Leitores - 27/06/2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva ao direito de publicar ou não as cartas dos leitores.   Seleção do Taiti x Seleção dos políticos brasileiros Ainda que a seleção brasileira de futebol goleie a badalada seleção da Espanha em uma possível final entre ambas, nada será mais marcante na Copa das Confederações, em minha opinião, do que a participação do Taiti. Levar 24 gols em 3 jogos em uma competição oficial da Fifa poderia ser considerado histórico. No entanto, não fez mais história do que a conduta dessa mesma seleção durante a copa. Os jogadores não ficaram envergonhados até porque não há do que se envergonhar. A tristeza maior foi deixar o Brasil, pois, segundo eles próprios, viveram momentos fantásticos e inesquecíveis em nosso país. Jamais esquecerão o carinho que receberam de nosso povo, a torcida  sincera, apesar da impossibilidade da vitória, mas com a certeza do sucesso de quem desempenha uma função por amor ao esporte. Taiti é uma seleção de amadores que sobrevivem de outros empregos (alguns nem isso, pois estão desempregados) e que após a desclassificação, voltam não só ao país de origem, mas também à dura realidade da vida. Enquanto aqui estiveram, esbanjaram simpatia, simplicidade... distribuíram ingressos para os brasileiros carentes assistirem aos seus jogos, mas principalmente nos deram grandes lições de espírito esportivo e de paixão e amor pelo que fazem, desprovidos de qualquer interesse financeiro. Que bom seria se os políticos brasileiros se inspirassem nos jogadores do Taiti, se administrassem seus municípios, estados e país por amor e sem interesse financeiro, só pelo prazer de saber que estão colaborando para deixarem um lugar melhor para seu povo, olhando-o como se sua família fosse, com o devido cuidado, protegendo-o, proporcionando a todos uma vida mais justa. Uma vez, ouvi um candidato a presidente da república dizer que o professor não deveria se preocupar com salário, pois ser professor é ser um missionário. E o político?!? Qual a participação dele na sociedade?!? Gostaria que todos fossem missionários também. Seria muito bom se ao receber seus vultosos salários e inúmeros benefícios, pensassem que estão ali para defender os interesses de uma grande massa que recebe um salário insuficiente para uma sobrevivência minimamente digna. Seria maravilhoso se recebessem remunerações compatíveis com a realidade nacional e sobrevivessem de outros empregos, desempenhando a função pública por amor ao próximo. Gostaria de ter a certeza de que verbas não são desviadas por corruptos e por consequência nossos irmãos desfavorecidos não morrem por falta de condições em nossos hospitais públicos ou de que não se afastam das escolas por falta de melhores expectativas frente ao descaso a que a educação pública é submetida. Infelizmente, amigos, a única certeza que eu tenho é que a seleção do Taiti vence a seleção dos políticos brasileiros de goleada. Leonardo Lamblet Casa de Passagem em Mury Em virtude da publicação de minha última carta nesta coluna deste valiosíssimo  periódico, me senti na obrigação de esclarecer alguns pontos, que são: 1 - Não sou absolutamente contra a instalação de uma casa de passagem em Nova Friburgo, nem poderia ser, pois, além de ser causa humanitária é causa legal. 2 - O que me indigna e à comunidade de Mury em toda esta história são alguns grandes pormenores dessa questão, principalmente aquele que demonstra para com a nossa comunidade total traição por parte da administração municipal quando, em silêncio, às escondidas e na surdina, prepara um imóvel no distrito para tal fim. Por que não poderíamos nós ficarmos sabendo de tal empreendimento? Se fosse assim tão bom para a comunidade, teríamos sido consultados (pois tal fato valeria uma consulta à comunidade e acho que este tipo de questão está no Estatuto das Cidades)e até mesmo impelidos a ajudar. Agora, senhora secretária de Serviço Social, o que não vale, é depois dessa desconsideração total em relação à comunidade, a sra vir dizer que temos que apoiá-los. Se o nosso apoio se fazia assim tão importante, por que fomos ignorados desde o princípio? 3 - Também dito pela Sra. secretária de serviço social que o governo municipal enviará projeto para que a Câmara constitua em lei a continuidade dos serviços nos moldes propostos. Brincadeira! Os Srs. não acham que estão usando uma logística equivocada e fazendo tudo às avessas? 4 - Além do imóvel no Cônego, que inclusive teve suas obras começadas e paradas (seriam 240 dias a contar de 4/10/2010!), com orçamento de R$1.078.073,63 (isto mesmo, mais de um milhão de reais!), existe o imóvel em Amparo, que foi cedido ao município pela Kinderdorf-Rio (imóvel este que consta de 5 casas mais a sede) depois que a ONG deixou de prestar serviços em Nova Friburgo, por que trazer esta instituição para Mury, se ela poderia confortavelmente ser instalada em um dos dois imóveis já existentes para tal fim, mesmo que estes tivessem que passar por obras como está passando o de Mury?    Leia-se na matéria de Henrique Morim em A Voz da Serra de 13/09/2010: "A Casa de Passagem de Nova Friburgo, instituição que abriga menores encaminhados pela Justiça, Conselho Tutelar ou demais órgãos de proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente que — aguardam adoção ou remoção para outra instituição de recuperação de infratores —, está impedida de receber.”... É sabido pela comunidade friburguense que a Aldeia da Criança Alegre em Amparo passou sim a receber menores infratores. Por que tentam nos enganar? Não estive na audiência pública na Câmara. Infelizmente tinha outros compromissos para esta manhã de segunda-feira. Mas, ouvir justificativas de uma coisa já feita e, compulsoriamente, é perda de tempo, não acham? Por fim, termino deixando uma sugestão para as administrações de Campos do Jordão (em São Paulo) e Gramado (no Rio grande do Sul): "Que tal os Srs. implantarem uma casa de Passagem em Vila Capivari e outra no centro de Gramado (de preferência ao lado da Casa do Papai Noel), respectivamente? Sem esquecer, é claro, de divulgá-las nos folhetos turísticos da cidade. Em tempos de manifestações populares de massa, Sr. prefeito, a transparência e o respeito à comunidade são quesitos essenciais. Ou não? Norma d’Ávila Jannotti Martins   Esclarecimento O comentário feito pelo médico Marcelo Orphão Motta, ao bem alertar sobre o que se faz (ou se deixa de fazer) hoje para a saúde, também revela o grande desconhecimento de muitas pessoas em relação ao trabalho do Juiz Federal.  O Juiz Federal não pode ir para qualquer lugar do País, mas sim para o lugar que está vago, muitas das vezes distante dos grandes centros urbanos. Apenas para exemplificar, este Juiz iniciou seu trabalho em outro Estado da Federação (Espírito Santo) e, mais à frente, foi transferido para Itaperuna, que é a cidade mais distante da Capital do Rio de Janeiro com órgão da Justiça Federal. Não raro, é comum que o Juiz Federal fique alguns anos longe de sua família, somente podendo retornar à cidade que deseja quando houver vaga. Mais uma vez, no caso deste Juiz, isto levou 10 anos. Em relação ao salário inicial, é muito comum se querer criticar o salário de outra atividade mostrando seu salário bruto. Não se pode esquecer que o Juiz Federal (assim como os médicos e outras profissões) também contribuem para a Previdência Social (11% sobre o salário integral) e imposto de renda (alíquota de 27,5%), sendo os descontos feitos em folha de pagamento. Logo, o salário bruto nunca é o mesmo do que realmente se encontra disponível. Além disto, é comum dizer que o Juiz Federal possui várias regalias. Na verdade, o Juiz Federal não possui carro oficial, assessor ou motorista particular, combustível subsidiado, plano de saúde diferenciado, imóvel funcional, não recebe hora extra ou remuneração suplementar, não pode ter mais de 1 emprego (salvo se professor), algo muito diferente do que se pensa ou se diz por aí. Sobre a estabilidade do Juiz Federal, antes de se criticar dizendo ser um "privilégio”, deve ser lembrado que isto é uma garantia para próprio Juiz e para a sociedade, pois somente assim é possível que muitos colegas juízes condenem ou absolvam pessoas acusadas de corrupção e improbidade sem sofrer pressões de quem quer que seja. Ao contrário, médicos e delegados, por exemplo, ao denunciarem ou conduzirem investigações que toquem setores, digamos, protegidos, correm o risco de serem transferidos para lugares "indesejados”.  Para quem quiser conhecer melhor o trabalho do Juiz Federal, lembro que as portas do Juizado Especial Federal se encontram abertas. Elmo Gomes de Souza, juiz federal do Juizado Especial Federal de Nova Friburgo Monitoramento de Nova Friburgo Com grande satisfação (inclusive pessoal) acabo de ler notícia que dá conta da implantação do Projeto de Video Monitoramento de Nova Friburgo. O projeto, fruto de pesquisa e desenvolvimento da equipe do Cel. Hudson de Aguiar Miranda (hoje Superintendente da Autran) desde a criação da Secretaria de Ordem Urbana, em 2009, evoluiu ao longo dos anos e já foi, em mais de uma oportunidade, citado por esse importante órgão de comunicação. Trabalhamos muito ao longo dos últimos quatro anos na busca de recursos para sua implantação, e, verdade seja dita, o então Deputado Rogério Cabral, foi o único parlamentar que ajudou Nova Friburgo nisso, tendo inclusive proposto emenda parlamentar no orçamento do Estado, quando ocupava cadeira na Alerj. Na medida que o tempo passava e vimos frustradas todas as tentativas de financiamento, inclusive junto ao Proeis e à Secretaria Nacional de Segurança Pública, passamos a adaptá-lo para que se fizesse menos custoso, ao menos no que tange à manutenção mensal. Daí, surgiu a ideia de fazê-lo útil à distribuição do sinal de internet e de telefonia entre os órgãos da própria Prefeitura, o que ocasionaria redução significativa de custos que viabilizaria o investimento no custeio mensal do Cidade Inteligente. Enfim, foram anos de adaptação e aprimoramento. Há alguns dias, li nesse periódico que os índices de criminalidade voltaram a crescer na cidade, após anos de recuo. O projeto original previa a instalação de um software projetado exatamente para o registro de ocorrências e controle da mancha criminal, o que facilita em muito a correta distribuição de policiais (e guardas municipais) nas áreas mais atingidas, o que pode ajudar muito na recuperação dos índices. Finalizando, parabenizo o Cel. Hudson de Aguiar Miranda pela persistência na questão, os membros do Gabinete de Gestão Integrada em Segurança Pública (que funcionou de 2010 a 2012, inclusive homologando esse projeto) e o atual Prefeito, por ter acreditado em nossa proposta e viabilizado a forma de financiamento do mesmo. Que cheguem logo os prometidos recursos e que se dê a implantação do Projeto, tal como planejado, e, dessa forma, promova melhoria na segurança pública e no trânsito em Nova Friburgo e assim também na qualidade de vida de seu povo. André Luis S. Santos Políticos inquietos   A preocupação é que a população em geral, normalmente apática e desinteressada, está entrando na arena política para fazer exigências, criando uma crise de "democracia excessiva”. Para os donos do Brasil (e de Friburgo) a tomada de decisões na "democracia” deve ficar sempre nas mãos de uma pequena elite tecnocrata, que serve aos interesses de grupos econômicos. Como acontece aqui na prefeitura: nomeações a granel, e a utilização dos órgãos públicos para servir a interesses privados ou partidários. Tudo financiado com o dinheiro dos friburguenses, sem que estes percebam (ou estariam começando a perceber?). Ricardo Posenatto 
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