Leitores - 25/01/2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
PromessaEu me chamo Promessa. Promessa dos Santos de Angola, este é o meu nome. Sou filho de Antônio de Angola, um imigrante português que aportou no Brasil ainda menino. Minha mãe é Maria, uma brasileira nascida no interior do Rio e que traz o Santos, herança do pai, por sobrenome. Depois de casados meus pais se mudaram para a cidade grande e lá, entre o trabalho e a educação, nascemos eu e o meu irmão mais velho. Na escola, de classe média, concluí o ensino médio e antes de ingressar na faculdade me casei. Casei para esperar a minha filha que se insinuou muito antes do padre nos abençoar em casamento. Na faculdade fiz os três primeiros períodos iniciais, mas precisei trancar a matrícula por falta de dinheiro. Eu tinha como vício a minha namorada, depois chegaram a minha filha e as drogas no pacote. Dos três os dois primeiros eu perdi, mas das drogas não me separava. Desde cedo trabalhei duro em busca de trocados e quando consegui o melhor emprego que alguém pudesse imaginar, eu o perdi por manter o vício. Cheguei a gastar três mil reais em um único dia com a droga. Meus amigos, minha mulher, meus pais e parentes fizeram de tudo para que eu não permitisse que o vício destruísse a mim e a minha família, mas a droga me cegava os olhos e ensurdecia os meus ouvidos. Eu não estava nem aí, para os que me amavam, mas era só presença para os meus inimigos, para os traficantes e viciados, como eu. Com os tombos e as feridas que o vício provocou perdi a noção do tempo e, como que despertando de um longo sono, acordei no colo dos meus pais. Pela primeira vez ouvi o que diziam e só então eu me deixei internar numa clínica de recuperação. Fiquei por lá seis longos e sofridos meses. Com os funcionários e os parceiros de sofrimento eu aprendi a lidar com a terra, a ler para os outros, a comer e a andar, começando pelo engatinhar como os bebês. Quando saí da clínica senti que a vida me sorria, até o sol ficou mais brilhante e mais bonito para me receber, mas bastaram dois dias para a primeira recaída e foi nos braços do meu pai, no colo que nunca me faltou, que eu chorei como criança. Com ele eu choraminguei as minhas fraquezas e covardias e ele, como sempre, mostrou-me a diferença entre o gigante e o grão de areia. Suas palavras eram tão fortes, porém doces, que me levaram a acreditar que Golias era eu, e assim, limpo, permaneci por três longos meses enquanto o que sobrou do vício nas minhas lembranças cutucava as minhas costas me chamando pra voltar. Mais uma vez eu tropecei nos meus próprios passos e pelas drogas que eu cruzava em cada canto que passava, sinto que voltei me enamorar. Hoje, um ano e meio longe da clínica e do trabalho que consegui arrumar quando tive alta, vejo-me sozinho. Minha mãe viajou para tratamento de saúde em outro estado. Meu pai mora na divisa do Rio com Minas, minha mulher levou a filha para morar com ela na casa da minha sogra e eu faço este texto que certamente deve ser o último já que não tendo mais nada que eu possa vender para comprar droga, talvez venda este micro ou o troque por um dia a mais de sofrimento. Não é socorro que eu estou pedindo. Socorro eu precisaria pedir a mim mesmo, mas não vou. Talvez eu seja muito corajoso por achar que sozinho eu me basto ou tão covarde que mesmo sabendo da chegada da morte, do adoecimento dos meus pais, da frustração da minha mulher, se é que eu ainda a tenho, e do mal que estou fazendo à minha filha, de quem não consigo esconder o estado desgraçado e vergonhoso que me encontro, eu ainda teimo resistir. Eu não sei até quando suportarei o que faço, mas farei até que ninguém mais saiba de mim mesmo não acreditando que a droga, que eu dou tanto valor, seja capaz de me brindar com uma honrosa sepultura.Silvio Afonso de MacedoCreamor, um caso acima de qualquer lei A Associação dos Moradores do Córrego Dantas vem a público confirmar o que Sr. Jorge Plácido Ornelas de Souza previu, em sua carta aos leitores de 10-12/11/2012, com o título “Creamor: Não será surpresa se esta empresa, que presta serviços relevantes, não encerrar suas atividades em dezembro”. Dito e feito, a previsão se concretizou. Mais 50 dias de tolerância, conforme matéria no jornal “A Voz da Serra” em 15 de janeiro de 2013, para esta empresa altamente poluidora continuar a operar com licença ambiental vencida desde 29 de março 2012, com interdição do Ibama suspensa por liminar em processo de Mandado de Segurança, interdição imediata do Inea em 10 de setembro em 2012, mas postergada para 23 de dezembro de 2012 e agora, mais uma vez, adiada para 11 de fevereiro 2013, sem nenhum respaldo legal. As reclamações referentes a esta empresa já vêm de longa data, desde 18 de março de 2010 quando a empresa começou a operar com grandes volumes de lixo hospitalar infectante oriundo de todo o estado. Todos os órgãos, municipais, estaduais e federais, nas esferas administrativas e judiciais estão cientes de que a empresa é altamente poluidora colocando em risco a saúde e o meio ambiente do nosso Município, com um processo de licença ambiental totalmente irregular. Até quando o Inea vai proteger esta empresa e postergar a data da interdição imediata por ela mesma imposta em setembro 2012? De setembro fomos para Natal, de Natal para o Carnaval! Para concluir, há uma pergunta que não quer calar: até quando a comunidade do Córrego Dantas, assim como todos os munícipes de Nova Friburgo, vai ter de conviver com este desrespeito total à legislação pelas autoridades aplicadores da lei? Associação dos Moradores do Córrego DantasAs motos existem Motociclistas que são educados, respeitam as leis do trânsito, respeitam pedestres e moradores; existem os motoqueiros (90 por cento), estes param em qualquer lugar, calçadas inclusive, enchem a paciência com buzinadas constantes, ultrapassam pela direita, e têm escapamentos abertos. Nestes também estão: os sem carteira, os sem documentos da moto, e aqueles que têm uma cintura dura que nunca vão aprender a pilotar no trânsito. Isto sem falar nos crimes praticados, assaltos, assassinatos e outras coberturas criminosas principalmente quando estão em duplas.Francisco SantosNão digam que não avisei... Existe uma casa de marimbondos imensa na Avenida Alberto Braune (em frente ao número 55 ) que pode causar sérios problemas no carnaval caso um carro alegórico esbarre nela. Já comuniquei à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros, mas até o momento nenhuma providência foi tomada.Bruno GrippMury–LumiarQuero parabenizar a iniciativa do Diretor do DER, que está providenciando a limpeza do acostamento da estrada Mury–Lumiar.Ao mesmo tempo, gostaria de chamar atenção do mesmo órgão, para a necessidade de tratamento idêntico para a estrada Friburgo–Teresópolis, na altura da concessionária de Águas.Após as chuvas a pista fica coberta de lama, oferecendo risco aos motoristas, e principalmente motociclistas, que por ali trafegam.A causa de tal condição insegura é a falta da obra no acostamento do referido trecho, que já está prometida faz tempo.Paulo Rubens XavierVamos caçar cometas?Sondar cometas jamais é coisa vã! Nunca se olha somente o objeto de procura. A gente aproveita e faz um passeio pela noite e se delicia com os diamantes celestiais. É sempre um passeio inconfundível, por exemplo, nas noites de verão, dar uma esticadinha e ir até Órion. Quer coisa mais linda do que a Grande Nebulosa e o Cinturão do Caçador?! Logo depois, visitar Taurus, já quase se deitando no Oeste, com Hyades e Plêiades, sem esquecer de Aldebaran. Depois pegar o caminho de Sirius e dali fazer um "Cruzeiro", conferindo a beleza do Ômega Centauri e de toda a vizinhança. Chegar ao Cruzeiro do Sul é um pulo e... como tem coisa bonita nessa região!! Que presente! As Guardas, Alfa e Beta de Centauro, mais adiante Canopus... A Via Láctea é sempre um banho de purpurina no céu! E o céu, mês a mês, nos oferece uma variedade de brilhantes, cada época tem seus destaques, como nas noites de inverno, com Escorpião, cujo formato se assemelha mesmo ao nome e traz Antares, "rival de Marte". O ano inteiro há um revezamento, quer seja durante a noite ou pela madrugada, há sempre um atrativo importante.São muitas estrelas marcantes, como Altair, Arthuro, Capela, Achernar, Castor, Polux, Vega, Formalhaut, Betelgeuse e tantas mais! E ainda "por cima" a oportunidade de encontrar os planetas, outra experiência fascinante quando se consegue distinguir esses "errantes", como intrusos nas constelações.Toda essa gama de brilhantes está disponível e não é preciso ser especialista. Pegar o gosto de “espiar” o céu estrelado é algo que fascina e eleva o espírito. Nova Friburgo tem um céu maravilhoso, pretinho, sem poluição! Em A Voz dos Leitores de 23/01/12, a comovente carta do amigo Reinaldo Kiss Ivanicska Júnior, mais do que um desabafo, é uma “carta na manga” que a cidade possui para investir em atrativos em prol do turismo cultural. Na época da passagem do Cometa de Halley, em 1986, a, então, Secretaria Municipal de Turismo distribui, em papel tamanho A4, belíssimos cartazes com o titulo: “Nova Friburgo – Observatório Natural do Cometa de Halley”, investindo assim na divulgação da cidade. Independente da visão que o friburguense tenha tido na observação do Halley, muito se aprendeu com sua visita; das coisas mais simples, como descobrir a posição Leste & Oeste, ao conhecimento de algumas constelações e nebulosas. Além de ter sido, também, um acontecimento que gerou um clima de união, porque todo mundo buscava o mesmo objeto, com o mesmo objetivo. Vamos pegar carona na carta de Reinaldo Ivaniscka e ampliar nossos horizontes culturais. O Planetário é um patrimônio e tanto para quem tem visão de Infinito!Elisabeth Souza CruzDesativação de ponto de ônibus necessária? É lamentável a desativação do ponto de ônibus (aquele que fica perto do Ministério Público e Hospital Raul Sertã) que serve a toda população de Nova Friburgo, principalmente os usuários da Avenida Euterpe Friburguense e Rua General Osório e demais vias, uma atitude desumana se pensarmos que crianças, idosos e todas as pessoas que necessitam utilizar deste ponto. Estão órfãos e agora ficam obrigados a caminhar mais, podendo tropeçar nos buracos das calçadas da tão sofrida Nova Friburgo. Senhor Prefeito, reveja a sua atitude e volte a utilizar este ponto de ônibus, ponha a mão na consciência e ajude a população nova friburguense, a cidade merece e precisa desta importante ação e nunca atitudes contra o povo. Falo em meu nome e com certeza em nome de toda a população da “turística Friburgo”. Júlio SalomonOnde fica o bairro Tingly? Em matéria publicada na edição de 23/01/2013 deste conceituado jornal, fiquei surpresa que o Governo do Estado tenha relacionado o bairro Tingly como um dos bairros que receberam obras de contenção de encosta. Pior ainda, com 3 obras de contenção. Gostaria de deixar esclarecido que, lamentavelmente, o Governo do Estado não sabe onde fica o bairro Tingly, onde ocorreram nove mortes na tragédia, nenhuma surpresa quanto a isto, mas não podemos deixar de dizer que no Tingly não foi realizada nenhuma obra de contenção até o momento, talvez por questão de verdades ficou melhor do que explicar que as “obras de contenções realizadas” foram feitas em um sítio particular situado no centro da cidade que tem acesso pela Rua Cristina Ziede, onde certamente deverá ficar melhor na foto, uma vez que há dois anos atrás, foi ali naquele local que a população de toda Nova Friburgo foi bombardeada de promessas de todos os tipos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal. Eu e toda a Comunidade do bairro Tingly vamos continuar aguardando de fato as obras aqui neste bairro.Arianne RodriguesTolerância zero Tenho lido os comentários sobre a nova postura da Autran, a qual no momento, parabenizo, e tenho alguma esperança de que o trânsito melhore pelo menos um pouco. A Autran deve tratar os infratores com tolerância zero. Sim, porque quem tem carro ou moto tem que arcar com as despesas que seus veículos geram na cidade com o estacionamento. Chega de filas duplas, filas triplas, com a desculpa de que é só um momentinho, e lá se vão momentões, atrapalhando o ir e vir dos outros cidadãos. Chega de furar sinal, bloquear passagens, e outros absurdos. Quem tem carro, tem que ter dinheiro no bolso para estacionar seu possante em lugar próprio. Se não tem ou não quer pagar, venda-o, e saia a pé, mas não atrapalhe os outros com a desculpa do “é só um minutinho”. Ah, e os ciclistas também devem ser fiscalizados por quem de direito, porque tanto crianças quanto marmanjos, pilotam suas magrelas nas calçadas, desrespeitando os pedestres. Autran, vá firme na tolerância zero.Semiramis Delling
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