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Rogério e Grace estão no comando
quarta-feira, 02 de janeiro de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Prefeito e vice prometem um governo de paz, ética e desenvolvimentoAno novo, vida nova. E novo governo municipal também. Após quatro anos tumultuados com a passagem de três prefeitos - Heródoto Bento de Mello, Dermeval Neto e Sérgio Xavier - revezando-se no Palácio Barão de Nova Friburgo, tomaram posse ontem, no primeiro dia de 2013, o prefeito eleito Rogério Cabral e sua vice Grace Arruda. A solenidade promovida pela Câmara e presidida pelo novo presidente do Legislativo, Márcio Damazio, foi realizada à tarde no Teatro Municipal, na Praça do Suspiro. Em seguida, Rogério e Grace cumpriram a última etapa, participando da transmissão de cargos, na própria Prefeitura. Tanto Rogério como Grace, em seus discursos, prometeram dias melhores para o município, com paz, harmonia e desenvolvimento sócio-econômico.A solenidade de posse teve atraso de quarenta minutos, mas, depois de iniciada, durou cerca de uma hora. O teatro estava lotado. Rogério e Grace chegaram ao local acompanhados por seus cônjuges e foram recepcionados pelos vereadores Joelson do Pote e Vanderléia Pereira. Além deles e dos vereadores, apenas um convidado subiu ao palco, o deputado estadual André Corrêa, líder do governo Sérgio Cabral, na Assembleia Legislativa. Em breve discurso, ele enfatizou “a parceria total” entre os governos estadual e municipal e destacou qualidades do novo prefeito: “Rogério Cabral é uma pessoa vitoriosa e tem tudo para realizar uma boa gestão por ser um homem de diálogo, trabalhador e político ficha limpa”.O presidente da Câmara, Márcio Damazio, amigo e aliado político do novo prefeito, também rasgou elogios a Rogério Cabral. Já a vice-prefeita fez um discurso enfatizando os desafios da nova gestão. Ela lembrou que na eleição em outubro, a população deu um recado claro clamando por mudanças e transparência no Poder Público, assim como cobrando ações que venham contemplar os mais carentes e representar o crescimento da economia e melhoria de setores prioritários, como saúde e educação.“Estamos sintonizados com os ideiais de mudança, de transparência e ética na política, de respeito e austeridade no gasto público, do nosso papel na agenda social de Nova Friburgo, sob a ótica dos excluídos, daqueles que ainda vivem em situação de risco, dos que têm fome e sede de justiça. Navegaremos neste mesmo mar. Estes foram os compromissos que Rogério e eu assumimos com os munícipes friburguenses”, destacou. “Teremos um governo de coalizão, de probidade e de credibilidade. Os ventos do bem, os sopros da dignidade, da mudança em prol da boa e sonhada política estão a nosso favor”, acrescentou.Rogério Cabral foi o último a discursar na solenidade de posse. Ele fez agradecimentos a amigos, familiares e correligionários e fez um resumo de sua vida pública, onde nunca perdeu uma eleição sequer - foi quatro vezes vereador e outras duas vezes deputado estadual. O prefeito lembrou que ontem, dia em que tomou posse, fazia exatamente 20 anos que assumiu seu primeiro mandato legislativo, com cerca de 800 votos. “Eu nunca gostei de política. Quem gostava era minha mãe, dona Lena, que havia sido candidata a vereadora em 1989. Eu já tinha um trabalho comunitário e as pessoas me viam como uma liderança. Fui vereador e deputado e sempre honrei meus mandatos”, disse. “Eu também não sonhava ser prefeito, mas, eleito, estou preparado para cumprir bem o meu mandato, construindo uma cidade melhor, respeitando a população”, afirmou.O novo prefeito lembrou em seu discurso que o Orçamento de Nova Friburgo é aquém das necessidades e que os desafios serão muito grandes nestes quatro anos. Criticando as desavenças políticas que reinaram no município nos últimos 20 anos, Rogério Cabral enfatizou que “brigas e desavenças não podem e não vão acontecer no meu governo”. Ele prometeu uma gestão de paz, harmonia e desenvolvimento sócio-econômico.“Sou uma pessoa temente a Deus e Ele me guia e me protege. O povo já disse que quer paz e união e entendo que posso contribuir com uma atuação digna e honrada”, disse.Rogério Cabral evitou promessas durante seu discurso de posse, mas não poupou palavras relacionadas ao seu empenho para conquistar os objetivos traçados na campanha. “Não terei hora para chegar [na Prefeitura] e nem para sair. Se tiver que virar noite para buscar soluções, faremos. Só peço força e saúde”, encerrou.O ano de 2013 inicia com Rogério Cabral e Grace Arruda no comando da Prefeitura. Ano novo, governo novo.O primeiro time de RogérioO prefeito Rogério Cabral já anunciou os 22 nomes da linha de frente do novo governo municipal. Em relação à administração anterior serão dez nomes a menos. A vice-prefeita Grace Arruda passa a ter uma função especial na Prefeitura, ocupando a Secretaria de Governo. Ela será uma espécie de braço-direito de Rogério. Várias caras novas foram escolhidas, como os secretários de Saúde, Dagoberto José da Silva, e de Educação, Larry Busquet, entre outros tantos. A Procuradoria Geral foi entregue ao ex-juiz Rômulo Colly, que está viajando e deve retornar ao município nos próximos dias. Rogério pretende criar uma nova filosofia administrativa ao nomear o publicitário Alexandre Meinhardt, que ficará com a incumbência de desenvolver o marketing, turismo e a comunicação. Ele foi o publicitário da campanha majoritária vitoriosa. O prefeito também aproveitou vários nomes de administrações passadas, como Ivison Macedo, ex-secretário de Meio Ambiente do governo Heródoto. Wilson Tavares assume Conselheiro Paulino e o ex-vereador Denilson Breder será responsável por Olaria, Cônego e Cascatinha. Renato Satyro foi mantido no Esporte e José Carlos Siqueira na Agricultura. O advogado Rafael Tavares Garcia deixou a Saúde na gestão de Sérgio Xavier para ser o novo controlador geral da Prefeitura. Hudson Braga volta à Autran e Ana Paula Navega permanece na Administração. Tesoureiro da campanha de Rogério, o empresário Alan de Almeida foi escolhido para os Serviços Públicos. A ideia do novo prefeito é cortar pastas e também reduzir a quantidade de cargos de confiança para, segundo ele, sobrar recursos para que possa ser dado reajuste salarial para todo o funcionalismo. O governo Rogério Cabral já começou e seu time está montado. A hora é de arregaçar as mangas e cumprir as muitas promessas de campanha.Governo terá maioria no LegislativoO prefeito Rogério Cabral (PSD) obteve a primeira vitória no dia da posse dos eleitos: na eleição para a mesa diretora da Câmara ficou evidenciado que o novo governo municipal já conquistou ampla maioria no Legislativo, com votos suficientes para aprovar inclusive matérias que exigem um quorum especial de dois terços (14 votos). A vitória de Márcio Damazio para a presidência do Legislativo também foi outra sinalização de que a base governista se consolidou neste primeiro momento. Embora não tenha pedido votos publicamente, Rogério Cabral nunca escondeu que desejava a vitória de Damazio, do seu partido e com base eleitoral no terceiro distrito—a mesma onde o prefeito se lançou na vida pública.Em outubro, a coligação que deu a vitória a Rogério Cabral já havia eleito uma bancada de sete vereadores—Márcio Damazio (PSD), Joelson do Pote (PSD), Gustavo Barroso (PSD), Marcelo Verly (PSDB), Renato Abi-Ramia (PMDB), Nami Nassif (PSC) e Alexandre Cruz (PPS). Logo depois do pleito, os governistas já ganharam a adesão dos três vereadores do PRP—Vanderleia Abrace essa Ideia, Wellington Moreira e Jacutinga. Aparentemente, a base cresceu nos últimos dias com as presenças de Alcyr Fonseca (PHS), Chico Barros (PHS) e Ricardo Figueira (PSDC), todos oriundos da coligação do candidato majoritário Jairo da Wermar (PHS), segundo colocado na eleição. Rogério Cabral também caminha para ter o apoio de três vereadores eleitos pela coligação de Saudade Braga: Cigano, Christiano Huguenin e Zezinho do Caminhão, todos do PSB. A oposição ou independentes se limita a cinco nomes: Pierre Moraes (PDT), Cláudio Damião (PT), Wanderson Nogueira (PSB), Gabriel Mafort (PT) e Luiz Fernando (PDT). Damazio confirma favoritismo e é eleito presidente da CâmaraVereador do PSD e do terceiro distrito obtém 16 dos 21 votos em sessão marcada pela primeira polêmicaO vereador Márcio Damazio confirmou seu favoritismo e venceu nesta terça-feira, 1º, a disputa pela presidência da Câmara para o biênio 2013/2014. E também como já era previsível, derrotou o candidato adversário Pierre Moraes (PDT) por larga margem: 16 votos a cinco. Os demais membros da mesa diretora eleitos, apresentados em chapa única, são Alexandre Cruz, do PPS (primeiro vice-presidente); Wellington Moreira, do PRP (segundo vice); Marcelo Verly, do PSDB (primeiro-secretário); e Christiano Huguenin, do PSB (segundo-secretário).A eleição da mesa diretora ocorreu logo depois da posse dos 21 vereadores, em sessão presidida pelo vereador Renato Abi-Ramia (PMDB), o mais velho. A Câmara estava superlotada. Os eleitos e reeleitos foram chamados um a um para tomarem assento no plenário. Coube a Marcelo Verly ler o juramento no qual os vereadores se comprometeram a cumprir as constituições Estadual e Federal e ainda a Lei Orgânica Municipal, bem como lutarem pelo bem-estar da população friburguense. “Assim prometo”, foram dizendo os vereadores chamados por ordem alfabética.O clima de tranquilidade foi quebrado assim que foi anunciado o processo de eleição da mesa diretora. Isto porque o vereador Nami Nassif (PSC) apresentou proposta para que o pleito fosse realizado através de apresentação de uma chapa completa, o que contrariou a ala minoritária liderada pelos vereadores Pierre Moraes e Cláudio Damião (PT). A polêmica durou mais de meia hora. De um lado, vários discursos de apoio à proposta de Nami e do outro, críticas da minoria que entendia que o Regimento Interno da Casa determinava que a eleição fosse realizada individualmente, cargo a cargo. O ex e o atual procurador do Legislativo, Guilherme Cardoso e Cleilton Costa, respectivamente, disseram que a proposta de Nami “sequer havia arranhado o Regimento”, corroborando o placar da primeira votação interna: a eleição transcorreu através de apresentação de chapas completas.A sessão foi interrompida por cerca de 15 minutos para que a ala minoritária apresentasse uma chapa para enfrentar a de Márcio Damazio, levada a plenário por Nami, que, segundo justificativa, argumentou que a mesma respeitava a proporcionalidade partidária de distribuição de cadeiras. Pierre voltou reclamando ao plenário, mas apresentou uma chapa alternativa na disputa, composta por ele, Wanderson Nogueira (PSB), Luiz Fernando (PDT), Cláudio Damião (PT) e Gabriel Mafort (PT). O candidato derrotado chegou a convidar Joelson do Pote (PSD) e Jacutinga (PRP) para fazer parte da chapa, mas eles não aceitaram. No voto, vitória fácil: 16 a 5.Já empossado na presidência, Márcio Damazio agradeceu os votos e também destacou o posicionamento da chapa adversária. “A discussão faz parte do processo democrático”, disse. “Vou procurar fazer o melhor, com coerência e bom senso, no exercício deste importante cargo. Espero contar com todos os vereadores nesta tarefa”, acrescentou. Ele, porém, questionou uma declaração anterior feita por Damião que havia insinuado que a chapa vencedora atuaria como um braço do Executivo no Legislativo, fazendo um rolo compressor. “Esta Casa [Legislativo] é um poder independente, mas é claro que, nós, vereadores, também precisamos dar as mãos ao novo governo nesta hora difícil do município”, respondeu. Em seguida, todos os 21 vereadores tiveram direito a falar para a plateia por três minutos.
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