, fica o prédio entregue às baratas e a toda a sorte de desleixo. Mas nem tudo é abandono, pois o Córrego dos Afonsos, que passa pelo condomínio Terra Nova, está em obras, o que acabará com inundações nos arredores de Conselheiro Paulino. As dificuldades caminham com as oportunidades, porém, o mais difícil é equilibrar os pratos da balança social. Em “Impressões”, a desigualdade entre as classes é gritante. Nem o salário mínimo escapou de uma bela crítica. Mas... e “O lado negro do chocolate”? Que situação deprimente a utilização de trabalho escravo infantil na indústria do cacau! Será que depois dessa constatação ainda poderemos saborear o chocolate com o mesmo prazer? O Coelhinho da Páscoa já está pondo os ovos no mercado. Vai doer em nossa consciência degustá-los?
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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