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Zezinho do Caminhão: “A Câmara tem que cortar na carne e adotar uma nova dinâmica de trabalho”
quinta-feira, 08 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Para o vereador eleito é fundamental que o Legislativo resgate a sua imagem“Ouço as pessoas falarem que a Câmara não tem credibilidade e quem vai entrar é igual. É hora de os novos vereadores mudarem isso, de trabalharem para mudar essa imagem negativa perante a opinião pública” Nascido, criado e morador do Cônego há 49 anos, o vereador eleito José Sebastião Rabello, o Zezinho do Caminhão (PSB), obteve 1.270 votos no bairro—quantidade suficiente para lhe garantir uma das 21 cadeiras na futura composição da Câmara. Mas o sucesso dele nas urnas teve um aditivo: outros 757 eleitores de diversos bairros e distritos também o escolheram como representante legislativo. Em relação à eleição de 2008, o número de votos obtidos por Zezinho do Caminhão aumentou mais de 100%: de 992 para 2027. “Muito obrigado a todos”, diz ele agradecendo a confiança. E ele garante que irá corresponder às expectativas, exercendo o mandato com todas as atenções voltadas, sobretudo, para a população mais carente.“Tenho certeza de que as pessoas que votaram em mim não irão se arrepender e aqueles que não me conhecem terão uma boa surpresa. Chego para trabalhar. As pessoas vão identificar muito a minha atuação no decorrer do mandato”, diz. “O resultado da eleição sinaliza que a Câmara tem que adotar uma nova dinâmica de trabalho. Nós, eleitos, temos esta responsabilidade. Não vou jogar para a plateia, mas a Câmara também precisa cortar na carne [reduzir gastos] e pretendo apresentar projetos neste sentido. Vou fazer a minha parte”, avisa.Zezinho promete cumprir à risca o dever de fiscalizar o Executivo, uma das principais atribuições do legislador. “Fui eleito para isso [fiscalizar]. Serei um ferrenho fiscalizador do uso das verbas que vão chegar a Nova Friburgo e também vou cobrar as verbas que não chegaram para a reconstrução da Vilage, Floresta, Três Irmãos e tantas outras comunidades”, destaca. “Estou há 12 anos no PSB e já apoiei Rogério Cabral [prefeito eleito] nas duas vezes em que ele foi eleito deputado [estadual]. Depois ele saiu do partido e foi para um lado e eu fui para outro [apoiou a candidatura a prefeito de Saudade Braga]. Se ele estiver imbuído da recuperação da cidade, se lutar para resolver a grande agonia da população, darei todo o apoio. Vou fiscalizar o Executivo, mas não fui eleito para criar ingovernabilidade”, acrescenta.Em praticamente todas as suas afirmações, Zezinho do Caminhão relata sua preocupação com o resgate da imagem da Câmara. “Na campanha e depois da eleição, ouço as pessoas falarem que a Câmara não tem credibilidade e quem vai entrar é igual. É hora de os novos vereadores mudarem isso, de trabalharem para mudar essa imagem negativa perante a opinião pública. A Câmara não pode ser identificada como sinônimo de corrupção, de levar vantagem. Não pode ser um balcão de negócios, de troca de secretarias por apoio político. Temos a responsabilidade de fazer um papel diferente e resgatar a imagem. Para isso fomos eleitos e lá na frente seremos julgados por nossos atos”, alerta.Casado, pai de dois filhos e o mais velho de uma família de cinco irmãos, Zezinho sempre foi filiado ao PSB. “Entrei no partido convidado pelo doutor Roberto Braga [marido de Saudade]”, relembra. Quanto à relação que pretende manter com o partido, ele acredita numa convivência tranquila e democrática. “Os interesses políticos do PSB não podem se sobrepor aos interesses da cidade. O PSB já governou a cidade duas vezes [de 2001 a 2008] e era o favorito para ganhar a Prefeitura este ano, mas chegou em terceiro. É hora de o nosso partido fazer uma autocrítica, de juntar os cacos”, analisa. “Todos, internamente, devem participar dessa discussão”, sugere.Zezinho não pensa no momento em disputar a presidência da Câmara. “Estou conversando com todos [vereadores eleitos] e ouvindo todos os lados. Vou votar com consciência no melhor”, diz. Ele, na verdade, está mais preocupado em conhecer o Regimento Interno da Casa e a Lei Orgânica do Município, imprescindíveis para um bom desempenho parlamentar. Outra preocupação é superar a dificuldade de se expressar em público. Nesse sentido, por indicação de amigos, está lendo um livro de autoajuda. “Já estou me superando”, conclui.
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