Câmara mantém veto de prefeito e aprova regras para secretários

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Na sessão de terça-feira, 26, a Câmara aprovou em segunda votação proposta encaminhada pelo Executivo na qual os secretários municipais passam a ter maior responsabilidade em seus atos, em especial em relação ao ordenamento de despesas e demais atos assinados pelos próprios. Pela proposta, o chefe do Executivo passará a ser apenas um ratificador destes atos. Na prática, eventuais questionamentos legais serão respondidos pelos titulares das pastas. Ainda na mesma sessão foi ratificado o veto assinado pelo ex-prefeito Sérgio Xavier ao projeto de lei do vereador Cláudio Damião, que pretendia que a cobrança da taxa anual de lixo fosse feita separadamente do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).Na reunião dos vereadores também foram lidos, na íntegra, os termos do acordo judicial firmado entre a Prefeitura e a Faol, que resultaram no reajuste da tarifa de ônibus para R$ 2,90, a partir do dia 4. Os vereadores ditos de oposição criticaram o reajuste, enquanto a base aliada, sem comentar o aumento, optou por elogiar a conduta do prefeito Rogério Cabral em colocar o Legislativo a par de todo o processo de negociação com a concessionária, antes deste ter sido firmado na última segunda-feira, 25, em audiência ocorrida na 1ª Vara Cível de Nova Friburgo.Gabriel Mafort acredita que senador Lindbergh disputará governo estadualO vereador Gabriel Mafort (PT) -foto- disse ontem acreditar que o PMDB estadual e o governador Sérgio Cabral não terão êxito na tentativa de afastar o senador petista Lindbergh Farias (PT) da disputa pelo governo estadual em 2014. “Isso só aconteceria caso houvesse uma imposição de Lula ou Dilma, o que, creio, não irá acontecer”, afirmou. Para o vereador friburguense, o nome de Lindbergh já está consolidado através de decisões dos diretórios estadual e nacional do PT. “Não tenho o poder de decisão, mas defendo a candidatura dele. É um político jovem e carismático e de ideias arejadas”, acrescentou.Pré-candidato declarado, Lindbergh respondeu a uma nota oficial do PMDB estadual contra sua candidatura. Segundo ele, seu nome “está colocado” e nenhum partido tem o direito de dar “ultimato” à presidente da República ou ao PT.“As coisas não funcionam assim, com ultimato à presidente da República. Eu trabalhava para liderar uma frente, inclusive com o PMDB, mas se o PMDB quiser lançar candidatura própria, eles têm todo o direito. O que não pode é eles decidirem sobre o que a gente vai fazer. Quem decide é a gente”, disse.O senador afirmou ainda ter a “convicção” de que Dilma e o ex-presidente Lula, mesmo pressionados por peemedebistas, não irão pedir que ele retire a candidatura. “Não existe esse pedido”, acentuou.PDMB mantém a pressãoNo próximo sábado, 2 de março, em Brasília, acontecerá a convenção nacional do PMDB. Um dos assuntos mais importantes do encontro dos peemedebistas será a sucessão no Estado do Rio de Janeiro, onde o partido já escolheu o nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão para a cadeira do atual governador Sérgio Cabral. Para atingir um eventual sucesso nas urnas, o PMDB quer tirar o senador Lindbergh Farias (PT) do páreo.Esta semana, inclusive, o presidente regional do PMDB, o ex-deputado estadual Jorge Picciani, emitiu uma nota oficial a ser lida na convenção nacional do partido afirmando que o chamado palanque duplo em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) “não se sustenta” e terá como resultado, “subtração”.Segundo a nota peemedebista “todas as nossas lideranças e, sobretudo, a nossa militância apoiam Pezão, um gestor experiente e capaz. Sua candidatura é inegociável. Não há hipótese de ele não ser candidato. Por tudo isso, o cenário de palanque duplo para a presidente Dilma não se sustenta. Trata-se de uma equação que não fecha e cujo resultado não será a soma, mas a subtração”, diz a nota assinada pelo presidente do PMDB estadual.Cigano será o líder do PSB na CâmaraMaior bancada individual da Câmara de Nova Friburgo, com quatro parlamentares, o PSB do deputado federal Glauber Braga e da ex-prefeita Saudade Braga foi o último partido a anunciar o nome do seu líder no Legislativo friburguense. Em reunião interna realizada na noite de terça-feira, 26, os socialistas definiram o nome do vereador Grimaldino Narcizo, o Cigano -foto-, para ocupar o cargo este ano. Também ficou acertado que em 2014 o cargo será ocupado por Wanderson Nogueira.Christiano não é mais vice-líder do governoO vereador Christiano Huguenin (PSB) encaminhou carta à presidência da Câmara anunciando que renunciou ao cargo de vice-líder do governo Rogério Cabral, função que havia aceitado logo depois da posse dos vereadores, em janeiro. Huguenin disse que sua decisão foi pessoal, já que ficaria sobrecarregado, uma vez que foi escolhido para presidir duas comissões internas da Casa, a de Defesa do Consumidor e a do Direito da Criança e Adolescente. Ele negou ter sofrido pressões do PSB para renunciar à vice-liderança do governo.Ontem, 27, o presidente local do PSB, Luiz Carlos Moreira, limitou-se a confirmar a saída de Huguenin da vice-liderança do governo. “A postura do nosso partido é de diálogo e colaborativa [com o governo municipal], sem participação em qualquer cargo”, afirmou. 
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