Bastidores da Política - 9 de junho 2011

domingo, 31 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Prefeito considera “muito pouco” o número de encostas anunciadas na primeira etapa Dermeval diz que cobrará a liberação de obras para localidades mais carentes e populosas Se alguém perguntar ao prefeito Dermeval Neto (PMDB) - foto - se ele achou satisfatório o número de casas populares (3.500 unidades) e de pontes (21), anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Sérgio Cabral (PMDB) na sexta-feira, 3, beneficiando Nova Friburgo, a resposta será positiva. Já em relação à quantidade de encostas (oito), o chefe do Executivo municipal até evita fazer críticas contundentes contra os governos estadual e federal, mas não esconde seu descontentamento. “Achei muito pouca obra. Além do mais, entendo que áreas prioritárias, mais populosas e carentes, ficaram em segundo plano. Foi muito pouco. A ideia, no entanto, não é só ficar reclamando, mas agir. Vamos ao Sérgio Cabral e à presidente Dilma cobrar a liberação de mais obras de encostas e também de drenagem”, disse. Segundo Dermeval, na solenidade, semana passada, no Palácio Guanabara, quando os governos estadual e federal anunciaram as primeiras obras a serem realizadas em Nova Friburgo e nos outros seis municípios da Região Serrana devastados na tragédia climática de 12 de janeiro, ficou acertado com o governador e com a assessoria da presidência da República o compromisso de ser marcada agenda para tratar especificamente das necessidades dos municípios interessados. O prefeito disse que, nessas negociações, espera contar com a participação dos deputados Rogério Cabral (PSB) e Glauber Braga (PSB), representantes políticos do município no Rio de Janeiro (Alerj) e em Brasília (Câmara dos Deputados). “São 800 encostas e só liberaram oito. Tinham que ter dado prioridade também para Conselheiro Paulino, São Geraldo, Riograndina, Córrego Dantas... Vamos pressionar para sermos ouvidos e atendidos. As chuvas vão voltar”, frisou Dermeval, alertando que se não houver uma ação mais rápida é inevitável que aconteçam novos problemas graves no próximo verão. Na avaliação do prefeito, a parte que cabe ao município “está sendo feita”, mas é imprescindível que os governos federal e estadual, onde estão os grandes recursos, atendam aos pleitos da Região Serrana, para evitar o pior num futuro próximo. Dermeval destacou que a Prefeitura elaborou e já encaminhou aos governos estadual e federal um detalhado projeto de recuperação de encostas e de drenagem. Neste estudo estão previstas 40 interferências de macro e microdrenagem e de contenção de mais 14 encostas, além das oito já anunciadas, para atender à população friburguense que reside em áreas tidas como de grande risco de deslizamentos e enchentes. A Casa Civil seria amaldiçoada? Pelo menos para os petistas, sim A Casa Civil do governo federal parece amaldiçoada. Pelo menos para os petistas. Tida como uma das mais importantes pastas, nos oito anos e meio de hegemonia do PT em Brasília, o ministro Antonio Palocci é o terceiro ocupante do poderoso e influente cargo a cair em desgraça. Depois de 23 dias agonizando politicamente com a denúncia de ter multiplicado o seu patrimônio pessoal em 20 vezes, o que levantou a hipótese de ter feito tráfico de influência, Palocci entregou a sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff (PT) no fim da tarde de terça-feira, 7. Ele está sendo agora substituído por uma novata em Brasília: a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, que aceitou trocar o conforto do Senado pelo cargo mais instável da República na era petista. Desde a posse de Lula, outros dois ministros deixaram a Casa Civil sob denúncias de corrupção ou de tráfico de influência. A única sobrevivente foi mesmo Dilma, premiada com a candidatura vitoriosa à presidência da República ano passado. A “maldição” do cargo começou a assombrar o posto no reinado de José Dirceu. Enfraquecido pelo caso Waldomiro Diniz, em 2004, ele resistiu até o ano seguinte. Caiu ao ser acusado de chefiar o mensalão, esquema de compra de apoio de congressistas. A cadeira voltou a ser assombrada na reta final da campanha do ano passado. O alvo da vez foi Erenice Guerra, com o filho acusado de fazer lobby nos corredores do Planalto. Perda de popularidade definiu queda de Palocci A presidente Dilma Rousseff decidiu aceitar sem titubear a exoneração do seu principal auxiliar, Antonio Palocci, após ser informada que pesquisas já apontavam desgaste do governo por conta da crise envolvendo aquele que foi um dos responsáveis pela arrecadação para sua campanha. Nos bastidores políticos de Brasília, o que se diz é que Dilma confidenciou a assessores que não podia deixar uma crise pessoal contaminar e paralisar seu governo - como vinha ocorrendo nos últimos 23 dias, desde que o jornal A Folha de São Paulo publicou sua primeira reportagem sobre os negócios da empresa de consultoria de Palocci, a Projeto. Deputados fazem blitz por projetos anticorrupção A Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção fez nesta quarta-feira, 8, uma verdadeira blitz para tentar fazer andar projetos prioritários para fechar o cerco aos crimes dos colarinho branco no Brasil. A intenção do movimento é colocar para andar as 116 propostas para combater a corrupção que se encontram paralisadas, aguardando votação no Congresso Nacional — Câmara dos Deputados e Senado. A frente conta com um grupo de parlamentares e entidades da sociedade civil, como representantes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional do Ministério Público (Conamp), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e Controladoria Geral da União (CGU). Na tarde do dia 15, a frente anticorrupção se reúne com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pedindo apoio da Mesa na aprovação dos projetos defendidos.
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