Leitores - 20/05/2014

terça-feira, 20 de maio de 2014
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O acordo previa a fundação de uma vila. Mas em termos reais, os suíços só chegaram em 1819 e a Vila de São João Batista de Nova Friburgo foi fundada oficialmente em janeiro de 1820.  Após uma péssima distribuição de terras em terreno florestal e pedregoso, os suíços abandonaram progressivamente a colônia. A miséria era tal que se constituiu, em 1821, no Rio de Janeiro, uma Sociedade Filantrópica Suíça com o objetivo de fornecer donativos aos colonos. Em 1822, uma comissão de colonos solicitou a Dom Pedro I licença para ocupar terras no vale do Macaé, daí resultando a ocupação dos atuais distritos de Lumiar e São Pedro da Serra. Em 1825, apenas metade do contingente inicial se mantinha em Nova Friburgo, não mais do que oitocentos colonos. Abandonaram Nova Friburgo em várias direções, estando presentes nos atuais municípios de Cantagalo, Bom Jardim, Duas Barras e outros. A história, sempre sujeita à interpretação do historiador, deve ser repensada. Neste sentido, não procede a expressão "Suíça Brasileira”, que, inspirada na versão de Agenor de Roure, em 1918, foi abraçada pelo prefeito Heródoto de Mello. Não somente os suíços foram mais colonizados do que colonizadores, absorvendo a cultura interiorana, adotando as queimadas, casa de pau-a-pique, alimentação fundamentada na mandioca, no milho e no inhame trazido pelos escravos, como também Nova Friburgo era essencialmente escravocrata, como se pode concluir pelos dados arrolados no Censo do padre Joye (1828), pelos dados levantados por Cansanção de Sinimbu (1851) e pelo Censo de 1872. Os suíços "bem-sucedidos” o foram graças à escravidão.    Os descendentes de colonos suíços que hoje se concentram nos distritos de Lumiar e São Pedro da Serra conheceram verdadeira privação, amargando abandono oficial, alto índice de analfabetismo, alcoolismo e uma lavoura que, com muita dificuldade, conseguia escoar seus produtos. Os colonos suíços se tornaram "caipiras”. Se hoje há desfiles, se muitos se referem ao "dia da cidade”, convém lembrar que o município é maior do que a cidade e que na verdade, os descendentes de colonos suíços, assim como dos alemães, se concentram nos distritos de Lumiar e São Pedro da Serra, que continuam com a sua história esquecida. Entretanto, está mais do que na hora da cidade e seus distritos prestigiarem efetivamente a sua história, o que é uma chave para a autoestima da população, uma alavanca para a construção do futuro e um estímulo ao turismo. Existe na região um respeitável quadro de historiadores com uma produção historiográfica reconhecida inclusive no exterior e que permanece engavetada. As autoridades municipais e estaduais continuam a pensar pequeno, desperdiçando verbas em obras irrelevantes. Está mais do que na hora de se estruturar um Centro de Estudos Regionais acoplado à memória, à pesquisa e a um Museu na região.   Jorge Miguel Mayer - Professor e doutor em História na Universidade Federal Fluminense  Camelôs Que belo presente para Nova Friburgo: em pleno 16 de Maio, a Av. Alberto Braune repleta de camelôs! Francamente! Mais uma vez é a inércia da Prefeitura a permitir absurdos! Gisele Pereira Doação de livros Gostaria de fazer uma crítica e um questionamento. Minha mãe é leitora voraz de livros, e assim, sempre vou pegar livros para ela na biblioteca de Friburgo. Como o acervo de livros da Biblioteca é pequeno, fui fazer uma doação de alguns livros novos e de grandes autores e fiquei estarrecido com a negativa dos atendendentes de que não poderiam receber doação de livros por ordem da diretora ou chefe da biblioteca. Se por acaso levar mil livros novos, a Diretora da biblioteca irá preferir que a doação seja feita para outro município? Privando, assim, nosso povo de alguma cultura e lazer de uma boa leitura? Com a palavra, o Sr. prefeito ou quem de direito. Obrigado.  Fernand Ruffier Rua Monte Alverne Final de semana passada, a Águas de Nova Friburgo esteve aqui na Rua Monte Alverne, Parque Imperial, fazendo obras. Fecharam a rua, esburacaram a mesma para os reparos necessários, tamparam os buracos apenas com terra, deixando os paralelepípedos em cima da calçada. Já na primeira chuvinha que deu por aqui, já começou a virar um buraco. Por sinal, esse trecho da rua onde os reparos foram feitos já possui vários afundamentos e a Prefeitura até hoje, nada. Não precisava a Concessionária ajudar a "esculhambar” mais a rua. Eduardo Costa Águas de Nova Friburgo responde: Águas de Nova Friburgo informa que a pavimentação na Rua Monte Alverne, no Parque Imperial, está programada para ser executada nesta sexta-feira, dia 16 de maio, ao longo do dia. (Nota da Redação: a resposta foi enviada após o fechamento da edição do dia 16/05/14) Circuito Tere-Fri Sobre a matéria "Tráfego no Circuito Tere-Fri deve aumentar 15% em função da Copa”, edição de 16 à 19/05. À parte o entusiasmo dos empresários do Circuito Tere-Fri em lucrar com o evento da Copa do Mundo, não podemos omitir que nesta estrada, tão repleta de atrativos, exista a angústia de moradores do bairro de Córrego d’Antas, em relação aos riscos de atropelamento e acidentes que o tráfego desta via representa. Isto somado ao empreendimento denominado Distrito Industrial, que elevará o fluxo de veículos de vários portes nesta estrada e, no entanto, não conhecemos nenhum projeto relacionado à este empreendimento que venha garantir a acessibilidade e segurança atual e futura da via. Já são notórios e foram levados exaustivamente ao conhecimento do poder público os riscos com os quais convivem diariamente alunos das escolas, moradores e trabalhadores das inúmeras empresas locais deste perímetro urbano do bairro, onde trafegam 20.000 veículos diariamente (dados do DER, vide matéria de referência). Crianças e adultos dividem os acostamentos com motos, carros e caminhões, se arriscam permanentemente tendo que atravessar tão movimentada via, e os quebra-molas existentes já não fazem mais o efeito esperado para muitos motoristas que por ali trafegam. Só no ano passado, foram dois atropelamentos de nosso conhecimento, sendo um deles o meu filho que se encontra em recuperação, além de várias colisões de veículos. Já encaminhamos vários ofícios à Autran, à PMNF, ao DER e à 1ª ROC - Friburgo, mas somos ignorados, ninguém nos responde. Soubemos, indiretamente, que a Autran se exime da responsabilidade atribuindo-a ao DER sob a alegação de ser um trecho de rodovia RJ e vice-versa, sob alegação de ser um trecho urbano. Pois bem, nós, contribuintes pagadores de múltiplos impostos municipais e estaduais, rogamos que efetivamente se crie um diálogo entre os órgãos para que resolvam essa situação. Entendemos que a responsabilidade de garantir a segurança dos usuários da via seja dos dois órgãos, exatamente por se tratar de uma rodovia RJ e ser um trecho urbano. Necessitamos de estudo para a colocação de semáforos e redutores eletrônicos de velocidade no trecho urbano desta via em nosso bairro. Não podemos esperar que uma tragédia como a ocorrida em Mury (Tragédia em Mury: menino de 6 anos morre atropelado ao sair da escola - Caminhão atingiu também outra criança, que permanece internada no HRS – AVS 20/06/2008) motive os responsáveis a resolverem o problema, do modo como aconteceu naquela localidade. Tal risco iminente é um preço muito alto! Jamais se justificará por qualquer ganho com empreendimento econômico ou Copa do Mundo. Vamos "chover no molhado” e afirmar que desenvolvimento econômico e desenvolvimento social devem caminhar juntos. Precisamos de resposta e de ações efetivas para resolver! Resolver de verdade! Resolver agora! Pois corremos risco de morte no belo Circuito Tere-Fri.  Sandro - pela Associação de Moradores do Bairro de Córrego d’Antas Ponto de Vista   Diz o biólogo Sandro Oitaven que "é hora de adotar novas estratégias de gestão para o maior distrito agrícola do município”. E a visão do biólogo vai bem mais adiante, quando ele fala de riscos à região do 3º distrito de Nova Friburgo, caso seja implantado um condomínio industrial, considerando que ali, por tradição, predomina a vocação agrícola. Digo que a visão do Sandro vai mais adiante porque ele fala de uma forma clara e objetiva e com a firmeza dos que enxergam um futuro desastroso para o município, tendo em vista a possibilidade da implantação de um condomínio empresarial, que traria nefastos resultados ambientais. O projeto, segundo se prevê, traria riscos óbvios para a região e, ainda por cima, a considerar-se a problemática da ausência do poder público e a falta de uma discussão com a comunidade local. E o Sandro tem razão quando fala de um esforço com o objetivo de resgatar as características e as potencialidades. Seria a adoção de uma estratégia coletiva e participativa de desenvolvimento rural sustentável. Mário de Macedo Cristino   A Voz da Serra no Facebook Parabéns, Nova Friburgo! "Show de capa e matéria com cores e alegria!” (Marcio Alexandre de Lucena) "Linda, linda e quanta história pra contar! Precisa de mais atenção dos governantes, isso é fato.” (Sirlete Sinder Rodriguez) "Me lembro bem! Parece que estou vendo meu pai aí, trabalhando neste trem. Tempo bom!” (Ivone Pinheiro Rodrigues) "Cidade que escolhi para viver e meu filho nasceu no dia do aniversário dela, por isso é muito especial para mim.” (Solange Rito) "Parabéns, Friburgo, minha linda cidade natal! Estou a quilômetros de distância física, mas meu coração está aí comemorando com vocês. Desejo muitas coisas boas a cidade e a meus conterrâneos: muita esperança, muita fé e conscientização dos seus governantes, na resolução dos problemas da cidade!” (Marcia M. R. Novaes)   Participe desta seção com seus comentários pela página do jornal A VOZ DA SERRA no Facebook. www.facebook.com/avozdaserra
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