Artista plástica inaugura exposição na Universidade Candido Mendes

Em cartaz nesta terça-feira as telas e cerâmicas de Marisa Poyares
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Divulgação)
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Paulista radicada em Nova Friburgo, a artista plástica Marisa Poyares é fã incondicional do minimalismo e conforme revela “busca em suas criações linhas puras e curvas plenas”. Bem antes de descobrir a cerâmica, ela dedicou-se inteiramente à pintura, principalmente nas décadas de 1970/80, então no Rio de Janeiro.

“Comecei como quase todos os pintores atuais, isto é, com “casarios”. Com o tempo, fui percebendo que não era aquilo que eu queria. Intuitivamente, fui abstraindo os detalhes. Então, se deu a modificação toda. Parti para as formas, relativamente puras, usando quase que só linhas curvas. As cores e curvas me fascinavam. Então, uni as duas, cores e formas”, contou Marisa.

Ela lembra que foi nessa fase que sua imaginação “voou”. Foi quando começou a participar de salões oficiais, em Campinas, Belo Horizonte, Curitiba, entre outros, principalmente no Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Durante cinco anos a arte de Marisa Poyares pôde ser apreciada em várias mostras, com destaque e premiação em algumas delas.    

Numa destas ocasiões, Marisa foi entrevistada pelo crítico de arte Walmir Ayala que a desafiou a “tirar das linhas retas a mesma poesia que eu tirava das linhas curvas. Aceitei e venci”, lembra, orgulhosa. 

Entre outros trabalhos, a artista destacou “As Quatro Estações”, exclusivamente com linhas retas, além da série “Pipas”. Como ela mesma gosta de enfatizar, “nada é eterno”, e, um dia, percebeu que a pintura estava ficando para trás. “Foi quando resolvi fazer vestibular para a faculdade de Museologia. Ao fim do curso, fui contratada pelo Ministério da Cultura para participar do Programa Nacional de Museus do Iphan”, revelou.

Passados 15 anos, a pintora e museóloga dirigiu sua atenção para a arte da cerâmica. Hoje uma ceramista reconhecida, Marisa conquistou um público fiel para o qual produz belas peças decorativas e utilitárias, refratárias, únicas em suas formas, texturas e cores. São feitas artesanalmente, em processo de duas queimas, em forno elétrico. “Foram dez anos seguidos de muito estudo e muita prática. É o que me sustenta mentalmente, hoje em dia. Cabeça ocupada é um caminho certo para uma vida sadia”, acredita. 

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