Bastidores da Política - 1 º de novembro 2011

CPI da Câmara ouve secretária de Saúde A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a utilização de repasses federais para socorrer Nova Friburgo após a tragédia climática de 12 de janeiro ouvirá hoje de manhã, a partir das 10h, o depoimento da secretária municipal de Saúde, Jamila Calil. Ela foi convocada, segundo a própria CPI, como testemunha. Ainda esta semana, na sexta-feira, 4, às 9h30, a comissão receberá o secretário de Governo, José Ricardo Carvalho de Lima. O depoimento do prefeito Dermeval Neto, provavelmente o último a ser ouvido pela CPI, está marcado para o próximo dia 9, às 9h30. Assim como as demais oitivas ocorridas até agora, o acesso do público será limitado ao número de cadeiras disponíveis no plenário da Câmara. A Fundação Municipal de Saúde informou que, em socorro ao município, foram repassados à rede municipal cerca de R$ 11 milhões—R$ 9 milhões do governo estadual e R$ 2 milhões do governo federal—e que os documentos solicitados pela CPI para prévia análise foram encaminhados dentro dos prazos legais. Além disso, acrescenta que a secretária Jamila Calil já esteve no Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e na CPI da Assembleia Legislativa prestando as informações sobre os recursos em questão e que ela não vê dificuldades em responder a nenhuma indagação na Câmara. Samuel Grassini espera assumir vaga de Nami até meados do mês O empresário e ex-vereador Samuel Grassini (PDT) está convicto de que irá assumir a cadeira na Câmara atualmente ocupada por Nami Nassif (PSC) até meados deste mês. Na semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) entendeu que Nami, primeiro suplente da coligação PDT/PSDB no pleito proporcional de 2008, cometeu infidelidade partidária ao se desfiliar do partido pedetista em meados do ano passado, após divergências com a cúpula da sigla. Nami assumiu a vaga aberta com a licença do vereador tucano Marcelo Verly, atual secretário municipal de Educação, mas Samuel Grassini, segundo suplente, ingressou imediatamente com uma ação na Justiça Eleitoral reivindicando para si a cadeira. Grassini acompanhou pessoalmente o julgamento de sua ação no TRE/Rio, na semana passada. Segundo ele, após a publicação da decisão no Diário Oficial, que ele espera acontecer ainda esta semana, estará aberto um prazo de 10 dias para que ele seja empossado na Câmara. “Creio que serei empossado no início da segunda quinzena de novembro”, disse. Indagado sobre a eventualidade de haver um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Grassini disse que, mesmo nesta situação, Nami Nassif terá que deixar o mandato. A coluna tentou ouvir Nami, mas ele não foi encontrado. Deputado federal anuncia liberação de emendas participativas O deputado federal Glauber Braga (PSB) anunciou que o governo federal liberou em 19 de outubro mais duas emendas participativas para o município de Nova Friburgo, apresentadas por ele no exercício de 2009, quando ocupou interinamente o mandato parlamentar em Brasília. As duas emendas somam em torno de R$ 630 mil Os recursos liberados são destinados à aquisição de dois caminhões leves, ao preço unitário de R$ 62.900 e ainda para a compra de duas vans/miniônibus, cujo valor unitário é de R$100.600. A entidade beneficiada com os veículos será o Lar Abrigo Amor a Jesus (Laje). O repasse foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O município também foi beneficiado com emenda de R$ 300 mil para a implementação de projeto visando recuperar crianças, adolescentes e reconstruir contextos familiares em situações de risco como alcoolismo, drogas e violência. Deputado que denunciou milícias, após ameaças, vai deixar o país O deputado estadual fluminense Marcelo Freixo (PSOL) deixará o país, depois de receber ameaças de morte de integrantes de milícias. Freixo presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, da Assembleia Legislativa do Rio, que investigou a atuação de grupos criminosos integrados por políticos, policiais e ex-policiais em comunidades do estado. Segundo Freixo, ele resolveu aceitar um convite da organização não governamental Anistia Internacional para morar na Europa por algum tempo. O parlamentar já vem sofrendo ameaças de morte desde a época da CPI, em 2008, mas, nos últimos meses, elas se intensificaram. Apenas no último mês, teriam sido sete ameaças de morte. “As ameaças estão se tornando mais fortes e há um retorno muito pequeno da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Ou seja, se estão ou não investigando. Tenho uma segurança, mas tem sido necessária a ampliação dela. Então, estou esperando algumas medidas”, disse. O deputado não informou quanto tempo ficará na Europa, mas garantiu retorno ao Brasil. “Não posso dizer [nem] o tempo nem o local [onde ficarei], mas é um tempo muito curto”, disse.