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Leitores - 22/08/2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
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Guarda Municipal
Um absurdo o que venho lendo ultimamente sobre a Guarda Municipal de Nova Friburgo. Aliás, deve ser a única guarda municipal do país que entendeu a Lei 13.022 da forma diferente da que é. Caros guardas municipais, em especial ao seu comandante Ronald: A nova lei nada mais é do que uma lei infraconstitucional, ou seja, ela está hierarquicamente abaixo da lei maior, a Constituição Federal, e não a altera uma vírgula sequer. Portanto, tudo o que veio descrito na nova Lei, preservadas as competências das outras instituições é apenas uma discriminação do que já era previsto no art. 144 da CF em seu § 8º - "Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.” Portanto, caros friburguenses! Apenas o que se difere é a possibilidade do uso da arma, e nada mais. Que pode até ser algo bom, caso haja adestramento adequado, e só devendo ser utilizada na defesa dos bens públicos, e com um detalhe: quando em serviço. Isso, devido a uma outra lei, que também não fora alterada, denominada Estatuto do Desarmamento, a qual discrimina em seu art. 6º item IV, que podem ter o porte de arma ".... os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço”. Portanto, o patrulhamento preventivo a que faz referência a nova lei não destina-se às ruas da cidade, onde já existem outras instituições a fazê-lo, e que em nossa cidade o fazem muito bem, através da PM e da Polícia Civil, mas as nossas praças, que por sinal estão muito mal protegidas e depredadas. Portanto, não sei quem está assessorando o nosso prefeito, mas esta coisa que vem sendo dita, de estarem de "igual para igual com a PM”, de "preparados para se envolverem inclusive em tiroteios” parece papo de doido. Aliás, a nova lei proíbe terminologias militares, e o nosso "comandante”, além de assim ser denominado, utiliza-se de insígnias e condecorações militares. A lei, ao que parece, já nasce sendo desrespeitada e mal entendida. Se eu já tinha restrições contra a nossa GM, que bem antes, já ostentava agentes fardados como os do Bope, agora então... O mais está por vir?
João S. Campos
Barulhos e silêncios
Os conceitos de belo e feio, bom e ruim, certo e errado e tantos outros são discutíveis, porque entram em primeiro plano, na discussão, o gosto e o discernimento de quem faz a avaliação. Para isso, a Filosofia já protagonizava a dificuldade de se estabelecer a verdade absoluta. Nietzsche, por exemplo, classificou a verdade como um ponto de vista.
Como vivemos em uma civilização urbanizada, aos poucos, os padrões de certo e errado foram enquadrados em leis, códigos e regras que estão em constante adequação a fim de proporcionarem o bom andamento das convivências. Da mesma forma, os conceitos de barulhos e silêncios são altamente discutíveis, porque o sistema de audição humano é atrelado às escolhas auditivas de seus usuários.
Se um indivíduo gosta de ouvir clássicos, há de ficar feliz se o seu vizinho estiver ouvindo Ode à Alegria, em "alto e bom som”. Mas, ao contrário, se ele gostar de funk, há de se sentir profundamente triste e incomodado com a alegria de Beethoven — e vice-versa, para todas as situações semelhantes.
Por outro lado, tem gente que é tão silenciosa que se incomoda até com o canto de sabiá, assim como tem gente que detesta silêncio. Há pessoas que quando estão em férias, num sítio, longe dos burburinhos, têm dificuldades para "pegarem no sono”, justamente pela falta de barulho. Como se vê, é uma questão de temperamento.
Delimitando o tema no cenário Praça do Viagra, o assunto não é diferente. Há quem ache a praça barulhenta e quem a ouça como uma alegre cantiga que embala a vida friburguense. Ponto de encontro para muitos, parada obrigatória para outros e compromisso para os fundadores.
Uma brincadeira de carnaval que virou "arena” para os jogos de uma seleção solidária, que atua no campo da ajuda, marcando gols incríveis na grande área social da cidade. A linha de frente dribla desafios para angariar alimentos, agasalhos, remédios, brinquedos e muito mais. E tudo com o propósito de tornar a praça útil à comunidade e o curioso é que quanto maior o "barulho”, maior é o objetivo do trabalho social. Fica, então, o impasse: barulho para uns — alegria, vida e solidariedade para outros.
Elisabeth Souza Cruz
Novela
Depois da novela da mudança do horário de carga e descarga, fica claro que tudo não passou de uma tempestade em copo d’água. A grande verdade é que qualquer pessoa que caminhe pelo centro da cidade percebe que seja o horário até às 10h, 11h ou 13h, a carga e descarga acontece a qualquer momento sem nenhum critério. Multas estão sendo distribuídas para quem estaciona em locais de descarga durante o suposto período que só existe no papel. Nada mais certo, afinal lei é lei. Só quero saber da Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana se o mesmo critério é aplicado aos que desrespeitam a lei e fazem suas descargas a qualquer horário do dia.
Carlos Magno
Sem remédio
A farmácia da Secretária de Saúde de Nova Friburgo estão em falta com os remédios necessários a nossa saúde. Eu, como professora aposentada, não ganho o suficiente para comprar o meu remédio.Quando vamos até lá pra ver se já chegou o remédio, respondem que não há previsão. Quando teremos os nossos direitos atendidos? Que esta reclamação chegue à Secretária de Saúde. É urgente.!
Ione Finker
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Casarão da Vila Amélia
"A cada dia mais me decepciono com a dificuldade que Nova Friburgo tem em perceber a importância de valorizar sua história. E isso vem sendo demonstrado ao longo dos anos com as demolições de residências, casarões e edificações em geral que são centenárias e valorizavam a importância do trabalho de outros friburguenses que contribuiram em construir a cidade que temos hoje. Como contar a história de nossa gente sem os exemplos, as arquiteturas e nossa cultura? Cultura essa que, ao passar dos anos está se perdendo e assim os jovens crescem sem orgulho de nossa terra e nossas raízes. Para pensar! (André Marley, sobre a matéria "O casarão da Vila Amélia deve ser preservado ou demolido?”, edição de 19/08/14)
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