Leitores - 22/05/2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva ao direito de publicar ou não as cartas dos leitores.      Médicos do serviço público A saúde foi apontada como o principal problema de Nova Friburgo, mas na verdade a saúde vem sendo o problema número 1 do Brasil. Quando é que a imprensa vai começar a fazer reportagens sobre a conduta dos médicos do serviço público? É preciso tocar nesta ferida. Que venham os médicos cubanos! Chega de analgésico, anti-inflamatório e antibiótico. Queremos médicos que saibam examinar e curar. Que não vejam as pessoas como lucro. Bernardo Azevedo Tudo lindo na Copa E a Rede Globo de Televisão já está "treinando” a população para a Copa... Contratou Glória Kalil para dar noções de etiquetas e comportamento para o povo, está " investindo” o tempo do Fantástico para um treinamento rápido e prático de como os brasileiros devem se comportar em relação aos estrangeiros durante a Copa... Não importa se você mal fala o português, precisa aprender palavras básicas em inglês e ser muito educado e gentil com os turistas. O governo não te oferece educação nas escolas.. Meu sobrinho ficou até o oitavo ano sem professor de inglês na escola pública onde ele estuda, não tinha... Assim como ele, milhares de crianças... Mas não tem problema, aprenda o básico agora, temos ainda quase um ano pela frente e se todos assistirem ao Fantástico aos domingos, até lá farão bonito na Copa! Bonito de ver o esforço que está sendo feito para a Copa do Mundo... Pena que é, como se diz, "para inglês ver”... A realidade está sendo maquiada, camuflada, vamos pintar as paredes, colocar mapas nos ônibus principais que levam os turistas, placas nos pontos de ônibus, condicionar o povo a saber se comportar, ajeita daqui, arruma de lá, varre a sujeira para debaixo do tapete e pronto, tudo lindo na Copa! Brasil, país do futebol! Ah, e vamos para as ruas fazer festa nos dias dos jogos, de preferência providenciem camisas verde e amarela para colorir bem essa festa e ficar tudo muito lindo nas filmagens que serão transmitidas para o mundo inteiro! Quero ver, heim.. é um dinheiro alto investido para isso, não vamos fazer feio. O resto depois a gente resolve... Que resto? Educação, saúde, moradia, transporte? Ah, isso não importa! Na Copa ninguém vai ficar doente, ninguém vai estudar mesmo, se tiver um telão na rua para assistir aos jogos ninguém precisa nem de casa pra morar! O que importa é a alegria do povo...  Desabafo de quem já está cansado de ver o povo brasileiro iludido, hipnotizado, dopado, sei lá!  Erica Sarno Guimarães Ivan   Pardais na RJ-116 Como comerciante, só posso lamentar as declarações da senhora Heloísa Helena, secretária da Associação Comercial, a este jornal comentando a questão dos pardais na RJ-116 (14 de maio). Como é que alguém que trabalha junto ao comércio pode dizer que um turista se sente protegido ao levar multas na nossa estrada? Pois é isso que ela disse: "O turista vai se sentir protegido”. O turista só se sentiria assim se os pardais fossem colocados em locais necessários e com boa sinalização, não aos montes, como está acontecendo, em locais desnecessários, sem qualquer critério e praticamente escondidos dos motoristas. Até nós, moradores de Friburgo, pagadores de impostos e transformados em bobos pelo poder público, íamos nos sentir bem protegidos se a colocação dos pardais não funcionasse como funciona hoje. Ninguém é contra a ordem, somos contra o assalto que se transformou a indústria dos pardais.  Luciano Tardim Carta aberta à população de Nova Friburgo Num município onde salta aos olhos de todos a falta de saneamento, de saúde e de educação pública de qualidade, nós, moradores de Lumiar e São Pedro da Serra, cidadãos brasileiros e contribuintes, vimos manifestar nossa insatisfação, indignação e desaprovação para com a forma como o governo do Estado do Rio de Janeiro, através dos seus órgãos executivos, trata uma obra tão importante quanto a que prevê a requalificação urbana das ruas e praças nessas comunidades. Existe uma grande insatisfação da nossa parte com relação ao início destas obras porque no ano passado, após algumas reuniões de representantes locais com as autoridades governamentais responsáveis pela realização do projeto, foi acertado, em comum acordo, que seriam feitas certas alterações na proposta original, levando em consideração a opinião das pessoas ali presentes. No mês passado, quando da publicação do edital de licitação para a execução das obras, constatou-se, no entanto, o descumprimento de algumas solicitações, causando dúvidas quanto à lisura do processo, pois todas as deliberações tomadas nas reuniões foram registradas em ata. Estamos indignados também porque acreditamos que as obras em questão irão modificar a paisagem tipicamente rural que caracteriza estas localidades, além de trazer para os cofres públicos um alto custo de manutenção com detalhes totalmente desnecessários. Como será feita, por exemplo, a conservação da fibra ótica no chão da Praça de Lumiar que acenderá conforme as pessoas pisarem, causando efeitos luminosos semelhantes a estrelas no céu? Para nós, as prioridades são outras. Queremos preservar esse ambiente bucólico, essa atmosfera de cidadezinha do interior ainda existente nestes vilarejos, pois são essas características que atraem as pessoas em busca de um pouco de paz e de sossego. Imaginar que obras faraônicas (e de gosto duvidoso), cujo orçamento estimado poderá chegar a R$ 9.625.000,00, vai trazer mais crescimento econômico para a região pode se transformar, em pouco tempo, num lamentável engano. Talvez muitos empreendedores locais só percebam tamanho erro quando for tarde demais. Entendemos que a Praça de Lumiar, especialmente, é um patrimônio da nossa comunidade e que tais interferências causam enormes prejuízos a este bem público e ferem os verdadeiros anseios de grande parcela da população que deseja uma reforma mínima deste espaço, preservando suas áreas verdes e seus espaços livres. A região faz parte da "APA de Macaé de Cima” e já possui uma exuberante beleza natural proporcionada pela Mata Atlântica, precisando apenas de pequenos cuidados urbanos e muito zelo ambiental por parte dos agentes do poder público. Por isso mesmo, torna-se urgente que se tomem providências quanto às condições das estradas, às proibições das construções irregulares, à iluminação pública, ao tratamento dos esgotos, à limpeza dos rios e ao desflorestamento. Necessitamos, acima de tudo, ter um posto de saúde que venha satisfazer plenamente as necessidades de bem-estar e saúde dos moradores, com um pronto-socorro eficiente e uma ambulância equipada com UTI móvel, trabalhando em regime de plantão por 24h. Enfim, nossa lista de reivindicações é imensa, contudo, nela não consta como prioridade refazer uma praça que foi reformada há somente treze anos. Além disso, estamos solidários com a população de Boa Esperança, Benfica, Rio Bonito, Galdinópois e Macaé de Cima que sempre vê as verbas públicas passarem pela região sem que nada seja direcionado para as suas necessidades. Sabemos que os recursos financeiros existem, mas que – como sempre acontece em ano eleitoral – estão sendo desviados do seu destino social para serem usados com fins políticos. Repudiamos, portanto, qualquer tentativa de escamotear a transparência e a ampla circulação das informações relativas ao processo de execução destas obras. Afinal, garantir aos cidadãos o direito de informar e de ser informado é um dos princípios fundamentais da democracia. Almir Gomes de Oliveira e outros 52 moradores da região
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