ENQUANTO muitos preferem o inverno, outros veem nas altas temperaturas verificadas neste verão bons momentos para a descontração e o lazer, viajando para as praias ou aproveitando as férias na cidade, desfrutando os prazeres de um bom banho em rios do município. As elevadas temperaturas provocam simultaneamente desconforto e prazer, prejuízos e lucros, movimentando a economia brasileira de norte a sul, inclusive a de Nova Friburgo.
A CHAMADA indústria do verão também produz efeitos positivos para a economia do município, estimulando o turismo e, com isso, fazendo girar os negócios no comércio e na rede de serviços. Embora os céticos traduzam historicamente o verão como de ‘baixa temporada’ para o turismo na cidade, na prática não é o que ocorre. Prova disso tem sido a movimentação de turistas na cidade não apenas nos fins de semana, garantindo uma boa ocupação da rede hoteleira e no consumo dos demais serviços. A cidade é do inverno, mas também é do verão.
EMBORA as temperaturas estejam registrando altas históricas pelo país, Nova Friburgo se beneficia com a generosidade da Mata Atlântica existente, mantendo a oxigenação e tornando o ambiente mais agradável. Tal situação é bem diferente daquela de cidades que não possuem uma vegetação tão abundante, garantindo para a população dias mais amenos e suportáveis. E isto se torna mais evidente quando se percebem os efeitos benéficos deste ambiente protegido pela natureza. Apesar do forte calor, o município é o que apresenta as mais baixas temperaturas no estado.
AINDA QUE o turismo ecológico em nosso município não esteja bastante divulgado, principalmente pelos agentes de turismo, a geografia friburguense oferece inúmeras atrações que podem garantir uma oferta permanente de entretenimento e lazer, com benefícios diretos para a economia. Negócios e empregos são gerados com o turismo ecológico e podem ser implementados de forma consistente, dentro de uma estratégia municipal de turismo.
A ESTRADA Serramar e o fortalecimento da rede turística compõem um quadro bastante promissor a médio prazo, e que poderá gerar novos empreendimentos na cidade, integrando o Centro-Norte fluminense à região oceânica com inúmeras vantagens. Neste contexto, a Mata Atlântica ganha importância capital, tornando-se o elo entre as regiões, sendo, por si só, um atrativo de grande dimensão.
O CALOR do verão deveria ser irradiado aos setores que cuidam da administração pública e da iniciativa privada, instigando a discussão sobre o turismo através de debates e propostas, privilegiando um setor que é, reconhecidamente, forte gerador de divisas para o município. Uma acalorada discussão sobre as inúmeras vantagens do turismo precisa ser iniciada no município, assim como faz, agora, o Arranjo Produtivo Local (APL) de Mury, Lumiar e São Pedro da Serra, envolvendo toda a comunidade numa atividade que promete durar todas as estações do ano.
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