Leitores - 17/09/2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva ao direito de publicar ou não as cartas dos leitores.   Carta para "O Homem da Montanha” Estimado Benito di Paula:  Justamente porque sou sua fã, tenho acompanhado as postagens na Internet sobre a desapropriação de sua casa. Tomara que você consiga aproximar o valor oferecido pelo Metrô, ao valor de sua expectativa. Como a desapropriação é em nome do progresso e do bem comum, pouco se pode fazer além de lutar pela dignidade dos direitos de propriedade. Que você vença essa luta, "do jeito que a vida quer”! ”Como nem tudo pode ser perfeito”, o processo de desapropriar, de modo geral, é cruel com suas avaliações e sempre paga menos por nossas pretensões. Quando construímos uma casa, muito mais do que o alicerce, as paredes e os demais componentes, o que há de mais concreto na obra é o amor em cada pedacinho de metro quadrado. Entretanto, na hora de "negociar”, o investimento afetivo não tem a menor importância para quem compra, pois ninguém compra uma história. Compra-se apenas um imóvel!  É normal o seu estado de inquietação e podemos dizer que "tanta coisa muda nessa hora que o mais valente dos homens chora”. Se a decisão jurídica é irrevogável, comece a pensar que a vida é feita de mudanças e que novos sonhos podem ser edificados, pois se uma porta se fecha, muitas janelas podem se abrir e, às vezes, com paisagens mais lindas.  "Batuque mais forte e a tristeza se cala”, pois pode até ser que, vencida essa tormenta, você possa olhar sua casa e dizer: "Ah! Como eu amei” cada tijolinho! "Ah! Como eu amei” cada momento vivido aqui!. Mas numa casa, nem tudo é um mar de rosas e certamente você pensa "Ah! Só eu sei que pra chegar onde estou eu confesso lutei... Desenganos foram pra mais de mil... indiferenças, só Deus sabe quem viu...  Mas não tenha medo, meu amigo "Charlie Brown”, pois se coisa alguma o consolar, pense nos seus conterrâneos do "12 de Janeiro”, que perderam "tudo” e até hoje esperam por dias melhores. E "se você quiser vou lhe mostrar Brasil de ponta a ponta” torcendo por sua vitória. "Levando a bandeira do samba” peça a Deus pra lhe ajudar a transpor esse dilema e com aqueles "retalhos de cetim” costure uma nova fantasia de viver, porque a vida não espera o dia de ontem! Mesmo que depois você cante "Ah! Eu chorei quando saí lá de casa”... Ou que você tenha que dizer a essa casa que tanto ama "você vai ficar na saudade, minha senhora” , não hesite, "dê mais um sorriso e vá embora”, porque, afinal de contas, você é "O Homem da Montanha”, "o friburguense coroado” que está na "cidade grande”, porque ousou realizar os sonhos. "Vamos falar de mulher, da morena e dinheiro, do batuque e do surdo e até do pandeiro”, esperando que, muito em breve, você possa nos cantar: "Tudo está no seu lugar, Graças a Deus”! Elisabeth Souza Cruz - Nova Friburgo
TAGS:

A Voz dos Leitores

A Voz dos Leitores

A coluna que é feita por você, leitor. Um espaço democrático onde o cidadão pode expressar, através de textos e fotos, sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados à cidade. Envie sua contribuição para leitores@avozdaserra.com.br

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.