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Bastidores da Política - 19 a 21 de fevereiro 2011
domingo, 31 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Câmara institui comissão especial e junta médica para investigar saúde de Heródoto
Clínico geral, neurologista e psiquiatra serão chamados para examinar prefeito licenciado
Nem vacância imediata e nem comissão processante. A Câmara aprovou na última quinta-feira, 17, a criação de uma comissão especial para tentar desvendar o real estado físico e mental do prefeito licenciado, Heródoto Bento de Mello (PSC), afastado de suas funções desde setembro. A comissão terá 30 dias para apresentar um relatório final à mesa diretora da casa legislativa.
A comissão especial é presidida pelo vereador e médico Renato Abi-Râmia (PMDB) e tem como membros Reinaldo Rodrigues (PPS) e Luciano Faria (PDT), cujos nomes foram definidos através da proporcionalidade partidária da casa e avalizados pelos dez parlamentares que subescreveram a instituição da referida comissão. Apenas os vereadores Nami Nassif (sem partido) e Edson Flávio (PR) se posicionaram contrários à investigação legislativa que tenta elucidar de uma vez por todas o enigma político que tomou conta da cidade nos últimos meses, envolvendo a figura do prefeito licenciado. Aliás, desde o acidente do prefeito na Suíça, há cinco meses, o tema HBM só perdeu, claro, para a tragédia climática.
A primeira providência da comissão especial será a formação de uma junta médica, composta por um clínico geral, um neurologista e um psiquiatra, para examinar o prefeito licenciado, que se encontra recolhido em seu apartamento, na Rua Ariosto Bento de Mello, fazendo tratamento recomendado pelo seu médico particular, Marcos Benchimol. Heródoto tem direito de aceitar ou não se submeter à junta médica a ser constituída pela Câmara. Na primeira hipótese, ele poderá indicar profissionais médicos de sua confiança para acompanhar as avaliações clínicas e mentais.
O presidente da Câmara, Sérgio Xavier (PP), destacou que a criação da comissão especial e da junta médica mostra que o Legislativo está agindo de forma imparcial e justa no caso HBM. Ele espera que o prefeito licenciado coopere. O presidente da comissão especial, Renato Abi-Râmia, destacou que os médicos a serem convidados para compor a junta médica são profissionais renomados e de conduta ilibada na cidade.
Secretários municipais serão ouvidos pela Câmara sobre ações pós-tragédia
A Câmara marcou duas sessões específicas para o próximo dia 24 com a presença de cinco secretários municipais para prestarem esclarecimentos sobre as ações que estão sendo adotadas pós-tragédia climática. As duas reuniões foram sugeridas pelo vereador Cláudio Damião (PT) e aprovadas por unanimidade.
Na primeira sessão, às 14h, serão ouvidos os secretários de Obras e de Projetos Especiais, respectivamente Hélio Gonçalves Corrêa e Luiz Cláudio Ferreira (interino). Eles explicarão o trabalho executado por essas secretarias, fornecendo dados sobre a formalização de convênios com os governos federal e estadual, execução e perspectiva de obras, situação das vias, entre outros temas.
Na segunda sessão, às 17h, os convocados são os secretários de Educação, Marcelo Verly; de Saúde, Jamila Calil; e de Assistência e Desenvolvimento Social e Trabalho, Carlos Antônio Maduro. Eles prestarão informações sobre a normalização das atividades escolares, o quadro de funcionários, o funcionamento dos postos de saúde e do Hospital Raul Sertã, além da situação dos abrigos, concessão do aluguel social, do auxílio novo lar, entre outros.
Carlos Lupi sofre pressão por causa de rebelião do PDT ao mínimo de R$ 545
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), que esteve em Nova Friburgo esta semana anunciando medidas para ajudar o município e fazendo outras promessas futuras, ficou numa incômoda situação política depois que a bancada pedetista na Câmara dos Deputados se rebelou contra a proposta do governo Dilma Rousseff de fixar o salário mínimo em R$ 545. Apesar do empenho de Lupi, 26 deputados votaram contra o governo.
Pressionado pelo governo durante as negociações sobre o reajuste do salário mínimo, o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, reagiu com a afirmação de que “está sempre preparado para ir embora” de Brasília, em referência ao cargo que ocupa.
Entretanto, Lupi negou que o Planalto tenha ameaçado lhe tirar o cargo caso a bancada do PDT votasse contra o governo na Câmara. Em seguida, no entanto, ressaltou que ocupa um posto que atende a conveniências políticas. “O meu cargo é de confiança. Eu disso isso à presidente há algum tempo. Sabe o que é que eu tenho em Brasília? Duas malas e roupa. Estou sempre preparado para ir embora”.
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